Aníbal Gomes e seu assessor Luis Carlos Batista Sá foram denunciados pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro
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© Diogo Xavier / Câmara dos Deputados
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Aforça-tarefa Lava Jato denunciou nesta quarta-feira, 27, o
deputado Aníbal Gomes e seu assessor Luis Carlos Batista Sá pelos crimes de
corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Segundo os procuradores do Ministério
Público Federal do Paraná, os crimes teriam relação com supostas propinas de
US$ 6 milhões solicitadas pelo parlamentar para sustentar politicamente a
permanência de Nestor Cerveró à frente da Diretoria Internacional da Petrobras.
De tal valor, Aníbal Gomes recebeu pelo menos US$ 3,6 milhões, diz a Lava Jato.
Atualmente, Aníbal Gomes é suplente pelo DEM. Em maio
assumiu o mandato como deputado federal, mas se afastou do cargo em outubro. As
informações foram divulgadas pela Assessoria de imprensa da Procuradoria.
Segundo a força-tarefa, os crimes teriam ocorrido a partir
de 2006, quando Aníbal Gomes era deputado federal pelo PMDB. A Procuradoria
indica que, dos US$ 6 milhões em propinas acertados, Aníbal recebeu ao menos
US$ 3.686.869,21 pagos por Julio Gerin de Almeida Camargo, representante da
Samsung Heavy Industries.
A vantagem foi oferecida por Cerveró e acertada durante as
negociações do contrato para a construção do navio-sonda Petrobras 10.000,
dizem os procuradores.
Ainda segundo a Lava Jato, o assessor parlamentar Luis
Carlos Batista Sá teria auxiliado Aníbal na gestão dos valores recebidos e na
ocultação de sua origem ilícita. As investigações identificaram diversas
operações financeiras realizadas entre 15 de setembro de 2006 e 7 de novembro
de 2007, no Brasil e na Suíça.
No país europeu, os valores teriam sido depositados em
contas mantidas em nome das offshores Headliner Limited e Gallpert Co. Segundo
os procuradores, as empresas pertencem ao empresário Walter Faria, do Grupo
Petrópolis, já denunciado no âmbito da Lava Jato por 12 crimes de lavagem de
dinheiro. No total, foram 12 pagamentos que somaram US$ 3.686.869,21.
Além das condenações, a Lava Jato pediu à Justiça que
determine que os denunciados devolvam os US$ 3,6 milhões que supostamente receberam,
convertidos em reais, e paguem multa mínima de US$ 6 milhões - relativos a
suposta vantagem indevida solicitada em troca do "apoio político" a
Cerveró.
Defesas
A reportagem busca contato com a defesa do deputado e do
assessor parlamentar. O espaço está aberto para manifestações.
Por: Notícias ao Minuto.
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