Seleção enfrentará o Uruguai, nesta sexta-feira (16), no Emirates Stadium, em Londres
![]() |
© REUTERS/Andres Stapff
|
A exemplo do que fez no compromisso anterior contra a
Argentina, na Arábia Saudita, Tite preferiu não abrir o time que enfrentará o
Uruguai, nesta sexta-feira (16), no Emirates Stadium, em Londres. O comandante
só deixou escapar que o volante Walace será titular no lugar do lesionado
Casemiro. Essa é apenas a segunda vez que o treinador adota o mistério desde
que assumiu o comando da seleção brasileira.
O técnico havia liberado o acesso da imprensa apenas ao
aquecimento nos treinos de quarta (14) e quinta (15), quando contou com o grupo
completo, e evitou dar qualquer pista sobre a escalação ao longo dos últimos
dias.
"Casemiro não vai (jogar), está machucado, então, o
Walace vai jogar, pois é um jogador da função e foi convocado para isso",
afirmou.
"É o momento em que há uma série de modificações e você
acaba oscilando dentro do jogo porque se mexe muito. Diferente de uma equipe
que vinha sendo repetida. Se joga Arthur, Paulinho ou Renato (Augusto), são
características diferentes, se ajudam diferentes. Não vou facilitar e quero
potencializar o que pode ser surpresa para a outra equipe"", disse ao
comentar o mistério feito para o jogo com os uruguaios.
Em outras ocasiões, mesmo fechando parcialmente os
trabalhos, Tite não via problema em revelar a escalação de forma antecipada e
se acostumou, inclusive, a responder a respeito sempre na primeira pergunta de
cada entrevista coletiva.
Ele sorriu apenas ao adiantar, durante uma de suas
respostas, que o ex-gremista Walace, atualmente no Hannover, ficaria com uma
das vagas no meio-campo. A outra dúvida gira em torno da presença de Renato
Augusto no lugar de Philippe Coutinho. Se ele não reunir condições, Paulinho é
o favorito para entrar na equipe.
A expectativa é que o Brasil entre em campo contra os
uruguaios com Alisson; Danilo, Marquinhos, Miranda e Filipe Luís; Walace,
Arthur e Renato Augusto (Paulinho); Douglas Costa, Neymar e Firmino.
Depois de enfrentar os sul-americanos, a seleção encerra o
ano contra Camarões, na próxima terça-feira (20), em Milton Keynes, nos
arredores de Londres.
"O radicalismo me incomoda"
No fim da entrevista, Tite foi perguntado sobre o ambiente
interno da seleção e como são abordados, por exemplo, assuntos mais
controversos como a situação política do país. A exemplo do que havia feito em
outra ocasião, o comandante gaúcho preferiu não divulgar o seu posicionamento,
mas disse que é natural que existam discussões a respeito dentro da delegação.
"É claro que existem (diferenças), são humanas. Não
somos alienados, podemos até querer manifestar, mas não devemos por respeito às
situações. Tenho que falar em relação ao futebol. Nós temos opiniões
políticas", afirmou.
Indagado se elas divergem com a dos demais membros, ele não
negou.
"(É natural que sim) Como humanos, até mesmo na
família, mas sem radicalismo. O radicalismo me incomoda. É isso que não pode
acontecer, fazer de conta que ouve e não ouve, é pior. É uma questão
difícil", completou.
O auxiliar Cleber Xavier estava sentado ao seu lado e
definiu a postura da equipe. "Dentro do hotel, num café, em determinados
momentos, as conversas acontecem. Somos humanos, mas externamos apenas
internamente", finalizou, arrancando risadas. Com informações da
Folhapress.
Por: Notícias ao Minuto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário