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Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
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O procurador-geral da República, Augusto Aras, recebeu ontem
(20) de parlamentares o relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito
(CPI) da Câmara que apurou irregularidades no Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES).
O documento foi entregue pelo deputado Vanderlei Macris
(PSDB-SP), que presidiu a CPI, e por outros integrantes do colegiado. Segundo a
PGR, o relatório será agora encaminhado aos setores competentes do Ministério
Público Federal (MPF), que deverão analisar as medidas cabíveis.
O relatório foi aprovado em 22 de outubro e pede o
indiciamento de 52 pessoas, entre ex-ministros da Fazenda, como Guido Mantega e
Antônio Palocci, ex-presidentes e ex-diretores do BNDES e executivos de
empresas como Odebrecht e JBS, que teriam feito operações suspeitas com o
banco.
A lista de indiciamentos chegou a contar com os nomes dos
ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, mas a inclusão deles
no rol de suspeitos acabou sendo derrotada na votação do relatório final da
CPI. Outras nove pessoas também tiveram seus nomes retirados.
Segundo o documento, a comissão encontrou indícios de crimes
de corrupção e formação de quadrilha no âmbito do banco, em operações para
internacionalização e o financiamento de obras no exterior de grandes empresas
como a JBS.
À época da aprovação do relatório, a holding J&F,
controladora do frigorífico JBS, divulgou nota em que diz que "a empresa e
seus acionistas colaboram com a Justiça”.
É a terceira CPI do BNDES realizada no Congresso – duas na
Câmara e uma no Senado –, sendo que nas duas primeiras ninguém foi indiciado.
Por: Agência Brasil.
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