O juiz federal Sergio Moro concedeu entrevista coletiva nesta terça-feira
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© Stringer . / Reuters
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Em sua primeira entrevista coletiva após aceitar o convite
para ser ministro da Justiça de Jair Bolsonaro (PSL), o juiz federal Sergio
Moro afirmou que sua decisão "não tem nada a ver com o processo do
[ex-presidente] Lula", a quem ele condenou por corrupção e lavagem de
dinheiro no ano passado.
"Eu não posso pautar minha vida com base numa fantasia,
num álibi falso de perseguição política", afirmou, durante entrevista nesta
terça (6).
O futuro ministro declarou ainda não haver "a menor
chance de utilização do ministério para perseguição política".
Segundo ele, o ex-mandatário petista foi "condenado e
preso porque cometeu um crime, e não por causa das eleições".
"Sei que alguns eventualmente interpretaram a minha ida
como uma espécie de recompensa. É algo absolutamente equivocado, porque minha
decisão [que condenou Lula] foi tomada em 2017, sem qualquer perspectiva de que
o então deputado federal [Bolsonaro] fosse eleito presidente da
República", declarou o juiz. "O que existe é um crime que foi
descoberto, investigado e provado. As cortes de justiça apenas reconheceram
esse fato e impuseram a pena da lei. Apenas cumpriram seu dever."
Moro afirmou que foi sondado pela equipe de Bolsonaro no dia
23 de outubro, na semana anterior ao segundo turno, em um telefonema do
economista Paulo Guedes, que deve assumir a área econômica do governo.
Isso foi depois, portanto, de o juiz retirar o sigilo de
trechos da delação do ex-ministro Antonio Palocci, a seis dias do primeiro
turno -uma decisão que foi criticada, pela proximidade do período eleitoral.
Segundo ele, há "divergências e convergências" com
o presidente eleito, que lhe pareceu uma "pessoa bastante ponderada",
mas ele decidiu aceitar o convite em prol de uma "agenda anticorrupção e
anticrime organizado". Com informações da Folhapress.
Por: Notícias ao Minuto.
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