A Prefeitura de Surubim acaba de divulgar duas atrações confirmadas para o aguardado "São João da Gente" deste ano. Os amantes da música nordestina terão a oportunidade de curtir shows inesquecíveis com as bandas Calcinha Preta e Raí Saia Rodada, prometendo uma festa repleta de animação e tradição.



O grupo Calcinha Preta, conhecido por seu repertório diversificado que mistura o romantismo da música sertaneja com o ritmo contagiante do forró, promete embalar os corações apaixonados e animar a multidão com seus sucessos consagrados.



Já o fenômeno Raí Saia Rodada, com sua mistura única de forró eletrônico e arrocha, promete um show energético e envolvente, garantindo que ninguém fique parado durante sua apresentação.

O "São João da Gente" de Surubim é reconhecido por ser uma festa tradicional que celebra as raízes nordestinas, unindo música de qualidade, comidas típicas e muita alegria. Com as confirmações de Calcinha Preta e Raí Saia Rodada, a expectativa para este ano é de uma festa ainda mais memorável e cheia de animação.

Os detalhes sobre a programação completa, horários e locais dos shows serão divulgados em breve pela Prefeitura de Surubim, então fique atento para não perder nenhum momento desse grande evento cultural que é o São João da Gente.


 


Do terraço da casa paterna, em Surubim, via Maluma, nascida Maria de Lourdes da Costa Marques, pequenininha, a caminho da farmácia de 'Seu' Amâncio Marques, o pai. Da janela lateral, acompanhava o retorno para casa, depois da escola ou do 'trabalho'. 'Seu' Amâncio, uma figura, papai prescrevia, ele despachava. Ia pouco à farmácia porque tinha terra e gado para cuidar e família grande para alimentar e educar. Pelo que me lembro, os filhos tocavam mais o negócio. Zé Amâncio, creio que o mais velho, precoce no tamanho, trabalha como adulto, brincava como criança. Gostava muito dele. Ligação maior tinha Ricardo o irmão que me sucede na idade.



 

Precocidade

Eu digo e provo com muito orgulho que com 16 anos emplacava manchetes no Diario de Pernambuco. Café pequeno. Não lembro ao certo, porém Maluma, quase ainda de fraldas, emplacava matérias toda semana no Júnior, legendario suplemento infantl do mesmo jornal centenário. Berçário da saudosa imortal Tia Lola, que fez nascer muitos talentos, entre os quais o querido amigo, sucesso nacional e internacional, Geneton Moraes Neto, que o Universo o guarde.

 


À frente do seu tempo

Maluma se fez por ela mesma, pedra por pedra. Sem apadrinhamento ou suporte. Há 28 anos criou um jornal. Que circula até os nossos dias. Ontem à noite, no noticiário da Globo, tomei um susto. Sabia que hoje Maluma completaria os 70. Rostinho treloso de 50, corpinho de 40, energia de 30, vitalidade de 20. Aí, vi Lula, tendo ao lado outra querida amizade que construí quando andei fazendo campanhas em São Paulo, Paulinho Teixeira (PT) deputado federal e ministro do Desenvolvimento Agrário. Devo-lhe uma uma visita. Pois bem, estava lá no painel, como novo programa do governo: 'Terra da Gente'. O nome do jornal de Maluma, há 28 anos. Pensei: Será que Lula está homenageando Maluma? Aumentei o som. A homenagem era real, porém aparentemente involuntária. Real porque, 28 anos depois, a marca criada e fortalecida por Maluma virou programa do Governo Federal. Bem que os geniais maqueteiros que sugeriram nome e marca poderiam enviar um vinho de qualidade para Maluma. Essas criações coincidentes acontecem, sei bem como publicitário. Às vezes com uma forcinha do inconsciente. Mas só ter pensado um nome moderno até hoje, isso três décadas atrás, resume, expressa, diz bem até onde vai o talento dessa batalhadora incansável. Mãe exemplar de filhas exemplares. Às vezes até desdenhada por quem acha que dinheiro é tudo. Queriam eles ter 10% do valor desse perfil de vencedora.

 


E o vídeo

Assista. Emocionou. Estou nele. Meu pai, admirador e incentivador de Maluma, também. Não é de agora. Mas o que são alguns anos para quem transpira eternidade?

Parabéns, amiga. Aproveite o seu dia. Você está na crista da onda. A vida, pode dizer, começa aos 70.



Por: José Nivaldo Júnior.

 

A cidade de Surubim está passando por transformações significativas para melhor atender às necessidades e ao bem-estar de seus cidadãos. No dia 10 de abril, a Prefeitura de Surubim deu início a importantes obras que visam aprimorar a infraestrutura urbana e proporcionar mais qualidade de vida para a população local.

Uma das ações mais destacadas foi a ordem de serviço para a reforma das praças do Estefânia e do Oliveiros. Essas áreas de convivência, tão importantes para o lazer e a interação comunitária, receberão investimentos significativos no valor de R$ 736 mil. A iniciativa visa não apenas embelezar esses espaços, mas também torná-los mais funcionais e acolhedores para os moradores de Surubim.


A praça do Estefânia, com seus 220m², está sendo projetada para oferecer uma ampla gama de atividades recreativas e esportivas. Com estacionamento, banheiros, playground e quiosques, será um local ideal para famílias e grupos de amigos desfrutarem momentos de descontração. Além disso, o projeto inclui um planejamento paisagístico que valoriza a presença de áreas verdes, proporcionando um ambiente agradável e harmonioso.

Já a praça do Oliveiros, com seus 750m², também está sendo revitalizada para oferecer opções de lazer e convivência para os surubinenses. Com áreas de convivência, playground, mesa de jogos e um projeto de paisagismo cuidadosamente elaborado, essa praça se tornará um ponto de encontro para a comunidade, promovendo momentos de diversão e integração.

Além dessas melhorias nas áreas públicas, a Prefeitura de Surubim também entregou uma viatura para a Secretaria de Defesa Social, fortalecendo o suporte à guarda municipal e reafirmando o compromisso com a segurança da população.


A prefeita Ana Célia ressalta a importância dessas ações: "Essa reforma das praças faz parte de um projeto muito maior que nós estamos colocando em prática nos últimos anos, de fazer com que o espaço urbano volte a ser ocupado pelas pessoas, com infraestrutura e opções de lazer. Porque nós acreditamos que a cidade tem que ser pensada para as pessoas que moram nela, melhorando a convivência das famílias e comunidades, junto com a qualidade de vida.”

Esses investimentos demonstram o comprometimento da Prefeitura de Surubim em proporcionar um ambiente urbano mais agradável, funcional e seguro para seus moradores, contribuindo para o desenvolvimento e o bem-estar de toda a comunidade.

Fotos: Danilo Photografias.









 

M.H.-Juiz Roberto de Paula, Conceição Viana (viúva de P Ivo), Cel. Furtado- Pres. AMCLAM, Élle Marques-MCW

O Estado do Maranhão é uma das unidades federativas que possui tradição nas letras brasileiras e, no segundo quartel de 1800, foi considerada a Athenas Brasileira, destacando-se na literatura romântica com as criações poéticas de Gonçalves Dias, Odorico Mendes, João Lisboa e Sotero dos Reis.

Esse legado foi sustentado em outros momentos por expoentes que alcançaram a plenitude na literatura nacional e internacional. Na atualidade, mantendo a tradição, uma explosão de talentosos escritores juvenis, amadores e profissionais submeteram seus poemas à avaliação de uma Comissão Julgadora, integrada por professores especializados para participação no Concurso Nacional de Poesia “Pedro Ivo”, da Academia Maranhense de Ciências, Letras e Artes (AMCLAM).

Em sua quarta edição, o Concurso vem ganhando a confiança e o espaço no meio literário-cultural brasileiro, comprovado pelo crescente número de inscrições a cada edição — uma verdadeira dádiva, que contou com representantes de 44 cidades brasileiras.

Após quase sessenta dias, desde a elaboração do edital, convite a um seleto grupo de professores especialistas, divulgação em mídias sociais e na imprensa, elaboração e produção de material diverso, definição de equipes de avaliação das inscrições, avaliação de poemas inscritos pela equipe julgadora, sistematização de dados e notas, convites aos candidatos para participação da solenidade de premiação, produção de certificados, aquisição de mimos e brindes, organização da solenidade de premiação com o envolvimento de profissionais e preparação do local do evento, com o direcionamento do maior poeta que já apareceu no mundo e sob as bênçãos do poeta homenageado, que se encontra na Academia Celestial, Pedro Ivo de Carvalho Viana, finalmente, chegou o grande dia, a solenidade de premiação.

Com o salão de eventos da Associação Maranhense de Escritores Independentes “Panteão da Cultura Maranhense” em sua capacidade máxima de lugares ocupados e mais uma dezena de outras pessoas em pé, os participantes assistiram e testemunharam uma verdadeira festa literária, com declamações de poemas, entrega de reconhecimentos, entrega de certificações e premiação dos vencedores da quarta edição do evento.

Com a realização do Concurso Literário, a AMCLAM se firma no cenário nacional como um sodalício comprometido em divulgar as letras brasileiras, que envolve a todos sem nenhuma distinção ou discriminação, que mostra ao poder público que a cultura brasileira também envolve a poesia, pujante, contagiante e emotiva. Parabéns aos lídimos perpetuadores do legado dos consagrados escritores nacionais.

Fotos: Roberto Cunha

TC Araújo, presidente da CB, recebe reconhecimento

Comissão Julgadora dos poemas recebem reconhecimento

Cel. Furtado entre o primeiro lugar (Poeta Evilásio) e segundo lugar (Med. Márcia)

Alunos do Colégio Militar Tiradentes entre os classificados

Acadêmicos da AMCLAM prestigiam solenidade

Juiz Roberto de Paula (irmão Chico Anysio) declama Navio Negreiro (C. Alves)

Poeta Rômulo Reis, declama - O rei que mora no mar (Ferreira Gullar)

Pedro Ivo faleceu em 04Jun2020

Troféus e reconhecimentos


Estimativa do IPCA para este ano foi de 3,75% para 3,76%, segundo o Relatório Focus, divulgado pelo Banco Central; já as previsões para o dólar e a Selic se mantiveram estáveis

Estimativas do Relatório Focus continuam acima do centro da meta para a inflação


A projeção de alta do IPCA de 2024 no Relatório Focus, divulgado pelo do Banco Central, foi revisada para 3,76%, um aumento em relação à previsão anterior de 3,75%. Para 2025, a expectativa também subiu, passando de 3,51% para 3,53%. Considerando as últimas 53 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana para 2024 passou de 3,74% para 3,76%. Já para 2025, a projeção aumentou de 3,54% para 3,60%. A projeção para 2026 permanece em 3,50% pela 40ª semana consecutiva, seguindo a reancoragem parcial destacada pelo BC. No horizonte mais longo, de 2027, a estimativa também se manteve em 3,50% por 40 semanas. As estimativas do Relatório Focus continuam acima do centro da meta para a inflação, que é de 3%. O IPCA de 2023 fechou em 4,62%, abaixo do teto da meta de 4,75%, evitando o estouro do objetivo perseguido pela autoridade monetária pelo terceiro ano consecutivo. O Copom (Comitê de Política Monetária) divulgou em março projeções de 3,5% para o IPCA de 2024 e 3,2% para 2025, mantendo as mesmas previsões das reuniões anteriores, em dezembro e janeiro.

O cenário para o câmbio brasileiro se manteve estável. A estimativa para 2024 permaneceu em R$ 4,95, enquanto, para 2025, a mediana continuou em R$ 5,00 pela 13ª semana consecutiva.A projeção anual de câmbio no Focus agora é calculada com base na média para a taxa em dezembro, visando maior precisão nas projeções do mercado financeiro, diferente do método anterior, que considerava o valor projetado para o último dia útil de cada ano até 2020. A estimativa para a Selic no encerramento de 2024 se manteve em 9% ao ano pela 15ª semana consecutiva. Nos últimos cinco dias úteis, a mediana para o fim de 2024 também se manteve em 9,00% ao ano, considerando apenas 45 respostas.

Em março, o Copom reduziu a taxa básica de juros em 0,50 ponto percentual, para 10,75% ao ano, marcando o sexto corte consecutivo. O colegiado indicou que o ritmo de redução de 0,50 ponto percentual continua sendo o mais adequado para a próxima reunião. Para o fim de 2025, a projeção da Selic no Relatório de Mercado Focus permaneceu em 8,50% pela 18ª semana consecutiva. Considerando apenas as respostas dos últimos cinco dias úteis, a mediana para o encerramento de 2025 aumentou de 8,50% ao ano para 8,75%. As projeções para 2026 e 2027 permaneceram estáveis em 8,50% ao ano, sendo a 36ª semana consecutiva para 2026 e a 35ª semana para 2027.

 Publicada por Felipe Cerqueira

Por: Jovem Pan.

Segundo dados do Painel de Arboviroses do Ministério da Saúde, 1.857 mortes estão sob investigação


A eliminação de criadouros de mosquitos ainda é uma das melhores maneiras de evitar a dengue


O Brasil ultrapassou os 3 milhões de casos prováveis de dengue e registrou 1.256 mortes em decorrência da doença nesta quarta-feira (10), logo após ter batido um recorde histórico de óbitos em 2024 na segunda (8). Segundo dados divulgados pelo Painel de Arboviroses do Ministério da Saúde, 1.857 mortes estão sob investigação. O coeficiente de incidência atual da dengue é de 1.508 casos para cada 100 mil habitantes, marcando a maior epidemia já registrada no país. Esse índice ultrapassa significativamente o limite estabelecido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para considerar uma situação como epidêmica, que é de 300 casos por 100 mil habitantes. Além do recorde em número de casos, a quantidade de óbitos também se configura como a maior da história. O recorde anterior aconteceu em 2023, com 1.094 mortes. Já o terceiro ano com maior número foi 2022, com 1.053. Vale ressaltar que os números reportados pelo Ministério da Saúde muitas vezes não refletem imediatamente a realidade, havendo um intervalo até que estejam totalmente atualizados. Portanto, é provável que o número atual seja ainda maior.

Formas de prevenção

A eliminação de criadouros de mosquitos ainda é uma das melhores maneiras de evitar a doença. Além disso, vale apostar em métodos físicos, como uso de roupas claras, mosquiteiros e repelentes, especialmente aqueles à base de icaridina, DEET e IR3535, que têm duração superior em comparação a outros tipos. A hidratação adequada também é capaz de salvar vidas, além da vacinação.

A Qdenga, vacina contra a dengue fabricada pela farmacêutica japonesa Takeda, foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em março de 2023. Trata-se do primeiro imunizante de uso amplo contra a doença liberado no país. Em julho de 2023, a Qdenga começou a ser oferecida pela rede privada no Brasil e, em dezembro do mesmo ano, foi incorporada ao Sistema Único de Saúde (SUS). Trata-se do primeiro país do mundo a disponibilizar o imunizante na rede pública de saúde. Devido ao número limitado de doses, contudo, inicialmente só alguns municípios receberam a vacina para aplicar em crianças e adolescentes de 10 a 14 anos.

*Com informações do Estadão Conteúdo

Por: Jovem Pan.

Moraes incluiu o dono do X (antigo twitter) como investigado no inquérito das milícias digitais por dolosa instrumentalização da rede social

Foto divulgada pela presidência argentina mostra o presidente da Argentina, Javier Milei (R), e o CEO da Tesla, Elon Musk (L), posando para uma foto durante a visita de Milei à fábrica da Tesla em Austin, Estados Unidos


O presidente argentino, Javier Milei, ofereceu ao magnata Elon Musk, nesta sexta-feira (12), seu apoio nas investigações do Supremo Tribunal Federal (STF) no Brasil contra o empresário.  “Javier Milei e Elon Musk concordaram na necessidade de mercados livres e defenderam as ideias de liberdade. O presidente argentino ofereceu-lhe colaboração no conflito que a rede social X mantém no Brasil no âmbito do conflito judicial e político naquele país”, escreveu Manuel Adorini, porta-voz de Javier Milei, no X (antigo Twitter). Durante a reunião que foi realizada no Texas, nos Estados Unidos, eles decidiram realizar um ‘grande evento’ na Argentina para promover as ideias de liberdade. Segundo o Adorini, o evento deve ser realizado em breve. “O Presidente e o empresário americano concordaram em realizar em breve um grande evento na Argentina para promover as ideias de liberdade”, acrescentou.

O presidente argentino publicou várias fotos em suas redes sociais nas quais aparece apertando a mão de Musk. “Viva a liberdade caralh*”, escreveu o argentino em uma das publicações. A reunião ocorreu nas instalações da Tesla em Austin, Texas, onde a empresa produz componentes para o Model Y e o caminhão elétrico Tesla Cybertruck. Em outras imagens, Milei posou com Musk na entrada e dentro da fábrica. Em um vídeo publicado na rede social X, Milei disse a Musk que era “um grande prazer” conhecê-lo e agradeceu-lhe por “tudo o que faz pelo mundo”. Em seguida, ele apresentou o empresário à sua irmã e secretária-geral da presidência argentina, Karina Milei, a quem chamou de “chefe”.

A reunião é a materialização de uma crescente relação à distância entre Milei e Musk, que “The Wall Street Journal” descreveu como um “bromance” (um relacionamento não romântico entre dois homens). Depois que Musk publicou um vídeo em sua conta no X em 5 de dezembro de 2023, no qual Milei explicava sua oposição à “justiça social”, o líder argentino respondeu um dia depois: “Precisamos conversar, Elon”. O porta-voz de Milei, Manuel Adorini, não falou se os dois discutiram projetos industriais na Argentina, que tem algumas das maiores reservas mundiais de lítio, um mineral essencial para a produção de baterias para veículos elétricos. Mas em sua conta no X, Musk deu a entender que trabalhará com Milei, escrevendo: “Um brinde a um futuro empolgante e inspirador”. 

Esse encontro entre Milei e Musk e o anunciou deste evento em prol da liberdade, acontece dias depois de um embate entre o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, e o magnata por conta do X. No inquérito aberto sobre o empresário por suposta obstrução de Justiça, inclusive em organização criminosa e incitação ao crime, Moraes incluiu Musk como investigado no inquérito das milícias digitais por dolosa instrumentalização da rede social. Como a Jovem Pan mostrou, o ministro determinou que o X se abstenha de “desobedecer qualquer ordem judicial já emanada” pela Justiça brasileira, inclusive reativar perfis cujo bloqueio foi determinado pelo Supremo ou pelo Tribunal Superior Eleitoral. Em caso de descumprimento, será aplicada uma multa diária de R$ 100 mil, por perfil, e os responsáveis legais pela empresa no Brasil podem acabar enquadrados por desobediência à ordem judicial. “As redes sociais não são terra sem lei! As redes sociais não são terra de ninguém”, escreveu Moraes.

*Com informações da EFE

Por: Jovem Pan.

Proposta de manter o foro privilegiado para crimes funcionais mesmo após o término do mandato foi apresentada pelo ministro Gilmar Mendes, relator do caso em questão


Ministro Barroso havia suspendido o julgamento no final de março, quando o placar estava em cinco votos favoráveis. Após a retomada, na madrugada desta sexta (12), o caso resultou em seis votos a favor da ampliação do foro privilegiado.


O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria de votos para ampliar o foro privilegiado nesta sexta-feira (12), permitindo que autoridades como deputados, senadores, ministros e outras figuras públicas sejam investigadas pela Corte mesmo após deixarem seus cargos. O julgamento foi interrompido devido a um pedido de vista do ministro André Mendonça. O ministro Luís Roberto Barroso havia pedido vista e suspendido o julgamento no final de março, quando o placar estava em cinco votos favoráveis. Após a retomada, na madrugada desta sexta (10), o parecer do ministro resultou em seis votos a favor da ampliação do foro privilegiado, com ministros como Flávio Dino, Cristiano Zanin e Dias Toffoli se posicionando a favor. A proposta de manter o foro privilegiado para crimes funcionais mesmo após o término do mandato foi apresentada pelo ministro Gilmar Mendes, relator do caso em questão. A discussão sobre a restrição do foro privilegiado teve início em 2018 e agora ganha novos contornos com a possibilidade de ampliação.

O julgamento em questão tem como pano de fundo um habeas corpus do senador Zequinha Marinho, acusado de operar um esquema de “rachadinha” quando era deputado federal. A defesa do senador argumenta que o processo deveria tramitar no STF devido ao foro privilegiado que ele detém. A mudança na prerrogativa de foro pode impactar casos como o do ex-presidente Jair Bolsonaro, que perdeu o direito ao foro privilegiado após deixar o cargo em 2022. Com a possibilidade de processos serem julgados no STF e investigações questionadas, o debate sobre o foro privilegiado continua em destaque no cenário jurídico brasileiro.

Por: Jovem Pan.

 


Incentivar a prática esportiva e popularizar equipamentos de qualidade para nossas crianças e jovens é uma prioridade da Prefeitura de Surubim.

Na tarde deste domingo (07), aconteceu no Bairro do Coqueiro, a inauguração do Campo Society Willam Giliard Lucena da Silva, em homenagem ao conhecido desportista surubinense Bagagem, in memorian.

A população se reuniu para presenciar a entrega de mais este espaço que, além de atender os alunos da Escola Municipal Prof. Dr. Amaro, também estará disponível para o uso da comunidade.

Contando com a presença dos secretários municipais, vereadores e autoridades, a prefeita Ana Célia reforçou a importância desta entrega para a população. “Este é um tipo de equipamentos que normalmente só vemos ser construído para o uso particular. Hoje, onde estiver,  Bagagem com certeza está orgulhoso de ter um campo Society com essa qualidade disponível de forma gratuita para a população!"

Para celebrar mais essa entrega,  os presentes assistiram ao torneio dos alunos da Escolinha Portuguesa dos Doquinhas e o show da banda de Pagode Acaso. Essa é a Prefeitura de Surubim, cuidando da nossa gente!










Virginia Pignot.


Vamos ao cinema.

O trigésimo sexto festival cine latino de Toulouse, cidade do Sul da França, trouxe através de filmes, documentários, encontros e debates com associações franco/latino-americanas, com realizadores, escritores, encontros musicais, momentos de prazer, de reflexão, e às vezes de saudade ou de dor, quando a realidade ou ficção retratados te tocam particularmente. Transmito o endereço do site: www.cinelatino.fr Neste artigo, vou falar de dois filmes que misturam documentário e ficção. Dois longas-metragens seguem a vida de uma família em um determinado período de tempo: “Betania” nos lençóis maranhenses; “Samuel e a Luz” numa  região de montanhas onde a mata Atlântica está preservada, antes e depois da chegada da luz elétrica. Os dois filmes são como uma obra de arte: o realismo dos traços dos personagens, dos diálogos aí revelados, te fazem estar ao lado dos personagens, assim como mergulhar nas paisagens deles. Boa leitura, bom “passeio.”

Samuel e a luz: Meio ambiente preservado, compassos e descompassos na vida familiar

Filmado por Vinicius Girnys durante seis anos de modo descontinuo, o filme mostra a vida de uma família e de uma comunidade caiçara, que preserva a bela mata atlântica. A região montanhosa íngreme para além da pequena praia de Ponta Negra, impediu até hoje a construção de estradas, o acesso à comunidade se faz só pelo pelo mar. A cidade mais próxima é Parati, no litoral do estado do Rio de Janeiro.

No início do filme, a mãe de Samuel, e uma amiga lavam roupa no rio, cozinham na lenha... nas conversas entre elas, a violência doméstica é falada...Na familia de Samuel, cuidados e conhecimentos são transmitidos pelos pais aos filhos. Os homens pescam juntos, a pesca é abundante, mas com o passar do tempo, o pescado vai acabando. Pescadores foram manifestar contra a autorização dos grandes navios e empresas de pesca de fazer o arrastão que acaba progressivamente com espécies.  Acompanhamos as mudanças com a chegada da luz elétrica.

Betânia: Natureza exuberante e a delicadeza  das relações interpessoais

Neste caso o realizador e sua equipe vinham de S. Paulo, o filme foi feito em dois períodos de filmagem, na estação das chuvas, e da seca. Mas o realizador já tinha feito um curta-metragem com a Betânia original, parteira, que fez seu primeiro parto aos doze anos, quando voltava da escola, pois ouviu gritar uma mulher, foi acudí-la, o bebe já vinha saindo com os bracinhos que ela puxou, com sucesso... Se tornou parteira, chegando de moto, à pé, à cavalo, no leito de parturientes da região. Ela casou com um agricultor/ pescador, mestre do Bumba meu boi, teve filhos, e teve a infelicidade de perder a própria filha caçula de parto, mas o bebe sobreviveu e vivia com seu pai perto dos avós. Achei muito engraçado o papel do casal de turista francês, e muito delicada a maneira de filmar a intervenção de Betânia junto a sua filha que se tornou crente e alienada ao discurso do pastor, até descobrir que ele era um pilantra que sumiu com o dinheiro dos fiés.

Resumo dos filmes no programa do festival, e conclusão

Samuel e a Luz:”O jovem Samuel vive na exuberante Costa Verde brasileira. Filmado durante seis anos, ele assiste à chegada da eletricidade e a transformação da sua calma colônia de pescadores em um lugar de turismo badalado. O canto dos passarinhos e das ondas que quebram na praia são substituídos pelo barulho dos turistas e dos motores das lanchas. A chegada da modernidade trará luz ao coração dos habitantes?

Betânia: “Essa história familiar mistura cenas turbulentas da vida quotidiana, momentos preciosos de cultura ancestral acompanhados de cantos tradicionais, cenas saborosas da adaptação ao tempo mais “moderno”. Se inspirando em um documentário que ele tinha realizado sobre uma dirigente comunitária local, Marcelo Botta filma seu bando alegre de atores e atrizes, todos locais, com uma energia comunicativa”. 

Além da fineza da observação e reprodução das complexas relações interpessoais, os dois filmes mostram a relação “primitiva” do homem com a natureza, vivendo dos elementos que a natureza lhes oferece, com suas dificuldades, mas preservando os recursos naturais. A modernidade traz conforto e melhorias, mas “trará luz ao coração dos habitantes?”

Por: Virginia Pignot - Cronista e Psiquiatra.
É Pedopsiquiatra em Toulouse, França.
Se apaixonou por política e pelo jornalismo nos últimos anos. 
Natural de Surubim-PE

 

Ronnaldo de Andrade.

A nova forma poética foi batizada de SPINA para homenagear o saudoso professor emérito da USP, Segismundo Spina, autor de diversos livros: Apresentação da Lírica Trovadoresca; Do Formalismo Estético Trovadoresco; Introdução à Poética Clássica; Presença da Literatura Portuguesa (Era Medieval); Na Madrugada das Formas Poéticas e, entre outros, o Manual de Versificação Românica Medieval, livro que serviu de base para a criação do SPINA.

Tomamos conhecimento de algumas abras desse exímio mestre no último ano do nosso curso de Letras. O coordenador do curso, ao ficar sabendo que iríamos fazer nosso Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) sobre O Trovismo, ou, como alguns chamam, Trovadorismo Brasileiro que, segundo alguns estudiosos, entre eles Eno Teodoro Wanke e Carolina Ramos, é o primeiro movimento literário genuinamente brasileiro, criado em torno unicamente de uma forma poética: a Trova. Poema de quatro versos setissilábicos rimados. Foi-nos sugerido pelo coordenador o livro A Presença da Literatura Portuguesa (Era Medieval).  Esta obra, juntamente com algumas dos insignes mestres Alfredo Bosi, Massaud Moisés e Fidelino de Figueiredo, que já faziam parte dos nossos estudos, foi fundamental para a feitura do nosso trabalho.

Há algum tempo queríamos criar um tipo de poesia que pudesse nos satisfazer (a exemplo do soneto, o haicai, a trova, só para citar alguns que são bastante cultivados no século XXI) e nos dedicamos a escrever. Tínhamos algumas regras pré-definidas. Entretanto, faltava-nos definir as estruturas estrófica e rímica. Desejávamos uma estrutura estrófica que trouxesse um quê de ineditismo, atraísse o olhar curioso de quem escreve, gosta e principalmente estuda e entende de poesia.

Para atingirmos esse nosso objetivo, pesquisamos tipos de estrofes; contudo, foi na numerologia que encontramos o esquema estrófico do SPINA.

Estávamos nós trabalhando quando surgiu, entre às nove e dez horas da manhã, do dia dez de dezembro de dois mil e dezenove, data do aniversário de nossa filha, qual uma luz em extrema escuridão, a intuição de vermos o resultado numerológico de nossa data de nascimento. Sem hesitarmos, fizemo-lo e o resultado foi 35.  Somando os números temos um 8. Com o resultado em mãos, começamos a enxergar algumas sombras, mas precisávamos de mais nitidez. Tínhamos que transformar esse número em estrofe(s), não sabíamos se com ou sem métrica (regular), se teria rimas nem a quantidade de versos, se optássemos por um poema com mais de uma estrofe. Foi quando decidimos usar o resultado numerológico (35), mais a soma das duas unidades numéricas (8).  Sendo o 8 a quantidade total dos versos que comporia o poema, e o 35 seria usado para construir duas estrofes (3+5): a primeira com três versos e a segunda com cinco. Até aí nada de diferente estava sendo apresentado, pois a estrutura estrófica é de um terceto e uma quintilha. Precisávamos de algo a mais, além do que estávamos habituados. Para isso, esquematizamos a estrutura estrófica em um pedaço de madeira e nos pusemos a pensar, enquanto trabalhávamos, na estrutura dos versos. Compreendemos que definir como sendo uma das regras obrigatória do SPINA o verso isométrico, iria restringir largamente sua aceitação, pois sabemos que a maioria dos poetas atuais não utiliza esse recurso, principalmente os poetas das redes sociais, alguns da internet. Devido a isso, optamos pelo heterométrico. Todavia, continuávamos no mesmo impasse. Voltamos a analisar os dois blocos estróficos do SPINA e encontramos neles o que procurávamos, o lugar onde fixaríamos a sua principal, imutável, regra, a espinha dorsal do poema, já que optaríamos em não colocar a métrica regular como uma das obrigatórias, diferenciando-o, com isso, dos demais poemas heterométricos: a quantidade de palavras por verso. Cada estrofe passaria a ter uma quantidade diferente de palavras.  A sequência rímica também nos fez pensar, porque não tínhamos o intuito de rimar todos os versos. A princípio estabelecemos como obrigatória a seguinte sequência para ela: último verso da primeira estrofe rimará sempre com o terceiro e quinto verso da segunda estrofe. Sendo facultativas as rimas nos demais versos do poema SPINA. Assim o SPINA foi apresentado ao público. Passamos a observar a funcionalidade desse esquema rímica. Percebemos que a maioria dos SPINAS trazia rima em todos os versos. Nosso objetivo não era criar um poema todo rimado; no entanto, com algumas rimas, pois acreditamos que a rima contribui com a melodia do texto. Por esse motivo decidimos padronizar o esquema rímica, deixando uma única rima distribuída em duas sequências. Vejamos. Primeira sequência:

O último verso da primeira estrofe rima com o terceiro e quinto verso da segunda estrofe. Segunda sequência (esta é facultativa): o último verso da primeira estrofe rima com o primeiro, terceiro e quinto versos da segunda estrofe. São estas as sequências rímicas aceitáveis no SPINA.


Por: Ronnaldo de Andrade - Poeta e Professor, tem quatro livros publicados 

e organizou quatro antologias de poemas SPINAS.

Jaqueline Haywa.


Minibiografia: Professora, Escritora e Cacica do Povo Pataxó Hã Hã Hãe, etnia Kariri Sapuya, de Ribeirão Pires. Referência na luta pelos direitos dos indígenas da região ABCDRR. Cursou faculdade de Estudos Sociais, Geografia e Pedagogia. Autora do livro “Reconstruindo a História”, no qual traduz em poemas parte de sua trajetória de vida e de sua família. Na pandemia de COVID19, ao descobrir que não havia vacina para a população indígena de sua cidade devido à ausência de cadastro formal desse grupo, Jaqueline passou a lutar com ainda mais determinação e, em 2021, foi eleita para integrar vertente de “promoção” no Conselho da Igualdade Racial, representando os indígenas de Ribeirão Pires, em especial da família Pataxó Hã Hã Hãe, da etnia Kariri Sapuyá.Em fevereiro de 2023, levou a Funai o cadastro de 308 Pataxós de sua família. Em abril, esteve em Brasília com a ministra Sonia Guajajara e entregou para ela os documentos dos Pataxós no ABC pedindo que os povos Indígenas em contexto Urbano sejam inseridos nas políticas públicas. Em junho de 2023, o ministério Público ao conhecer a História entrou em contato com a Cacica iniciando um inquérito nas 7 cidades do ABC exigindo um plano de ação para o cadastro dos 3.000 indígenas que aparecem no censo 2023 na região do ABC. Foi contemplada com o recurso do projeto da Lei Paulo Gustavo e será filmado um documentário da sua História.


Como vê seus parentes na atual conjuntura? A ministra tem feito um trabalho em prol das diferentes etnias ? 


JAQUELINE HAYWA: Ministra dos povos indígenas Sonia Guajajara, vem enfrentando um grande desafio e várias derrotas, foi retirado do seu ministério a reponsabilidade da Demarcação dos Territórios indígenas, quem melhor poderia realizar esse trabalho se não o nosso próprio povo. Outra derrota muito significativa foi a aprovação pelos Deputados do projeto de que institui O Marco Temporal para a demarcação dos territórios indígenas. Então acredito que a pauta indígena não tem nenhuma importância para os Deputados e a Ministra não governa sozinha. Por outro lado esta sendo a primeira vez de um Ministério voltado para nós, o indígena como protagonista da sua própria História, pela primeira vez nosso povo esta sendo ouvido. Fui recebida por ela em abril de 2023. Levei as demandas do nosso povo aqui no grande ABC paulista, são 308 Pataxós que foram por mim e minhas lideranças cadastradas e nossas demandas aqui nas cidades também devem ser ouvidas.


Quais as funções a serem desempenhadas por uma cacica? 


JAQUELINE HAYWA: Não imaginava muito bem qual seria minha função ao ser escolhida pelo meu povo aqui na cidade de Ribeirão Pires como a Cacica representante de todos, uma mulher indígena na cidade como poderia fazer algo, então resolvi ir a na aldeia Catarina Caramuru Paraguaçu onde mora parte da minha família na cidade de Pau Brasil na Bahia, pedir orientação para as lideranças da nossa família, meu primo Som Pataxó e sua mãe Pomba foram me esclarecendo muitas questões, a primeira é que deveríamos aparecer nos “números” para os autoridades terem o conhecimento da nossa existência, minha função foi liderar essas demandas, fazer o cadastro interno, levar ao conhecimento da FUNAI e de todas as prefeituras das cidades onde tinha um Pataxó da minha família, foi então que o Procurador do Ministério Público Dr. Steven Shuniti entrou em contato comigo tomando conhecimento da nossa existência instaurou um inquérito solicitando que as 7 cidades da região apresentasse um plano de ação para o cadastro dos indígenas nas cidades não somente para o Povo pataxó mas para os 3.031 indígenas que o Censo 2024 revelou existir na região. A função do Cacique é lutar pelo seu povo, seja nas aldeias ou nas cidades.


Quantos parentes em média tem hoje à sua etnia? Pesquisadores têm feito pesquisas sobre os diversos aspectos culturais do seu povo? 


JAQUELINE HAYWA: São cerca de 400 Pataxós Hã Hã Hãe que estão aqui no ABC Paulista, a Universidade UFABC entrou em contato comigo para pesquisarem e escreverem sobre a nossa História, como aconteceu essa diáspora indígena o que fez com que o meu pai, o primeiro Pataxó a chegar em São Paulo viesse parar aqui, a História dessa violência tem que aparecer nos livros didáticos, estou muito feliz com esse contato que foi feito pela Universidade e vou entrar como a primeira Pataxó do meu povo para o Mestrado, minha intenção é deixar escrito a nossa História como povo Indígena vivendo no contexto Urbano. Há a legislação mas os professores não tem formação ainda hoje.


O que as instituições de ensino deveriam efetivamente ensinar a respeito dos povos originários?


 JAQUELINE HAYWA:  A lei 11.645 fala da obrigatoriedade do ensino sobre os povos indígenas nas escolas, mas não é efetivamente cumprida. Falta formação para os professores e material didático para esse conhecimento, então na minha visão a aproximação de uma Universidade com o nosso povo é um grande avanço, a primeira providência seria a realização de pesquisas, formação de cursos e materiais dentro dessas instituições para a formação dos futuros professores.


Quais sai seus futuros projetos e mensagem para a juventude? 


JAQUELINE HAYWA: Entrar na Universidade e mostrar a presença indígena, espero que a partir disso, os jovens da nossa família possam se sentir motivados e que não tenham vergonha de serem quem são, nós somos a semente de um povo que foi massacrado, expulso e humilhado há centenas de gerações, e quem deveria sentir vergonha são as pessoas que nos dias atuais ainda acham que somos folclore, somos uma fantasia e que a todo calar as nossas vozes.

Por: Renata Barcellos (BarcellArtes) - Professora, Poetisa, Escritora e Membro Correspondente do Instituto Geográfico de Maranhão, Apresentadora do programa Pauta Nossa da Mundial News RJ.


Malude Maciel.


Há pouco tempo, mais precisamente no ano de 1973, quando Mari Cooper, considerado o inventor do celular, deu o grande passo da Motorola, apresentando ao mundo os aparelhos portáteis de telefonia, vimos a novidade da comunicação à distância e a facilidade de condução desses objetos transmissores que conquistaram totalmente a humanidade com rapidez.

A aceitação foi tamanha que transformou os usos e costumes de então, pois os telefones fixos foram aposentados e as empresas tecnológicas aperfeiçoaram cada vez mais as utilidades contidas na “pequena maravilha” e também surgiram modelos diversos onde se encontram atualmente: internet (e-mails, instragrans, face books, etc.), máquinas fotográficas e de calcular, games, lanterna e um enorme arsenal de inventos úteis que se concentram num só exemplar.

A primeira ligação telefônica do Brasil foi instalada na década de 1870 por intervenção do Imperador Dom Pedro II.

Quase todas as pessoas se renderam ao uso do celular porque ele resolve quase cem por cento das necessidades da comunicação. As crianças, que nem conheceram os anteriores sistemas, caíram de cheio no manuseio contínuo, ao ponto dos pedagogos gritarem contra os exageros, devido aos prejuízos iminentes à saúde, porque tudo demais é demasia.

Baseada no meio termo das coisas, no equilíbrio como lugar melhor, aprovo demais tais modernismos, porém presto atenção aos alertas médicos e, por isso, combati a enorme demanda da garotada viver praticamente colada nos aparelhos celulares, porque é gostoso esse apego e a tecnologia sempre traz atualizações pelos canais acessados pelos internautas; é ter o mundo ao seu alcance. Foi um processo que conseguiu viciar mesmo quem dele se aproxima demasiadamente.

As críticas a esse “vício” tem vindo através de charges, piadas, todo tipo de apelação tentando bloquear a avalanche de usuários, mas em todo lugar, por mais remoto que seja existe um celular, sendo de fácil aquisição e ainda o preferido em casos de furtos. Infelizmente, muitas vidas são ceifadas diariamente por assaltantes em busca de celulares, pois sua venda é garantida.

No entanto, quando o ano de 2021 registrou na História a horrenda pandemia da Covid-19 que até hoje não foi debelada, e todas as nações fizeram um isolamento obrigatório com todos os indivíduos presos em casa devido ao surto desse incrível vírus, o celular foi um lenitivo num período de desespero global. Através desse aparelho foram feitos os contatos mais urgentes e emergenciais. Foi com ele que mantivemos uma ligação com parentes e amigos, resolvemos negócios e pedimos socorro algumas vezes. Sem ele, teria sido bem mais cruel.

Diante das circunstâncias, passei a ser fã do celular e compreendo perfeitamente o porque de tanta gente fazer dele, quase um ídolo (com as devidas ressalvas), pois no momento do sufoco, ele cumpriu fielmente sua principal finalidade: diminuir as distâncias e unir os corações.

O celular é uma das maiores invenções valiosas do planeta, sem dúvida alguma.

Que Deus inspire os seres humanos na criação de coisas importantes ao bem-estar comum e direcione seu emprego em favor do BEM.

Por: Malude Maciel - Jornalista, Escritora e Membro da ACACCIL 
Cadeira 15 – Profa. Sinhazinha.
José Vieira Passos Filho.


Os folguedos populares sempre estiveram presentes no cotidiano das famílias do antigo Engenho Bananal da Viçosa, desde os primórdios de sua fundação, que data da primeira metade do sec. XIX. A chegança, o fandango, as baianas, os quilombos, os presépios dramáticos, os pastoris, os caboclinhos e os reisados eram os autos populares que se apresentavam nas épocas natalinas na casa-grande do Engenho.  Os reisados tinham seus componentes trajados com roupas muito coloridas e os chapéus grandes com fitas e espelhinhos. Os componentes do reisado iam fazer a abertura da função em frente à igreja e depois se apresentavam na casa-grande em festa bastante concorrida pelos moradores do lugar.  Os reisados de antigamente eram constituídos somente por homens. O reisado moderno é o que chamamos hoje de guerreiro; possuem maior número de figurantes e agora com a presença de mulheres. Segundo o viçosense Théo Brandão: O auto dos guerreiros é um folguedo surgido em Alagoas, entre os anos de 1927 e 1929. É o resultado da fusão de Reisados Alagoanos e do antigo e desaparecido Auto do Caboclinhos, da Chegança e dos Pastoris.

Em Viçosa, na década de 1960, o Guerreiro de Boa-Sorte, organizado por Vivaldo Vilela, ensaiado e trajado em sua residência, na Boa Sorte, marcou época. Théo Brandão escreveu: Mas hoje, essa tradição de beleza e arte coreográfica dos velhos Reisados Viçosenses revive no Guerreiro da Boa-Sorte, que une a riqueza e o colorido dos trajes, ao virtuosismo coreográfico de suas bailarinas, e à harmonia de seus cantantes.”

Na década de 1970 o Bananal voltou a reviver seus dias de reisados com o folguedo comandado pelo hoje lendário Mestre Osório Tavares. O reisado do Mestre Osório passou a ser um folguedo popular tradicional do povoado. É de Osório (falecido em 2013, aos 90 anos), esse hino em louvou à Princesa das Matas: Ô Viçosa, do nosso Brasi, / Eu longe de ti, a saudade me mata. / É de prata, cidade mimosa, / Teu nome é Viçosa, Princesa das Matas. / Este ano, eu vou ensaiar, / Nos vamos cantar as pecinhas da vila. / Faça fila, meninas cuidado, / Que vai ser gravado, pra ir pra Brasília. 

O atual Reisado Mestre Osório do povoado Bananal, é uma homenagem que fazemos aquele que foi um ícone do folclore viçosense. Sua fama passou de pai para filho: hoje o mestre é Expedito Tavares, seu filho; a contramestre chama-se Maria Cícera, que é a organizadora. Tem ainda o mateus e o palhaço, destinados a animar a apresentação. As figurantes são cinco jovens em cada cordão com as roupas encarnado e verde. O Reisado dança ao som de uma viola tocada por Zé Bolinha, também filho de Osório. Nos entremeios (pequenas encenações dramáticas) das apresentações do reisado temos, dentre outras peças: a da Joana Baia (adornada com colares, brincos, anéis), que faz o papel de uma mulher desprezada pelo marido que a deixa com cinco filhos menores. 

O Reisado Mestre Osório também é apresentado na versão com crianças de 6 a 10 anos. Assim garantimos a continuidade das tradições do Bananal da Viçosa.

Por: José Vieira Passos Filho - Pres. da Academia Alagoana de 
Cultura, Sócio Efetivo do Instituto Histórico 
e Geográfico de Alagoas, Sócio Efetivo da Academia Maceioense de Letras, 
Sócio Honorário do SOBRAMES (AL), Sócio Efetivo da Comissão Alagoana 
de Folclore. Presidente da ALB de Alagoas.
 Maria Teresa Freire.


Escolho as fotos. Farão parte de uma exposição que organizo intitulada “As pessoas e a natureza”. Três assistentes me ajudam, duas delas são minhas irmãs. Trabalho incansavelmente há semanas. Fotografo a mesma cena várias vezes até eu ficar satisfeita. Cenas de pessoas interagindo com a natureza. Ou seria a natureza permitindo que as pessoas interajam com ela? 

As providências são várias. Declarações consentindo que as pessoas apareçam nas fotos. Revelação, impressão das fotos. Como são de tamanho grande, há necessidade de uma gráfica especial. São posters. Também em papel especial. No fim da exposição haverá um leilão com as fotos. Portanto, o trabalho é dobrado: da exposição e do evento leiloeiro.

Após o leilão, os posters ficarão embalados no estúdio para serem entregues aos clientes. O evento termina, estamos todos exaustos. Verificado que os posters vendidos estavam devidamente acondicionados, vamos para casa. No dia seguinte, serão as providências com as entregas. 

O dia seguinte amanhece, e vamos todos para o estúdio. Ao chegar, encontramos a porta principal arrombada. Já tivemos um susto. Ao entrarmos, quase desmaio com o que encontro:  posters faltando, provavelmente roubados, outros cortados com facas, pedaços pelo chão. Uma desordem completa. Fico louca ao ver aquela violência, desrespeito ao trabalho das pessoas. Prejuízo total. Meu funcionário que cuida da parte financeira faz um levantamento e conclui: todo o lucro das vendas será para indenizar os compradores. 

Quase todo o recurso financeiro que eu tenho será para enfrentar os estragos. O estúdio é imóvel meu; moro, com minhas duas irmãs no terceiro andar. O primeiro andar é destinado às exposições minhas e de outros artistas que alugam o espaço. O segundo é o estúdio propriamente dito, as fotos são reveladas e nós trabalhamos: eu, minhas duas irmãs, Jade a outra assistente e Jonas que cuida do financeiro e outras tarefas. Somos como uma família.

Os compradores ficam atônitos, pois nunca nos aconteceu qualquer problema. Eu logo aviso que todos seriam ressarcidos de suas perdas. Ou seja, eu devolveria o valor pago por cada poster fotográfico. Por essa minha iniciativa não tive processos jurídicos. Mas a imprensa se labuza ao publicar que nós não tínhamos responsabilidade com a segurança das fotos adquiridas por preços altíssimos. Que nosso espaço não é seguro para abrigar qualquer exposição. Que estávamos reféns de ladrões, sem condições de promover qualquer outro evento, muito menos guardar obras de valor. As exposições agendadas foram canceladas. Todos eram cruéis em nos apontar como irresponsáveis. 

Praticamente falida, fechei o estúdio e voltei com minhas irmãs para a casa dos meus pais. Moram perto do mar, em uma ilha, local tranquilo, moradores amigos. Onde nascemos e meus pais vivem até hoje. Onde amei pela primeira vez. Ali fico escondida, destruída pelo que me aconteceu.

Entretanto, meus amigos de infância sabem do meu retorno e me procuram. Não quero falar com eles, estou triste, desanimada, envergonhada. Eles se importam com isso? Vão me buscar, me obrigam a sair de casa e retomar algumas atividades praticadas quando crianças e adolescentes. Caminhadas, piqueniques, passeios em locais distantes da Ilha, jogos de tabuleiros, de cartas e à noite sentar ao ar livre, absorvendo o ar agradável, beber um pouco e bater bons papos. Assim, me fizeram contar tudo que aconteceu e acharam muito estranho o roubo, em local que tinha proteção e inclusive alarme. 

Os amigos resolvem investigar sobre o fato e começam contatando a Polícia, pois eu fiz o Boletim de Ocorrência (BO), na ocasião. A investigação policial não deu em nada. Entretanto, os amigos, liderados pelo ex-namorado (de quem eu ainda gosto) decidem continuar investigando.  Ao buscarem informações, chegam até a empresa que embalou os posters, pois alguns iriam para outras cidades. Um dos funcionários tem uma ficha criminal densa. Foi essa pessoa que deixou a porta destrancada para que seus comparsas entrassem e fizessem o arresto das principais obras. O ‘mal caráter’ foi descoberto por Gabriel (o ex). Ele queria matar o delinquente. Precisamos segurá-lo e contatar a polícia para evitar que arrebentasse o ‘cara’ com tanta pancada. 

Surpreendo-me com a reação de Gabriel. Desde que fui embora, nós nos falamos muito pouco. Todavia, o modo como ele me trata agora não é nada distante, muito menos frio. Ao contrário. Às vezes eu fico sem graça na frente dos amigos. Ele nem se importa e continua a agir carinhosamente comigo. Perguntei a ele: “Gabriel, por que você reagiu tão agressivamente quando descobriu o responsável pelo roubo?” 

Gabriel olhou-me por alguns instantes, muito sério, segurou meu rosto com as duas mãos e disse-me: “Porque eu a amo com a mesma intensidade de quando você se foi. Acompanho todos os seus trabalhos. Mesmo não falando com você, eu sei de todos seus passos por meio de amigos meus. Você trabalha duro, é uma fotógrafa excelente, as pessoas gostam e apoiam seu trabalho; não é justo fazer isso com você!”  E me beija tão amoroso, tão gostoso que eu me derreti; senti-me novamente amada, protegida. Um beijo longo, terno, cheio de saudade, que trouxe de volta o amor que nos uniu. 

Nossa história (eu e Gabriel) começou há muitos anos, quando adolescentes. A mesma escola, a mesma Universidade, somente cursos diferentes. Ele estudou Oceanografia e voltou para a Ilha para trabalhar em projeto relativo à sua área de expertise. Eu fiquei no Rio (RJ) trabalhando como fotógrafa e consegui criar minha própria empresa. Por ambição, preferi ficar na cidade grande para me firmar como fotógrafa conceituada e admirada. Não há mal nisso, mas eu terminei nosso relacionamento preocupada em que fosse atrapalhar minha carreira. E senti muita falta do apoio e incentivo que ele me dava. Não o procurei mais, arrogante com o meu sucesso. Contudo, ele foi a primeira pessoa a acreditar em mim, que eu não havia sido irresponsável e nem relapsa. Conduziu a investigação com os amigos para me inocentar completamente.  

Agora, envergonhada por não ter sido mais atenta, ter perdido grande parte do meu capital, não sei o que faço. Ele, novamente, me arranja tarefa. A empresa em que ele trabalha precisa de fotos da fauna marinha para estudos, mas também pretendia fazer uma exposição. Ele me indica. Ao mostrar meu portfólio a empresa se anima e me contrata. Fotografo na superfície e mergulhando. Ficam maravilhosas, diz o pessoal da empresa. Ele, os amigos e minhas irmãs se propõem a organizar a exposição, pois a empresa não tem experiência nesse tipo de evento. Um sucesso total! Todo o pessoal da Ilha visitou. Convidados da empresa, amigos e até concorrentes do Rio vieram para a exposição. Foi um excelente marketing para a empresa. Em vista do êxito da exposição, outras empresas se interessam. E propostas de trabalho me são feitas. 

Toda essa retomada de trabalho e de autoconfiança aconteceu por causa de Gabriel. Ele lutou por mim. Com ele é o meu lugar. Com ele estou salva, amada, segura, valorizada. Não irei a lugar nenhum. Posso viajar para trabalhar e retorno para ele. Iremos juntos quando for possível. Juntos estaremos, não quando for possível, mas sempre. Não há melhor lugar do que entre os braços de quem me ama. 

Por: Maria Teresa Freire - Jornalista, Escritora, Poeta, 
Presidente da AJEB – Coordenadoria do Paraná.
Presidente da ALB - Paraná.

Maluma Marques e Prof. Dr. Pedro Filho. 


É com imensa satisfação que relato sobre a tarde verdadeiramente memorável que passei na companhia da estimada escritora e jornalista Maluma Marques. Sua hospitalidade refinada foi evidente desde o momento em que entrei em sua residência, onde fui recebido com um delicioso bolo xadrez e um refrescante suco de maracujá. Ao ser conduzido ao seu escritório particular, fui envolvido pela aura de distinção que permeia o espaço, decorado com inúmeras homenagens, troféus e uma vasta biblioteca que é um verdadeiro tesouro cultural. Receber seus livros autografados foi uma gentileza que muito me honrou.

A oportunidade de conhecer sua amável família, bem como seu encantador gato, enriqueceu ainda mais a experiência. Aproveitei a oportunidade para convidá-la para passear pelas belas ruas da cidade, o que para mim foi um privilégio que acolhi com muita gratidão. Maluma Marques personifica não apenas a elegância, mas também a generosidade e autenticidade que encantam a todos que têm o privilégio de conhecê-la. Expresso minha sincera gratidão pela acolhida calorosa e pela conversa enriquecedora, ansioso pelo próximo encontro.

Com estima, Prof. Dr. Pedro Filho.

João Alfredo, 30/03/2024. Sábado de Aleluia! Ano Bissexto.




No coração de Surubim, um brilho especial sempre iluminou os dias daqueles que cruzaram o caminho de Dona Irene Ferreira Lima. Sua jornada neste mundo foi marcada por um amor incomparável e uma dedicação inabalável ao Hospital São Luiz de Surubim, transformando vidas e deixando um legado que perdurará para sempre.

Dona Irene era mais do que uma simples presença; era a personificação do calor humano e da bondade de alma. Seus olhos irradiavam esperança, sua voz confortava corações e suas ações inspiravam todos ao seu redor. No Hospital São Luiz, ela encontrou sua causa maior, dedicando-se incansavelmente ao bem-estar dos pacientes e ao apoio às famílias em momentos difíceis. Eu acompanhei de perto sua dedicação e o cuidado com o povo de Surubim e da região que procuravam o hospital.

A notícia de sua partida deixou um vazio imenso em nossos corações. Ainda que saibamos que a despedida é parte inevitável da jornada da vida, a perda de alguém tão especial como Irene é uma dor profunda. Ela deixa saudades, lembranças preciosas e um exemplo de determinação e compaixão que nunca serão esquecidos.

No entanto, mesmo diante da tristeza da despedida, celebramos o legado de Irene. Seu brilho continua a iluminar os dias de todos que fazem o Hospital São Luiz. sua memória é um tesouro guardado em nossos corações e sua inspiração nos impulsiona a seguir em frente com coragem e amor.

Dona Irene Ferreira Lima, sua passagem por este mundo foi marcada por grandeza e generosidade. Descanse em paz, sabendo que seu impacto positivo perdurará eternamente em nossas vidas.