O julgamento foi realizado no dia 1º de setembro e o colegiado da Quinta Turma da Corte negou diversos pleitos do petista no processo em que foi condenado a oito anos e dez meses de prisão
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A Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou nesta
terça, 23, contra um recurso do ex-presidente Lula (PT) que busca anular uma
sessão do Superior Tribunal de Justiça sobre o caso tríplex do Guarujá. O julgamento
foi realizado no dia 1º de setembro e o colegiado da Quinta Turma da Corte
negou diversos pleitos do petista no processo em que foi condenado a oito anos
e dez meses de prisão.
A defesa de Lula, liderada pelo criminalista Cristiano Zanin
Martins, aponta que a sessão prejudicou a defesa, visto que foi agendada para o
mesmo dia e horário em que ele participaria de outro julgamento. Além disso,
Zanin argumentou que a realização da sessão por videoconferência não permitiu
discussão sobre um julgamento presencial.
As sessões por videoconferência estão sendo realizadas pelo
STJ em razão da pandemia do novo coronavírus e devem ser mantidas assim até ao
menos maio deste ano. Por conta disso, a PGR aponta que não houve prejuízo à
defesa de Lula, visto que a resolução que prevê as sessões remotas não permite
às partes pedirem que os casos sejam discutidos presencialmente.
A subprocuradora Lindôra Araújo também apontou que a defesa
de Lula, apesar de liderada por Zanin, é composta por mais de 20 advogados que
poderiam participar da sessão.
A manifestação foi encaminhada à Segunda Turma do Supremo
Tribunal Federal (STF), que deverá julgar recurso de Lula contra a decisão do
ministro Edson Fachin, que negou em novembro anular a sessão do STJ. Na
ocasião, Fachin apontou que não vislumbrou irregularidades na tramitação dos
recursos de Lula no STJ, destacando que a realização de sessões por
videoconferências foi regulamentada pela Corte como forma de prevenção ao novo
coronavírus.
Em relação à ausência da Zanin durante o julgamento, o
ministro pontuou que a defesa de Lula também é conduzida por outros advogados,
e por isso a falta do criminalista não atingiria o direito à ampla defesa.
"Não evidencio ilegalidade ou abusividade na
continuidade do julgamento", pontuou Fachin.
Por: Notícias ao Minuto.
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