está ficando evidente que a votação do parecer sobre o pedido de cassação de Eduardo Cunha vai caminhar junto com a instalação da comissão especial que analisará a admissibilidade do impeachment da presidente Dilma.

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A POEIRA BAIXOU
por Marisa Gibson

Entre tapas e empurrões, está ficando evidente que a votação do parecer sobre o pedido de cassação de Eduardo Cunha (PMDB), presidente da Câmara dos Deputados, pelo Conselho de Ética da Casa, vai caminhar junto com  a instalação da comissão especial que analisará a admissibilidade do impeachment da presidente Dilma. Uma não anda sem a outra. E como a tropa de choque das duas partes estão protelando qualquer decisão, um assunto até já saiu de pauta: ninguém mais fala em cancelar o recesso parlamentar. Isso, porque há uma convicção de que as duas matérias vão tramitar em marcha lenta, devendo chegar a uma decisão só a partir do dia 2 de fevereiro, na volta do recesso.

Até lá, argumenta-se, Dilma e Cunha ganham tempo para ajustar estratégias e renovar articulações. Paralelamente, o vice-presidente Michel Temer (PMDB)  ganhou novo brilho com o episódio da carta, que ele considera encerrado, e passou a difundir a ideia de “um governo de união nacional”, pregação que serve tanto no caso de ele assumir a Presidência da República num eventual impeachment de Dilma, ou se permanecer na vice-presidência. Por outro lado, um amplo entendimento, como defende o governador Paulo Câmara (PSB), é quase um pacto nacional que também serve para o falido governo Dilma e para um futuro governo Temer.

Enfim, deputados e senadores que trabalham pela permanência de Dilma e os que defendem a preservação do mandato de Cunha estão convictos de que sairão vencedores. Agora, a única coisa que não pode ocorrer é não acontecer nada. Em períodos de crise, o melhor termômetro sempre é o povo e, neste domingo, começam as manifestações nas ruas.

Fonte: Diário de Pernambuco
Fotos: Marcelo Camargo/Agência Brasil; Lula Marques/ Agência PT; Wilson Dias/Agência Brasil



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