Medida provisória foi aprovada na Câmara e trata de subsídios para geração de energia eólica e solar; presidente da Abradee critica medida e pede que senadores não aprovem o texto
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JOSÉ CARLOS DAVES/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO - Conta de
luz poderá sofrer grande aumento caso MP seja aprovada |
Ainda falta a discussão no Senado Federal, mas a aprovação
de uma Medida Provisória (MP) na Câmara dos Deputados pode encarecer a conta de
luz em no mínimo R$ 4 bilhões. Estimativas mais pessimistas apontam para o
impacto na conta de luz de R$ 9 bilhões ao ano por três décadas. A medida
aprovada na Câmara trata de subsídios e incentivos a algumas formas de energia,
especialmente de geração solar e de geração eólica. Segundo a Medida
Provisória, esses dois setores ainda precisariam de incentivos e estímulos para
tornar a geração de energia no país mais limpa. Entretanto, solar e eólica são
consideradas energias já estabelecidas. Especialistas dizem que não há mais
necessidade de benefícios para eólica e solar, que hoje representam 15% da
geração total do país. Preocupado com o que pode acontecer no Senado, o
presidente da Abradee, Marcos Madureira, fez um alerta e a associação que
representa os distribuidores de energia elétrica já encaminhou um ofício para o
presidente do Senado e aos senadores para que a MP não seja aprovada. “Elas
trarão um ônus para os consumidores na ordem de R$ 9 bilhões ao ano. Esse é um
valor expressivo e que, portanto, não deve ser aprovado no Senado. Essa é a
nossa posição e foi o que caminhamos aos senadores. No momento em que se
trabalha para a redução da conta de energia elétrica, não faz sentido se criar
incentivos para segmentos que já não necessitam”, disse Madureira. A MP pode
começar a discutir o tema ainda em setembro.
Por: Jovem Pan.
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