Mudança de local para o cumprimento da sentença do petista volta a ser aventada após condenação no caso do sítio de Atibaia
![]() |
© Ricardo Stuckert / Instituto Lula
|
Alvo de pressões políticas, a decisão sobre a transferência
do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva da cela especial montada na sede da
Polícia Federal em Curitiba só sai após decisão do Supremo Tribunal Federal,
marcada para abril, sobre a execução da pena após condenação em segunda
instância.
Apesar disso, autoridades envolvidas no caso já especulam
sobre os possíveis destinos do ex-presidente. Uma das possibilidades é a
federalização de uma área em um presídio estadual. Outra possibilidade é a
remoção de Lula para uma sala de Estado-Maior em uma unidade militar, em São
Paulo, próximo de seu domicílio, ou em Curitiba, no quartel do Exército,
localizado no bairro Pinheirinho, área central da cidade.
A transferência de Lula voltou ao debate político nos
últimos dias, após a segunda condenação do ex-presidente na Operação Lava Jato,
no caso do sítio de Atibaia (SP). Políticos da bancada anti-PT e aliados do
governo Jair Bolsonaro (PSL) cobraram a remoção do petista, após a juíza
Gabriela Hardt decretar mais 12 anos e 10 meses de prisão à sua pena que era de
12 anos e 1 mês.
Nos dias que precederam a condenação circulou uma mensagem
nos grupos de WhatsApp do PT dizendo que já havia uma cela reservada para o
ex-presidente na Complexo Médico Penal de Pinhais, na região metropolitana de
Curitiba.
Isso fez acender a luz de alerta no partido. Em Pinhais,
Lula seria submetido a um regime de preso comum, conviveria com outros
detentos, não teria direito a visitas privadas, algo que não está previsto nas
hipóteses estudadas até aqui.
Vários fatores além do julgamento no STF influirão nessa
decisão, segundo apurou o jornal O Estado de S. Paulo. A confirmação ou não da
nova sentença pela segunda instância da Lava Jato, a identificação de um local
com condições de segurança e estrutura para o regime especial que o petista tem
direito e a vontade do próprio condenado devem ser considerados.
Aliados de Lula se recusam a comentar a possibilidade de
transferência. "A única hipótese que avaliamos é a de Lula sair de
Curitiba e voltar para casa, livre", disse o presidente do Instituto Lula,
Paulo Okamotto.
O ex-presidente já disse a mais de um visitante que não
gostaria de sair da PF em Curitiba. Sua defesa já se manifestou em 2018 sobre o
assunto: não quer sair de sua cela especial na PF. Mas, se tiver de ser
removido, que seja para uma sala de Estado-Maior em unidade das Forças Armadas
em São Paulo, perto de sua residência. As informações são do jornal O Estado de
S. Paulo.
Por: Notícias ao Minuto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário