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Desastre da Barragem de Brumadinho (Foto: UOL Notícias). |
Quem
conhece o histórico da Vale não imaginaria que uma catástrofe como a que
aconteceu na última sexta-feira (25) em Brumadinho (MG) seria irremediável. Um
dos princípios da companhia que gerencia a barragem de Brumadinho é que
trabalha com paixão para transformar recursos naturais em riqueza. Ainda, a
Vale tem como missão gerar prosperidade com respeito pelas pessoas e pelo
meio ambiente, ou seja, é uma empresa
privada, de capital aberto, com sede no Brasil e presente em cerca de 30 países
ao redor do mundo, e atualmente ocupa o primeiro lugar na produção mundial de
minério de ferro, pelotas e níquel.
Mas
como uma empresa de tamanho porte, com reconhecimento internacional, que tem
como objetivo o respeito às pessoas e ao meio ambiente não pode prever tal
catástrofe e deixar que isso acontecesse? Segundo especialistas, falta ainda
por parte do Governo Brasileiro mais rigidez e controle das empresas, em
relação à sustentabilidade e preservação do meio ambiente. Já que o lucro ainda
é o principal objetivo das grandes empresas, a sua principal meta, e desastres
como estes ainda poderão continuar acontecendo.
No
se que trata de Brumadinho, contabilizando o número de mortos e desaparecidos,
o desastre ambiental se intensifica. Segundo o Serviço Geológico do Brasil (CPRM) e da Agência Nacional de
Águas (ANA) quem também será afetado é o Rio São Francisco. Há
uma previsão de que os rejeitos de
minério de ferro da barragem da Vale, que rompeu em Brumadinho (MG), chegarão à
hidrelétrica de Três Marias, no Rio São Francisco, a partir do dia 15 de
fevereiro.
Mas
os problemas com barragens gerenciadas pela Vale são bens comuns, quem não se lembra
da tragédia de Mariana? A mídia, por sua vez, tem dado destaque aos
acontecimentos que se repetem: “Vale, exemplo mundial de incompetência e
descaso; Prefeito de Mariana: Nós fomos
enrolados pela Vale; A dor da espera dos familiares por informações depois da enxurrada de lama; Três anos depois, vítimas de Mariana ainda
esperam ter casas reconstruídas.”
Enquanto
não houver rigor com as empresas de grande porte, principalmente as que podem
afetar milhares de pessoas e causar grandes consequências ambientais, os
desastres podem se repetir. Um exemplo é a barragem de Jucazinho, localizada no
Agreste de Pernambuco. Segundo relatório da
Agência Nacional de Águas - ANA, publicada no final de 2018, mostra que 45
barragens em todo o país apresentam grandes riscos de rompimento, entre elas a
Barragem de Jucazinho, que possui falhas em sua estrutura. Ainda, segundo especialistas,
caso esta barragem rompesse, poderia ser
um grande desastre ambiental para as cidades e
distritos que fazem parte da Bacia Hidrográfica do Rio Capibaribe, entre eles o
Distrito de Chéus em Surubim, o Distrito de Malhadinha em Cumaru, além de
cidades como Salgadinho, Limoeiro, São Lourenço da Mata e até mesmo a própria
capital pernambucana seria afetada.
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Barragem de Jucazinho (Foto: Maluma Marques). |
Quanto à Jucazinho, o governo está ciente da gravidade, especialmente o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), responsável pela construção desta barragem e que afirma que parte das obras de recuperação já foram implementadas, mas ainda não finalizadas. Já em relação a Brumadinho, só resta esperar que mais um erro como este cometido pela Vale não fique impune.
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Barragem de Jucazinho (Foto: Maluma Marques). |
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Barragem de Jucazinho (Foto: Maluma Marques). |
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Barragem de Jucazinho (Foto: Maluma Marques). |
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