Índios da etnia Guajajara foram atacados e dois morreram
![]() |
© Amanda Perobelli/Reuters
|
Dois índios da etnia Guajajara morreram após terem sido
atacados neste sábado (7) às margens da rodovia BR-226, localizada no município
de Jenipapo dos Vieiras, no Maranhão, 500 quilômetros ao sul da capital São
Luís. As mortes foram confirmadas pela Secretaria de Estado dos Direitos
Humanos e Participação Popular do Estado.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro,
informou no Twitter que a equipe da Polícia Federal foi enviada ao local para
investigar o crime e suas motivações. "Vamos avaliar a viabilidade do
envio de equipe da Força Nacional à região. Nossa solidariedade às vítimas e
aos seus familiares", escreveu.
Procurada, a Funai informou que lamenta o ocorrido na Terra
Indígena Cana Brava, próxima da Aldeia El-Betel. A instituição afirmou que os
indígenas foram atingidos por tiros vindos de um veículo Celta, de cor branca e
com vidros espelhados. A equipe da Funai está na região, assim como a da
Secretaria de Segurança Pública e da Secretaria de Estado de Direitos Humanos.
Como forma de protesto, os indígenas interditaram a rodovia
nos dois sentidos e a passagem de veículos foi bloqueada. A líder indígena
Sônia Guajajara escreveu em uma rede social dizendo que é preciso acabar com os
ataques contra indígenas. "Basta de vítimas, não queremos mártires,
queremos vozes vivas".
Em novembro, o líder indígena Paulo Paulino Guajajara foi
alvo de uma emboscada de madeireiros na reserva Arariboia. Naquele mês, o
jornal O Estado de S. Paulo mostrou que o Ministério Público Federal (MPF) pede
na Justiça que as autoridades tomem providências para evitar mortes de índios
"guardiães da floresta" como Paulo Paulino Guajajara. Atualmente
existem ao menos quatro "guardiães" sob ameaça de morte na área
indígena onde ocorreu o crime e outros 20 em todo o Estado.
Por: Notícias ao Minuto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário