segunda-feira, 25 de agosto de 2025

JOSÉ RIBAMAR GOMES DE OLIVEIRA: UM IMORTAL DAS LETRAS GUARDIÃO DA MEMÓRIA AMAZÔNICA



Em 8 de agosto de 2025, a literatura brasileira e a memória cultural amazônica perderam um de seus maiores defensores. José Ribamar Gomes de Oliveira Presidente Fundador e Embaixador da Academia de Letras do Brasil (ALB) no Pará, membro do Conselho Superior da ALB Internacional e Doutor Honoris Causa em Filosofia Univérsica partiu deixando um legado intelectual, humanitário e histórico que transcende fronteiras.

Natural de Bragança, no Pará, Ribamar foi reconhecido em 2023, por indicação especial da jornalista, escritora e administradora de empresas Maluma Marques, diretora de edição do Terra da Gente, para receber o Prêmio Gold de Literatura, a mais alta distinção literária de Pernambuco. A homenagem coroava uma trajetória de décadas dedicadas às letras e à cultura, marcada por inovação e compromisso social.

Com o auxílio de escritores idealistas, fundou cerca de 15 seccionais da ALB no Estado do Pará e protagonizou a criação do primeiro Instituto Histórico e Geográfico do Pará sob gestão da ALB. Sua atuação não se limitou à organização institucional: foi também o coração e a alma de iniciativas transformadoras, como a Escola de Poetas, que incentivou jovens bragantinos a escrever e publicar suas obras, democratizando o acesso à literatura e revelando novos talentos. As Obras do escritor e pesquisador Ribamar Oliveira, consistem na maior fonte de pesquisas sobre o seu município, Bragança.

“Estávamos em franco contato com o Embaixador/ALB, Dr. Ribamar Oliveira, o qual, com grande entusiasmo e  humanismo, programava ampliar ainda mais as ações da ALB no Estado do Pará, implementando também ações da ALB Humanitária. Em diálogos, falava-nos de sua dedicação também à poesia bragantina, reunindo em antologia, poetas e poetizas, célebres e iniciantes. Dedicado também a igreja. Um fervoroso servo de Deus. Um homem daqueles que nos apaixonamos, por seus sonhos e sublimes ideais.” (Bel. Dinalva Carabajal – Diretora Global da ALB Humanitária).

Professor, historiador e guardião da memória bragantina, Ribamar idealizou projetos audiovisuais, como a série documental sobre a cultura de Bragança, da qual apenas o episódio piloto pôde ser produzido devido à falta de recursos. Mesmo assim, essa obra permanece como testemunho vivo de sua dedicação à preservação das raízes amazônicas. Foi também homenageado no documentário “A Alma das Ruas”, dirigido por Francisco Weyl, com apoio do FICCA e da ALB.

Sua presença marcaria ainda a abertura do X Festival Internacional de Cinema do Caeté (FICCA), cujo tema deste ano é “Bragança: Imagens da Memória — Cinemas, Ruas e Lendas na História Viva da Cidade”. Embora ausente fisicamente, sua voz e sua visão seguem ecoando nas ruas, nos livros, nos espaços culturais e no imaginário coletivo.

Ribamar Oliveira não foi apenas um homem de letras: foi arquiteto de esperança, construtor de pontes entre o passado e o futuro, defensor intransigente da cultura e da identidade amazônica. O luto de três dias decretado pela ALB “Da Ordem de Platão” é reflexo da dimensão dessa perda para o Brasil e para o mundo literário.

No coração de Bragança, seu nome permanecerá como rua, verso, escola, altar e biblioteca. Imortais não morrem: tornam-se parte ‘viva’ da alma de seu povo -  Bragança! 

Salvas à Bragança – Terra Natal do escritor, poeta, humanista e historiador, José Ribamar Gomes de Oliveira!

Por: Mário Carabajal - Especialista em Pesquisa Científica, Mestre em Relações Internacionais, Doutor em Ciências Educacionais, Pós-Doutor em Filosofia. Vinte e quatro livros publicados. Presidente fundador da ALB – Academia de Letras do Brasil.

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