ESCRITOR MÁRIO CARABAJAL COMENTA ATUAL FASE DA LITERATURA

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Dr. Mário Carabajal.

Dr. Mário Carabajal é escritor e fundador da Academia de Letras do Brasil, a 1ª Academia Mundial da Ordem de Platão. Já publicou 24 obras, é especialista em psicossomatologia e pesquisa científica, mestre em relações internacionais, doutor em ciências educacionais, pós-doutor em psiconeurofisiologia e em filosofia.

Seu livro “Amor eterno” (romance de ficção com viagens no tempo), conta com 4 reedições e 40 mil exemplares vendidos. A última se fez em 2015, pela Editora Alternativa de Porto Alegre, prefaciada pelo Diretor Presidente da Alternativa, Editor Milton Pantaleão. Outrossim, alguns foram traduzidos para outros idiomas - inglês, francês e espanhol.

Dr. Mário pontua que há, atualmente, uma crise literária. O Brasil encontra-se no estágio imediatamente seguinte ao observado no ápice da ‘crise’. Evidenciam-se traços de saída e recuperação. Contudo, “a produção literária tem sofrido suas consequências, com grande impacto e profundas alterações no fazer literocultural”. Se por um lado as grandes editoras deixaram de investir no escritor brasileiro, por outro, a crise os conduziu a confrontação do que se lhes verdadeiramente importa – retirando o escritor de uma ‘fila de espera’ de contratos extraordinários com grandes editoras, para, confrontado, sustentar-se em sua autovalorização, passando a investir pessoalmente naquilo que acredita e produz - o livro. Particularmente observei reações diametralmente opostas nos escritores. Tanto aqueles que demonstravam se deixar atingir pela crise, desmotivando-se em seu fazer literário, quanto àqueles determinados, obstinados e destemidos, emergindo da ‘crise’ com ânimo e maior autoconfiança, abandonando o ‘mito’ de o escritor depender de um ‘grande nome de editora’ à conquista de seus sublimes ideais. Frente ao ‘abismo’ porque ‘passou’ o Brasil, ergueu-se um escritor com maior foco, consciente e independente, resultando em um aumento percentual dos índices de produção literária. Isto, se considerando o aumento de autores que ingressaram no mercado literocultural brasileiro. Estes, não apenas conscientes, mas com forte determinação em auxiliar o país à superação da crise. Ainda, em consequência da crise, passam a ocupar a lacuna deixada pelas ‘grandes editoras’, novas editoras, em franca ascensão, como a Alternativa de Porto Alegre, Presidida pelo Editor Milton Pantaleão; Life Editora, do Mato Grosso do Sul, Presidida pelo Editor Valter Jeronymo. Mais recentemente, soma-se a este novo perfil editorial brasileiro, a Rede Mídia de Comunicação e Editora Sem Fronteiras, do Rio de Janeiro, sob a Direção Geral e Editorial da competentíssima Jornalista Dyandreia Portugal, identificando-se com este universo consciente de independentes escritores, em uma grande, plausível e progressista parceria, apostando no pensador brasileiro e sua obra. Oportunizando a todo escritor, a visibilidade e propagação do conjunto de sua obra. Todavia, além deste importante momento, deve o escritor focar nas possibilidades de distribuição e comercialização de sua obra, de onde se lhe retornará, com os merecidos lucros, seus investimentos. As múltiplas consultas às editoras garantem ao escritor independente sua satisfação e pleno atendimento de suas expectativas. Em especial, deve o autor independente discutir o ‘preço de capa’ e condições de pagamento, dentro de uma realidade ‘custo/benefício’ de mercado e investimentos. Dedicando especial preocupação com o custo final da obra aos seus leitores.

Perguntado sobre a ética e a estética na literatura brasileira atual, Carabajal diz que “o bom gosto e os valores contributivos difundidos através dos livros somam-se e ganham forma, a priori, em mentes de escritores com comprovada maturidade humana, política e social.

Quando de seu distanciamento, a obra encontra naturais obstáculos em meios de maiores exigências. Contudo, não é incomum de obras sem estes valores primordiais serem contempladas como se profícuas fossem. Mas, ainda assim, cumprem relevante papel, ainda que pela formação do hábito da leitura, em leitores principiantes, menos exigentes. Não nos compete criticar a forma e formato como nossos escritores expressam-se. Em especial, por admitir que a produção literária, individualmente, passa por estágios psicomaturacionais de seus autores, desde aquelas sem quaisquer pretensões, traduzindo pulsões, latências e nuances emocionais daqueles que escrevem, as quais são reveladas como autoterapia, iniciando com uma problematização, evoluindo a uma confrontação de conceitos e ideias catexizadas – interiorizadas, pelos contundentes valores axiológicos – externos, conquistando em suas finalizações respostas de equilíbrio e momentâneo bem estar àquele que as produz. Isto, por emergirem a mente a partir de ‘inquietações’ emocionais, atendendo por extensão, aqueles em estágios psicomaturacionais semelhantes, detentores e vivenciadores de momentos experienciais de equivalência ao escritor. Inequivocamente os fatores emocionais sempre estarão presentes e influenciando quaisquer produções literárias, mesmo àquelas científicas. Tudo tem uma origem. Absolutamente nada tem vida própria. A interdependência e atuação ‘dinamicomental’ de todos os seres está para o escritor como o macro para o microcosmo. No universo ou como apontam as teorias mais atuais, universos, não se observa o fenômeno da ação. Tudo é reação. Logo, quaisquer estágios porque passe a dinâmica mental de escrita daqueles que transitam no mundo producente literário, obedece a leis e ordens intrínsecas evolucionais, inerentes a todos os seres. Logo, a ética e estética correspondem ao estágio cultural médio da Nação, demonstrado em intrínsecas amostras de produções literárias, musicais, Leis, prolatações de sentenças judiciais, teses, dissertações, monografias, Estatutos sociais... Atrás da Ética e Estética existem seres, com maiores ou menores domínios, competências e saberes. Por trás dos seres, existem sistemas educacionais, acessos à leitura, organizações culturais e heranças ‘sociofamiliares’ civilizatórias. Sob tais premissas, pode-se enunciar o ensaio de serem, Ética e Estética, fruto da evolução humana, em seus respectivos estágios de correspondências. O Brasil, em nossa análise, conta com fortes elementos, nas pessoas de seus escritores, jornalistas, pesquisadores, professores e profissionais dos mais amplos segmentos, como também de organizações voltadas à cultura, à conquista de níveis de excelência Ética e Estética – veja-se exemplo concreto no jornalista Rogério Fernandes Lemes, ao apontar em seu questionário de entrevista para a Ética e Estética, passando a inferir perspectivas evolucionais no fazer literário de um país gigante como o Brasil. Potencializando a produção literária de qualidade ao inferir referenciais de observância àqueles que escrevem.

 

ALB - A Academia de Letras do Brasil (ALB), instituição de integração dos escritores e artífices da Cultura Literária Brasileira e veículo à criação do CONSALB – Conselho Superior das Academias de Letras do Brasil, encontra-se, em 2016, presente no Território Nacional Brasileiro e 19 países. A ALB instala-se oficialmente no início do Terceiro Milênio, com o objetivo de integrar, estimular e valorizar o escritor, a cultura literária brasileira e internacional. Muitas academias, em todo o Brasil, mantem-se alheias, sem manifestarem-se em relação ao Movimento Nacional de Integração das Academias de Letras do Brasil, traduzido pelo CONSALB. Não obstante, nossa proposta de criação do CONSALB, em 1995, resultou no amadurecimento à criação da Academia de Letras do Brasil. Sob o axioma de uma Cultura Ativa, a ALB propõe despertar a consciência política da sociedade. E assim se fez, de forma contundente e ininterrupta, de Norte a Sul do Brasil, desde a sua fundação em janeiro de 2001, até os dias atuais de 2016. A Academia de Letras do Brasil é uma organização de Cultura atípica. Ao contrário das demais academias e entidades culturais, a ALB é uma organização Cultural 'Ativa' Politicamente. Traduzindo-se por esta razão, na Primeira Academia Mundial da Ordem de Platão.

“O 'Grande Sonho' encontra-se no fomento de uma Cultura Literária mais Ativa e menos Telúrica”.

Razão pela qual o escritor do Terceiro Milênio necessita acreditar, sobretudo, na menor fagulha de seus pensamentos. Pois, representam as centelhas que unidas transformarão a vida sobre a Terra. Nossos Pensadores devem, sem nenhum receio, assumirem o rótulo de 'sonhadores'. Pois, a priori, o sonho é aquilo que de mais concreto a humanidade possui. Toda realidade construída pelos seres, por mais concreta que aparente, encontra nos sonhos, suas origens. Nossa contribuição vai desde oferecer espaço para novos autores à geração de projetos que visem a erradicação da pobreza mundial, desarmamento Nuclear, fim das guerras, melhorias na educação, apoio à diversidade cultural e combate à corrupção. Resumidamente, a ALB – Academia de Letras do Brasil nasce em dezembro de 1994, quando sugerimos ao então Presidente da Academia Brasileira de Letras, Imortal Josué Montello, a abertura da ABL ou criação de uma academia brasileira mais representativa, com extensões em seccionais Estaduais e Municipais. Contudo Montello acenou positivamente à segunda proposição, de criação de uma nova organização literária brasileira, admitindo a impossibilidade e dificuldade a um redimensionar estatutário da tradicional Brasileira. Seis anos depois, estávamos com as bases da ALB prontas à conquista de sua Personalidade Jurídica. Isto, em 01 de janeiro de 2001 - a ‘Nova Academia’ de todo escritor brasileiro, com maiores possibilidades integrativas dos pensadores das diversas Regiões de um país com dimensões continentais como o Brasil. Ultrapassando, contudo, nossas expectativas. A ALB passou a receber escritores brasileiros residentes no Brasil e no exterior.

“Os ideais de fundação remetem a uma instituição literocultural com propósitos de servir ao Brasil a partir da práxis literária”, ao incorporar, institucionalmente, o pensamento da ampla maioria dos escritores brasileiros - servindo como referencial a um país em construção da própria identidade. Isto, não apenas sob as bases fundamentais dos pilares elementares do fazer literário estrito, com máximas na língua portuguesa. Mas, em particular, propondo-se unir escritores em torno de uma organização politicamente ativa, suprapartidária, como aspirava Sócrates e Platão. Por um fazer menos telúrico, aproximando o pensamento producente individual, em torno de um centro canalizador polarizante, onde os pensamentos se fundem, apurando-se e retornando à ampliação da extensão paradigmaximizativamente. As Seccionais Estaduais e Municipais devem desenvolver ações ‘literocontributivas’ à institucionalização, a partir dos Planos de Expansões Municipais, onde se encontrem, ao plantio de mudas de árvores frutíferas em canteiros públicos, praças, logradouros, estradas municipais, para que em futuro próximo, números astronômicos de frutas encontrem-se fora das práticas comerciais como objetos de mercado, livres da troca por moedas, ao alcance de um simples estender de braço daqueles acometidos pela fome. Para o emergente alcance das metas, a ALB criou uma diretoria própria, ALB/Humanitária, dirigida pela Primeira Dama da ALB, Imortal, Dra. Dinalva Carabajal – PhI e Embaixadora para o Brasil, da Divine Académie Française des Arts Lettres et Culture (Fundada e dirigida pela Imortal Diva Pavesi). A ALB, mesmo caminhando para o seu décimo sexto ano de fundação e vigésimo segundo de concepção, ainda estrutura-se, perseguindo o ideal de completar-se enquanto entidade literocultural politicamente ativa. Como o faz o nobre confrade, entrevistador, sociólogo e jornalista Fernandes Lemes, ao dar forma e formato à Revista Criticartes, sinalizando à cultura literária brasileira, em questionamentos personalizados daqueles a quem entrevista, não delimitando espaço, em ‘liminar mensagem’ traduzida em incentivo à produção literária brasileira. Transcendendo ao objeto inicial ‘entrevista’, para dar lugar a possibilidades expansionais ‘literodifusionais’ de novas visões. Estas, por excelência, no que se absorve como objeto final da Revista Criticartes, de expectativas paradigmaximizativas e evolucionais, de promessas plausíveis ‘filosofoimplementacionais’ que sinalizem a um novo tempo à literatura. As experiências concretas em Municípios, Regiões, Estados e Países ganham dinamicidade ao encontrarem ‘Presidentes e Representantes’ preparados para a complexa tarefa de conduzirem uma ‘Entidade de Livres Pensadores’ – os quais têm total liberdade de expressarem suas opiniões e resultados de suas análises, sem que o corpo dirigente da ALB lance, sobre os mesmos, quaisquer represálias ou tente limitá-los ou calá-los. Ao contrário, entre as Missões da ALB encontra-se o total e irrestrito apoio - mesmo aos sonhos e ideais mais impossíveis de cada um dos Membros. Sem quaisquer hipocrisias, a ALB não oferece diretrizes ou exige que os Membros acompanhem ou delimitem suas trajetórias, restringindo-as as visões institucionais, como se em ‘algo’ a eles fosse a organização superior. Compete àqueles que representam a ALB, em quaisquer instâncias, colocarem-se nas trajetórias dos escritores Membros como se grandes espelhos fossem refletindo, ao máximo, as manifestas e irradiantes luzes daqueles que integram o ‘Sonho ALB’. A nenhum Presidente, Diretor, Conselheiro, Representante ou Membro, em quaisquer extensões da ALB, se lhe é permitido utilizar o nome da entidade para angariar recursos pessoais. Salvo ‘Patrocínio’ – definido e identificado como tal, de doações espontâneas, sem ‘moedas de trocas’ em forma de títulos ou medalhas, os quais apontem metas claras literoculturais do Membro ou da Organização, sem especulações e vantagens individuais, com prestações de contas públicas e abertas.

“A ALB, como as demais organizações culturais que preservam a Liberdade de Expressão, sofrem distorções internas, com o não entendimento dessa máxima”.

As academias surgem exatamente para oferecerem um meio de paz e tranquilidade, capaz de abrigar Livres Pensadores. A ALB, com foco na Ordem de Platão e de Sócrates por herança - os quais se dedicavam à difusão de uma cultura politicamente ativa, sob máximas da liberdade resultante da aquisição de novas culturas, refuta ao telurismo pragmático corporativista, o qual discrimina, ilude e mantém o poder e status de grupos de intelectuais, pela antevisão ‘precursória’ de serem todos os demais grupos e seres inferiores. Quando em uma só voz os seres unirem-se ao que de fato interessa, respeitando-se mutuamente, sob equivalências isonômicas de contribuições laborais, em prol da saúde e prosperidade indiscriminadamente, encontrar-se-á, a civilização em seu estágio inicial de fraternidade à sincronicidade de exigência a um viver em comunhão, sob a premissa efetiva e assertiva de serem todos os seres iguais. Os pensamentos, sonhos, filosofias e ideais são o que demais concreto os seres possuem. Todas as conquistas e edificações humanas iniciam nos sonhos e pensamentos. São os escritores, aqueles que mais se exercitam na arte de sonhar e pensar criativamente. Logo, a ALB sonha com a produção de livros, poesias e filmes, com efetivo caráter contributivo à condução da humanidade. A partir de visões claras que possam modificar, para melhor, os sistemas e o próprio Mundo.

“O grande sonho da ALB, quando de sua criação, fora reunir os escritores brasileiros em torno de uma entidade que os convida e os incentiva a exporem-se um pouco mais, dedicando parte de suas escritas e competências literárias a possibilidades resolutivas dos grandes problemas Nacionais e Mundiais.”

Imprimindo à escrita, um traço útil, de maior frequência com nosso tempo, realidade e mais comprometida com o futuro da Humanidade. Uma escrita Criticoevolucionista ou Criticomaturacional, denotando compromisso e responsabilidade humana, política e social, em comunhão com os sofrimentos e necessidades humanocivilizatórias. Utilizando-se de pequenas contribuições em análises e geração de alternativas sugestivas e criativas à resolução e equação de problematizações conjuntas sociais. Isto, sem perda da escrita que forma, informa, alegra, inspira e sistematiza. Alimenta a criatividade, acalma, distrai e orienta, também indispensáveis ao equilíbrio e sustentação psicoemocional pessoal e social.




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