José Nivaldo Junior.



Aspecto que nunca foi levado em conta por ninguém:  pelo projeto original, a  Transnordestina não entra no porto de Suape. Então, toda essa conversa de trecho Salgueiro/Suape não passa de papo furado, conversa para boi dormir. Repito: é inacreditável, mas a Transnordestina, Salgueiro/ Suape, trecho que falta fazer, não existe no projeto. A Transnordestina chega até os limites de Suape, porém não entra na área do porto. Na chamada área interna, que vai dos limites do Cabo de Santo Agostinho até o  cais do porto,  mais ou menos 6 km, o controle ferroviário é da administração de Suape.  Existia uma antiga ferrovia no percurso. Mas está desatualizada, com bitola ultrapassada, sem condições para suportar trens modernos. Ou seja, não existe. 

Tem projeto

A gestão anterior, de Paulo  Câmara, com o engenheiro Roberto Gusmão à frente do porto,  deixou pronto o projeto executivo para recuperar todo o trecho interno da ferrovia e deixar no grau a integração com a Transnordestina. Com bitola mista moderna, orçamento e tudo o mais necessário para o início dos trabalhos. Só que não andou. A gestão Raquel Lyra não fez qualquer esforço para que isso acontecesse. O atual gestor do porto, Armando Monteiro Bisneto, não deu um pio sobre o assunto. Todo mundo discute a Transnordestina, é ótimo que se fale, mas todo discurso é inútil se não tiver participação e vontade política do Governo do Estado/Suape.

Navio e trem

O presidente da Republica, anunciou, meses atrás, que Suape vai ter uma profundidade de porto grande e competitivo, 20 metros. Tem toda infraestrutura montada para ser um grande equipamento, padrão internacional top. Sem ligação ferroviária, não funciona. Ou seja, zero à esquerda.  Desse modo, o maior interesse na Transnordestina deveria ser de Suape. 

Recursos

Um projeto do PAC ou emenda de bancada ou financiamento bancário do Bndes direto com o porto, resolve a questão dos recursos e Suape tem um excelente negócio. Suape, é dona da ferrovia na área do porto. Ou ela constrói ou concede a alguém para fazer. Mas, concedendo, o concessionário fica com um monopólio absurdo, igual ao que a empresa TLSA tem no Porto de Itaqui no Maranhão. Lá, o frete na área interna é maior do que a Vale do Rio Doce paga para transportar desde Belém até a entrada do porto.

A melhor solução é Suape fazer o trecho ou ser sócio de alguém, para não haver problemas de competitividade no futuro. Mas, repetindo, Suape não se mexe nessa direção. Pelo menos até agora. 

No rumo errado

A ferrovia, tendo a reconstrução tomada a partir de Salgueiro, como anunciou por esses dias, com pompa e circunstância,  o ministro Silvio Costa Filho, estará no rumo errado. Alguém, também por esses dias, falou corretamente, sem maiores repercussões: a ferrovia tem que partir de Suape rumo a Salgueiro. Não é preciso nenhum estudo técnico, basta usar o bom senso. Partindo de Suape a construção logo chegaria ao Cabo. Já poderia dar vida ao trecho. Depois Moreno, Vitória,  Gravatá, Bezerros e, oh, glória, Caruaru, pátria amada da governadora. Cada trecho concluído mais movimento nos trens, mais cargas barateadas, indo e vindo para o porto. Em Caruaru, todo o Agreste, inclusive o polo de confecções estaria atendido. Isso se chama vida. Obra estruturadora. Desenvolvimento. De Caruaru para cima, Cachoeirinha, Custódia,  Arcoverde, Serra Talhada, Salgueiro. Imagine também as repercussões positivas nas cidades próximas.  Completa a ligação com o projeto original. Bingo. 

O difícil é fazer o óbvio

O projeto original foi feito de acordo com uma “lógica” - beneficiar exclusivamente o Porto de Pecém. Simples assim. Tanto que nos últimos dias do governo  Bolsonaro, já com o presidente refugiado nos Estados Unidos, uma canetada extinguiu o trecho Salgueiro/Cabo de Santo Agostinho. Retomado, nas promessas pelo menos, justiça se faça, porque o presidente Lula bateu o pé. Mas até agora, é só promessa. Quase três anos e nem uma bitola foi fincada. E ainda continuam com a construcão planejada no sentido errado. É dose. 

Apelo ao bom senso

Se a ferrovia for retomada em Salgueiro e avançar outros 150 km, ligará o nada a coisa nenhuma. Se avançar 150 km partindo de Suape, ligará o porto ao Agreste. Vai dar grande impulso à economia,  baratear e  abreviar o frete dos produtos, indo e vindo,  além de descongestionar, quando nada, a BR 232. 

Concluindo

Precisa ser gênio para ver isso? Basta usar o popular bom sendo.

Por: José Nivaldo Junior - Publicitário, Consultor e Seguidor de Voltaire. Diretor de O Poder. Da Academia Pernambucana de Letras. 


Em 8 de agosto de 2025, a literatura brasileira e a memória cultural amazônica perderam um de seus maiores defensores. José Ribamar Gomes de Oliveira Presidente Fundador e Embaixador da Academia de Letras do Brasil (ALB) no Pará, membro do Conselho Superior da ALB Internacional e Doutor Honoris Causa em Filosofia Univérsica partiu deixando um legado intelectual, humanitário e histórico que transcende fronteiras.

Natural de Bragança, no Pará, Ribamar foi reconhecido em 2023, por indicação especial da jornalista, escritora e administradora de empresas Maluma Marques, diretora de edição do Terra da Gente, para receber o Prêmio Gold de Literatura, a mais alta distinção literária de Pernambuco. A homenagem coroava uma trajetória de décadas dedicadas às letras e à cultura, marcada por inovação e compromisso social.

Com o auxílio de escritores idealistas, fundou cerca de 15 seccionais da ALB no Estado do Pará e protagonizou a criação do primeiro Instituto Histórico e Geográfico do Pará sob gestão da ALB. Sua atuação não se limitou à organização institucional: foi também o coração e a alma de iniciativas transformadoras, como a Escola de Poetas, que incentivou jovens bragantinos a escrever e publicar suas obras, democratizando o acesso à literatura e revelando novos talentos. As Obras do escritor e pesquisador Ribamar Oliveira, consistem na maior fonte de pesquisas sobre o seu município, Bragança.

“Estávamos em franco contato com o Embaixador/ALB, Dr. Ribamar Oliveira, o qual, com grande entusiasmo e  humanismo, programava ampliar ainda mais as ações da ALB no Estado do Pará, implementando também ações da ALB Humanitária. Em diálogos, falava-nos de sua dedicação também à poesia bragantina, reunindo em antologia, poetas e poetizas, célebres e iniciantes. Dedicado também a igreja. Um fervoroso servo de Deus. Um homem daqueles que nos apaixonamos, por seus sonhos e sublimes ideais.” (Bel. Dinalva Carabajal – Diretora Global da ALB Humanitária).

Professor, historiador e guardião da memória bragantina, Ribamar idealizou projetos audiovisuais, como a série documental sobre a cultura de Bragança, da qual apenas o episódio piloto pôde ser produzido devido à falta de recursos. Mesmo assim, essa obra permanece como testemunho vivo de sua dedicação à preservação das raízes amazônicas. Foi também homenageado no documentário “A Alma das Ruas”, dirigido por Francisco Weyl, com apoio do FICCA e da ALB.

Sua presença marcaria ainda a abertura do X Festival Internacional de Cinema do Caeté (FICCA), cujo tema deste ano é “Bragança: Imagens da Memória — Cinemas, Ruas e Lendas na História Viva da Cidade”. Embora ausente fisicamente, sua voz e sua visão seguem ecoando nas ruas, nos livros, nos espaços culturais e no imaginário coletivo.

Ribamar Oliveira não foi apenas um homem de letras: foi arquiteto de esperança, construtor de pontes entre o passado e o futuro, defensor intransigente da cultura e da identidade amazônica. O luto de três dias decretado pela ALB “Da Ordem de Platão” é reflexo da dimensão dessa perda para o Brasil e para o mundo literário.

No coração de Bragança, seu nome permanecerá como rua, verso, escola, altar e biblioteca. Imortais não morrem: tornam-se parte ‘viva’ da alma de seu povo -  Bragança! 

Salvas à Bragança – Terra Natal do escritor, poeta, humanista e historiador, José Ribamar Gomes de Oliveira!

Por: Mário Carabajal - Especialista em Pesquisa Científica, Mestre em Relações Internacionais, Doutor em Ciências Educacionais, Pós-Doutor em Filosofia. Vinte e quatro livros publicados. Presidente fundador da ALB – Academia de Letras do Brasil.


A Academia Maranhense de Ciências, Letras e Artes Militares (AMCLAM), mais uma vez, apresenta à sociedade brasileira um evento de grande relevância: o lançamento da Revista do Concurso Nacional Pedro Ivo de Poesia. A competição, que já figura entre os grandes eventos culturais do país, tem atraído escritores de diversas regiões do Brasil.

Segundo o Cel. Carlos Furtado, Presidente da AMCLAM, o concurso já conta com cinco edições anuais, sempre com um expressivo número de inscritos. As obras submetidas passam por um rigoroso processo seletivo, conforme as normas do edital, que incluem o cumprimento das regras gramaticais, das normas da ABNT e da temática específica definida a cada edição. Após essa primeira triagem, os poemas aprovados são avaliados por uma comissão julgadora composta por cinco membros com notório saber na área literária, ligados às universidades maranhenses.

A cerimônia de premiação ocorre anualmente, no dia 9 de abril, data de nascimento do poeta Pedro Ivo. O evento tem como palco o Salão de Eventos da Associação Maranhense dos Escritores Independentes (AMEI), que tem se mostrado pequeno diante do crescente número de participantes, familiares e amantes da arte poética. A solenidade conta com declamações, entrega de certificações e anúncio dos vencedores, que recebem prêmios em dinheiro: R$ 3.000,00 para o primeiro lugar, R$ 1.500,00 para o segundo e R$ 500,00 para o terceiro.

Inovando mais uma vez, a AMCLAM lança este ano a Revista do Concurso Pedro Ivo de Poesia, contendo os poemas de todos os participantes finalistas. O lançamento será acompanhado por um sarau poético com declamações, além de homenagens e reconhecimentos especiais promovidos pela Academia.

Este evento integra um calendário cultural dinâmico mantido pela AMCLAM ao longo do ano, que inclui palestras, cerimônias festivas, lançamentos de obras de seus acadêmicos, condecorações e outros importantes projetos culturais, consolidando-se como um dos sodalícios mais ativos do Maranhão e do Brasil.

Prestes a participar do Festival Internacional de Poesia Vallenata, na Colômbia, representando o Brasil, o Cel. Carlos Furtado destaca que os resultados alcançados são fruto de um trabalho coletivo, realizado com zelo, dedicação e amor à cultura.

Por: Carlos Furtado - Escritor. Presidente da Academia Maranhense de Ciências, Letras e Artes Militares (AMCLAM). Presidente da Academia de Letras dos Militares Estaduais do Brasil e do Distrito Federal (ALMEBRAS). Vice-presidente da Federação das Academias de Letras do Maranhão (FALMA).

Um dos nomes mais respeitados da saúde mental no Estado, o médico alia mais de 40 anos de experiência clínica a uma atuação humanizada, sempre atualizado com os avanços da medicina.



Com um olhar atento às necessidades de seus pacientes e uma carreira construída com ética e compromisso, o Dr. Fernando Antônio S. Filizola é hoje referência quando se fala em Psiquiatria em Pernambuco. Reconhecido como um profissional atencioso, cuidadoso e atualizado, ele vem transformando vidas ao longo de mais de quatro décadas de atuação na medicina.

Formado em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas de Pernambuco, em 1980, o Dr. Filizola descobriu cedo sua vocação para a Psiquiatria. Ao longo da trajetória, buscou ampliar sua formação com pós-graduações em Administração Hospitalar e Medicina do Trabalho, que lhe proporcionaram uma visão global sobre o cuidado em saúde.

Com participação ativa em congressos e encontros científicos, o Dr. Filizola tem se destacado pela busca contínua de atualização, especialmente em áreas como neuropsiquiatria geriátrica e Alzheimer. Sua dedicação em acompanhar os avanços da ciência garante que seus pacientes recebam tratamentos modernos e eficazes, sempre associados a uma escuta cuidadosa e personalizada.

Além da sólida experiência clínica, o que mais chama atenção é a forma como o Dr. Filizola conduz o atendimento. Para ele, o cuidado vai muito além da prescrição de medicamentos: é preciso ouvir, compreender e oferecer suporte integral.

Seu trabalho é reconhecido principalmente no tratamento da depressão, transtorno cada vez mais comum na sociedade atual e que exige atenção qualificada. Segundo pacientes, o psiquiatra transmite confiança e serenidade, ajudando a quebrar tabus e a reduzir o preconceito em torno da saúde mental.

Atuando em parceria com outros profissionais da saúde, como nutricionistas e psicólogos, ele adota uma visão interdisciplinar que favorece melhores resultados clínicos e promove uma recuperação mais completa dos pacientes.

Além de seu trabalho em consultório, o Dr. Fernando Filizola também atuou como médico do Estado de Pernambuco, contribuindo com sua expertise para o fortalecimento da saúde pública. Esse compromisso reforça sua postura de médico dedicado não apenas ao indivíduo, mas também à comunidade.

Ao longo de sua carreira, o Dr. Fernando Filizola tem sido descrito por quem já passou por seu consultório como um médico amigo, próximo e altamente profissional. Sua prática une a ciência médica à sensibilidade humana, qualidades indispensáveis quando se trata da saúde mental.

Mais do que um especialista em Psiquiatria, ele é um defensor da qualidade de vida, do combate ao preconceito e da importância de buscar ajuda profissional diante de qualquer sofrimento emocional.


ENTREVISTA


BLOG MALUMA MARQUES – Como surgiu sua decisão de se tornar psiquiatra e o que o motiva a trabalhar nessa área?

DR. FERNANDO FILIZOLA – Desde muito cedo eu dizia que queria ser médico, embora não saiba explicar exatamente de onde veio essa vontade. Fiz duas graduações: Biomedicina e Medicina. Trabalhando como biomédico em um laboratório que atendia hospitais psiquiátricos, passei a me interessar pela Psiquiatria, especialmente pela possibilidade de ajudar pacientes a enfrentarem preconceitos e transformarem suas vidas.

Ainda no terceiro ano de Medicina, tive contato direto com hospitais psiquiátricos e percebi como o tratamento podia realmente mudar a vida dos pacientes. Muitas vezes, a sociedade interpreta os transtornos como algo “inventado” pela pessoa, mas a realidade é que, na maioria dos casos, existem alterações orgânicas, como desequilíbrios de neurotransmissores, que precisam de tratamento adequado. Além disso, a parte emocional é essencial: o desejo de melhorar e reconhecer o quanto o transtorno atrapalha a vida é um passo fundamental no processo de recuperação.

BMM - Em quais áreas da Psiquiatria o senhor se especializou e com quais transtornos possui mais experiência?

DR. FERNANDO FILIZOLA – Um dos principais focos é diferenciar tristeza de depressão. A tristeza faz parte da vida, especialmente em situações de perda e luto, mas quando ela passa a comprometer a rotina, gera choros frequentes e impede a pessoa de cumprir suas obrigações, é sinal de que pode ter evoluído para um quadro depressivo e precisa de avaliação médica.

Da mesma forma, todos nós sentimos ansiedade, mas quando ela se torna intensa a ponto de prejudicar a vida da pessoa, estamos diante de uma ansiedade patológica, que exige tratamento. Saber distinguir entre essas condições é essencial para que o paciente receba o cuidado adequado.

BMM - Por que os medicamentos psiquiátricos são controlados?

DR. FERNANDO FILIZOLA – Quase todos os medicamentos psiquiátricos são de uso controlado porque exigem prescrição médica criteriosa. O uso incorreto pode levar à dependência química e psicológica, especialmente no caso dos ansiolíticos, como Rivotril, Alprazolam e Lexotan. Já os antidepressivos, em sua maioria, não causam dependência, mas também precisam ser utilizados com acompanhamento profissional.

É importante lembrar que o tratamento ideal geralmente combina medicação com psicoterapia. Enquanto os medicamentos atuam na parte orgânica – como os neurotransmissores – a psicoterapia ajuda a lidar com os conflitos emocionais e a desenvolver respostas mais saudáveis para cada situação. Juntos, formam um tratamento complementar muito eficaz.

BMM - Quais tipos de transtornos chegam com mais frequência ao seu consultório?

DR. FERNANDO FILIZOLA – Hoje, muitos adolescentes são altamente vulneráveis a transtornos emocionais. Fatores como dificuldades no relacionamento familiar, excesso de exposição às redes sociais e influências negativas do convívio social contribuem bastante para isso.

Infelizmente, os índices de suicídio em adolescentes vêm crescendo e superam os de adultos, o que reforça a importância de identificar e tratar precocemente os distúrbios, muitas vezes com acompanhamento psicológico aliado ao tratamento médico. Além disso, o estresse da vida moderna é outro fator que favorece o surgimento de transtornos psiquiátricos em pessoas de todas as idades.

BMM -Qual é a diferença entre depressão e transtorno bipolar?

DR. FERNANDO FILIZOLA – O transtorno bipolar é marcado pela alternância entre fases depressivas e fases de euforia. Na euforia, o paciente sente uma elevação exagerada do humor, acredita que pode fazer tudo e perde a noção dos limites. Já nas fases depressivas, os sintomas costumam ser mais graves do que os de uma depressão comum.

Além disso, é importante destacar outros transtornos, como o déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) e o transtorno do espectro autista (TEA). Hoje, esses diagnósticos são feitos com mais cuidado, pois antes muitos casos passavam despercebidos. Porém, também é preciso cautela: nem toda criança agitada ou desatenta tem TDAH, por exemplo.

BMM -Muitas vezes, qualquer dificuldade de concentração já é rotulada como déficit de atenção. Como diferenciar os casos reais?

DR. FERNANDO FILIZOLA – O principal critério é avaliar se os sintomas atrapalham de forma significativa o dia a dia da pessoa. Se sim, há indícios de TDAH ou outro transtorno. Caso contrário, pode ser apenas uma característica individual.

Na primeira consulta psiquiátrica, buscamos oferecer clareza e tranquilidade ao paciente, explicando a situação e traçando uma conduta. Muitas vezes, apenas a conversa inicial já traz alívio, antes mesmo da introdução de medicamentos. Quando necessário, encaminhamos para acompanhamento psicológico, sempre priorizando que o tratamento seja conduzido por profissionais que não tenham vínculo direto com a vida pessoal do paciente, para evitar conflitos.

Manter a saúde mental depende de equilíbrio diante dos estímulos do dia a dia, sejam eles positivos ou negativos. O papel do psiquiatra é orientar o paciente nesse caminho e garantir adesão ao tratamento, pois sem ela é impossível alcançar bons resultados.

BMM - Que mensagem o senhor deixa para quem está passando por um momento difícil, mas ainda tem medo ou vergonha de buscar ajuda?

DR. FERNANDO FILIZOLA – A principal mensagem é: não tenha vergonha e não adie o tratamento. Quanto mais cedo a pessoa procura ajuda, maiores são as chances de recuperação. Assim como procuramos um médico diante de uma dor ou febre, devemos procurar o psiquiatra quando enfrentamos sofrimento emocional.

Muitos pacientes não precisam de medicação imediata e conseguem se recuperar muito bem apenas com psicoterapia. Outros, porém, necessitam do apoio medicamentoso desde o início para sair de crises mais graves. Em todos os casos, quanto antes o tratamento é iniciado, melhor o prognóstico.

Devemos combater o preconceito contra a saúde mental. Procurar ajuda é um ato de coragem e cuidado com a própria qualidade de vida, especialmente em um mundo tão estressante e repleto de desafios. O mais importante é buscar um profissional capacitado, de confiança, e dar o primeiro passo em direção ao equilíbrio e bem-estar.



Drª Ingrid Zanella - Presidente da OAB-PE.


BLOG MALUMA MARQUES – Dra. Ingrid Zanella , qual a importância da inauguração da Sala dos Advogados em Surubim para a valorização da advocacia na região?

DRª INGRID ZANELLA – Hoje inauguramos a Sala da Advocacia no Juizado Especial de Surubim, uma conquista muito significativa para a classe. O espaço foi estruturado com computadores, internet, mesas de trabalho e toda a infraestrutura necessária para que advogados e advogadas tenham condições dignas de exercer sua profissão. Seja para atender um cliente, imprimir uma peça ou realizar um protocolo, essa sala representa dignidade e valorização para a advocacia local.

BMM – Quais são, na sua avaliação, os principais desafios enfrentados atualmente pela advocacia pernambucana?

DRª INGRID ZANELLA – Nossos maiores desafios estão ligados à celeridade processual, à defesa das prerrogativas e ao recebimento justo de honorários. Criamos a Central de Celeridade Processual e ainda este ano vamos lançar um aplicativo para agilizar o acompanhamento e o andamento dos processos. Também estruturamos a Procuradoria de Honorários, que atua judicialmente para garantir o arbitramento correto e a efetiva remuneração dos profissionais. Além disso, seguimos firmes na defesa das prerrogativas. Tudo isso precisa caminhar junto com a incorporação da tecnologia e da inteligência artificial, que são hoje ferramentas essenciais para o exercício da advocacia.

BMM –  Quais têm sido as maiores conquistas da sua gestão até agora?

DRª INGRID ZANELLA – As conquistas são diversas. No campo das entregas físicas, somente em agosto lançamos nove salas e espaços de coworking em diferentes regiões. Também estabelecemos parcerias institucionais com os poderes Legislativo e Executivo, com projetos de lei que garantem, por exemplo, prioridade no atendimento ao advogado e o recebimento de honorários contratuais em processos administrativos. Tivemos ainda a maior campanha de vacinação já realizada pela OAB-PE, além de avanços significativos na redução da anuidade e na implementação de soluções de inteligência artificial para modernizar o exercício profissional.

BMM –  De que forma a OAB-PE tem atuado na defesa das prerrogativas dos advogados?

DRª INGRID ZANELLA – A defesa das prerrogativas é uma das nossas prioridades. Criamos uma Diretoria exclusiva de Prerrogativas, além da Central de Defesa das Prerrogativas, que atua em sintonia com as 29 subseccionais. Cada subseccional conta com delegado e canal de atendimento direto. Realizamos desagravos públicos e, em âmbito nacional, temos o Cadastro de Violadores de Prerrogativas, que impede que quem cometeu violações venha a exercer a advocacia após a aposentadoria. Atuamos em processos civis, penais e disciplinares, sempre que necessário, para garantir o pleno respeito aos direitos da advocacia.

BMM – E quanto à jovem advocacia, quais medidas têm sido implementadas para apoiar esse público?

DRª INGRID ZANELLA – Logo no início da gestão, conseguimos o maior benefício da história para a jovem advocacia pernambucana: a redução da anuidade para apenas R$ 200 durante os cinco primeiros anos de inscrição. É a menor anuidade já praticada em Pernambuco e também a menor do país. Essa conquista demonstra nosso compromisso em apoiar quem está começando na profissão.

BMM –  Como tem sido a atuação da OAB-PE para aproximar ainda mais a instituição do interior do estado?

DRª INGRID ZANELLA – Temos trabalhado com a visão de que o que chega ao Recife precisa chegar também ao Sertão. Estamos promovendo inaugurações de salas e coworkings em todo o estado – só em agosto foram nove, em cidades como São José do Egito, Garanhuns, Verdejantes, Surubim, Ouricuri e Araripina. Também levamos a Escola Superior de Advocacia (ESA) para ministrar cursos de capacitação, inclusive sobre inteligência artificial. Além disso, realizamos campanhas de vacinação em todo o estado e fortalecemos ações como a Feira de Empregabilidade e o Banco de Talentos, que ampliam oportunidades no mercado de trabalho.

BMM – Em relação à advocacia feminina, quais avanços a senhora destacaria na sua gestão?

DRª INGRID ZANELLA – Temos buscado ampliar a participação das mulheres em todos os espaços de representatividade, seja em tribunais ou cargos dentro da OAB. Criamos o Selo Escritório Amigo da Mulher, que reconhece bancas que garantem igualdade e representatividade feminina. Também firmamos convênio com a Secretaria da Mulher de Pernambuco para que a Comissão da Mulher Advogada preste assistência gratuita a vítimas de violência doméstica. Além disso, lançamos cartilhas de conscientização e criamos uma rede de apoio às mulheres vítimas de violência. A OAB-PE entende que a causa feminina deve ser uma prioridade permanente.

BMM –  A OAB-PE também tem se envolvido em pautas sociais mais amplas, como direitos humanos e acesso à justiça. Como tem sido esse trabalho?

DRª INGRID ZANELLA – Estamos instituindo a Procuradoria de Direitos Humanos, que será um marco nessa gestão. Queremos estar cada vez mais próximos da sociedade e das comunidades que necessitam de apoio. Já visitamos a ocupação Leonardo Cisneiros, temos projetos voltados para comunidades indígenas e buscamos ampliar nossa atuação em defesa dos direitos sociais. A OAB-PE tem um papel que vai além da advocacia: temos também uma missão social.

BMM – Como a tecnologia e a inovação estão sendo incorporadas para modernizar os serviços prestados pela OAB-PE?

DRª INGRID ZANELLA – A inovação é um eixo central da nossa gestão. Estamos oferecendo cursos pela ESA que ensinam o uso de inteligência artificial aplicada à advocacia, incluindo ferramentas como o ChatGPT. Queremos que todos os profissionais de advocacia tenham acesso a essas tecnologias para melhorar sua prática diária. Também estamos lançando aplicativos voltados à celeridade processual, jurimetria e acompanhamento de processos. O objetivo é garantir que a advocacia pernambucana esteja preparada para o presente e para o futuro.

BMM – Para encerrar, qual mensagem a senhora deixaria aos advogados pernambucanos sobre o futuro da profissão e o papel da OAB?

DRª INGRID ZANELLA – Quero reafirmar que nada substitui a advocacia. Nossa profissão está prevista na Constituição e é essencial à manutenção do Estado Democrático de Direito. Por isso, nosso compromisso é valorizar cada advogado e advogada, garantir dignidade, respeito e a defesa das prerrogativas. A marca que queremos deixar é de trabalho e de entregas concretas. Estamos apenas começando, e juntos construiremos uma advocacia cada vez mais forte em Pernambuco. Muito obrigada.




No dia 15 de agosto, a Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Pernambuco (OAB-PE), por meio da Presidente Ingrid Zanella, e da Subseção de Surubim, presidida por Alex Sandro, realizou a inauguração da Sala Dr. Alex Fernando da Silva (In Memoriam), no Juizado Especial Cível e Criminal da Comarca de Surubim.

O ato solene foi marcado por grande emoção e contou com a presença de familiares, amigos, representantes da advocacia e do judiciário, reunindo-se em torno de uma justa homenagem a um profissional que deixou sua marca na história da classe.

A nova sala, totalmente equipada, simboliza não apenas a valorização da advocacia local, mas também o reconhecimento ao legado de Alex Fernando da Silva, advogado que dedicou sua trajetória à defesa da profissão e ao fortalecimento da instituição na região.

Entre os presentes estiveram o Secretário Adjunto da Caixa de Assistência dos Advogados de Pernambuco (CAAPE), Dhiego de Lavôr; o Juiz Titular da 2ª Vara de Surubim, Joaquim Francisco Barbosa; o Diretor Tesoureiro da OAB Surubim, Andrey Stephano; o representante da CAAPE, Alberes Brito; a primeira presidente da OAB Surubim, Nelma Cavalcanti Guerra; além de diversos advogados e advogadas que atuam no município e municípios vizinhos.

Durante as falas, foi ressaltada a importância da preservação da memória de personalidades que contribuíram para a construção da advocacia local. A homenagem a Alex Fernando reforça o compromisso da OAB-PE em manter vivo o legado daqueles que se dedicaram ao engrandecimento da profissão e à defesa das prerrogativas dos advogados.

“Este momento representa mais do que a inauguração de um espaço físico. É um gesto de respeito e gratidão a um colega que tanto se empenhou em fortalecer nossa classe e servir à sociedade com dedicação e ética”, destacou a Presidente da OAB-PE, Ingrid Zanella.

A entrega da sala Dr. Alex Fernando da Silva (In Memoriam) reafirma o papel da Ordem em valorizar a advocacia, preservar a história e manter vivo o exemplo de profissionais que contribuíram de forma significativa para a instituição e para a sociedade pernambucana.

Por: Maluma Marques.






































No currículo que. geralmente me apresenta,  incluo bacharel em Direito, mestre em História.  professor, publicitário, consultor em marketing político. Jornalista, claro, que sou desde os 16 anos. Nessa área,  atualmente, diretor do Jornal O Poder. Pois bem: nunca me apresentei  como advogado. Até agora.  É  que nesta data  recente de  11 de agosto, dia dos Cursos Jurídicos e do Advogado, recebi a medalha Joaquim Amazonas, a mais alta comenda da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PE). A medalha, acompanhada de diploma,  é outorgada por dois critérios objetivos: 50 anos de prática contínua da advocacia e nenhum deslize ético praticado durante o período. Também receberam a medalha, em cerimônia na sede da OAB, comandada pela presidente Ingrid Zanella, outros 39 advogadas e advogados que atendem aos dois requisitos. Ou seja: 50 anos inscritos na Ordem e conduta pública e profissional exemplar durante esse período.

Retrato de uma época

Concluí meu curso na Faculdade de Direito do Recife, colando grau no dia 7 de dezembro de 1974. Uma curiosidade: participante do movimento estudantil contra a ditadura,  encontrava-me preso, no então quartel da Polícia do Exército, em Olinda. Respondia a dois processos políticos na Auditoria Militar. Recebi autorização especial para participar de dois eventos da programação de formatura:  a missa e a colação de grau. Compareci a ambos sob  escolta militar.

Depoimento

Foi uma decisão dos órgãos de segurança e da Auditoria Militar. O que seria mais constrangedor, eu ser chamado e não estar presente, todo mundo sabendo o motivo,  ou estar presente,  sob escolta. A opção do IV Exército e da Auditoria Militar, foi a presença. A escolta postou-se discretamente e havia uma vigilância extra cobrindo todas as saídas, conforme pude identificar in loco e fiquei sabendo detalhes depois. Na verdade, o sistema sabia que eu não oferecia perigo real a nada e muito menos pretendia fugir. Compareci. Tão à vontade que até tirei fotos fazendo brincadeiras com alguns colegas mais chegados. A colação de grau foi na parte externa da Faculdade, na frente da Câmara de Vereadores do Recife. Ironicamente, separado por uma praça e uma rua do DOI/CODI, para onde eram levadas as pessoas sequestradas pela ditadura e onde  passei os piores dias 38 dias da minha vida. Porém, na solenidade,  fui muito aplaudido, em inesquecível manifestação de solidariedade,  pelos colegas e pelo público presente. Uma das grandes emoções  da minha existência. 

O que é advogar

Quando fui comunicado de que receberia a honrosa Medalha Joaquim Amazonas,  até hesitei por uns instantes. Devo receber? Mereço? É que me inscrevi na OAB e nunca atuei em qualquer causa como advogado, logo, nao me apresento como tal. Depois, refleti melhor. Ora,  entrei para a OAB dois meses após ser colocado em liberdade provisória, ainda cheio de restrições, e me mantive nesses 50 anos participando da entidade. Entrei e permaneci  pelo peso institucional e representatividade da Casa. Refletindo sobre esses 50 anos  bem vividos,  conclui que tenho uma mensagem para os jovens advogados ou estudantes de Direito:  advogar não é apenas atuar formalmente em juízos ou tribunais. É muito mais.  É,  sobretudo, uma prática de respeito, dignidade, defesa de boas causas durante uma vida inteira. Ser advogado é manter uma atitude de busca pela justiça diante da vida. E isso tenho procurado fazer ao longo da existência. Logo, concluí e anunciei sem falsa modéstia:  mereço e  vou receber, com essa medalha com muita honra.

Emoção

Agradeço  à OAB, à presidente Ingrid Zanella e aos colegas, agraciados ou não.   Aliás, rever colegas e amigos, nem vou citar os nomes, pois todos merecem reconhecimento,  foi muito gratificante. A vida nos separa, nos une, nos distancia, promove reencontros.  Saúdo a todos os companheiros em nome de Gileno de Paula Barbosa. Gileno é um caso à parte. Tem raízes familiares em Surubim. É da família de Chacrinha, Capiba, Antônio José.  Foi colega desde o Colégio Nóbrega, para onde fui estudar após concluir o então Curso Ginasial no Pio XII de Surubim.  Amigo, compadre, irmão da vida inteira, vejam só. Cheguei à solenidade, auditório já cheio, havia uma rara cadeira vazia junto à de Gileno. A solenidade foi uma confluência de emoções. Agradeço mais uma vez à OAB. Aumenta meu compromisso de continuar, vida afora,  advogando as melhores causas -  a justiça,  a democracia, a liberdade, a igualdade. Princípios que nos conduzam, geração após geração,  a um mundo melhor. 

PS -  José Nivaldo Junior é o único surubinense que acumula os títulos de integrar a  Academia Pernambucana de Letras, a Medalha do Mérito Guararapes (mais alta condecoração do Estado de Pernambuco),  a medalha José Mariano (Mais alta condecoração do Recife) e a medalha Joaquim Amazonas, mais alto reconhecimento da OAB-PE.

Por: José Nivaldo Júnior - Publicitário, Consultor e 

Seguidor de Voltaire. Diretor de O Poder. 

Da Academia Pernambucana de Letras.













Há histórias que não se perdem com o tempo, apenas se transformam em canções. É o caso da emocionante trajetória de Marcos Eugênio Welter, um dos integrantes mais antigos e dedicados do Grupo Amigo de Canto Alemão. Há mais de três décadas, ele foi convidado a integrar o grupo pelo querido e saudoso amigo Dr. Germano Hoffmann, com quem dividia não apenas a paixão pela música alemã, mas também uma profunda amizade e respeito mútuo.

O que poucos sabem é que Marcos carrega em seu sangue uma herança musical de valor inestimável: ele é descendente direto do lendário compositor austríaco Franz Schubert, cuja genialidade eternizou mais de 600 composições que influenciaram gerações inteiras de músicos e amantes da música clássica. Esse vínculo não é apenas genealógico é emocional, espiritual e artístico.

Seu avô, o senhor Alfredo Schubert, era uma figura admirada na cidade de Joinville. Apaixonado por música, organizava jantares mensais em sua casa, reunindo os principais músicos da região. Mas o verdadeiro objetivo daquelas noites não era a comida: era a partilha de melodias. Após o jantar, cada convidado pegava seu instrumento e a casa se transformava num palco improvisado, onde a arte fluía livremente. Foi nesse ambiente mágico, envolvido por acordes e harmonia, que Marcos cresceu aprendendo desde cedo que a música era mais que som: era elo, era memória, era amor.

Nascido em uma família grande e cheia de talentos, Marcos é filho de Affonso Eugênio Welter e de Sonja Edith Schubert Welter. Os dois foram os principais responsáveis por cultivar esse amor pela música em seus filhos. Todas as noites, na casa da família Welter, havia um verdadeiro espetáculo familiar: o pai tocava bandolim com suavidade, a mãe encantava ao piano, e os onze filhos, lado a lado, formando um semicírculo, entoavam canções que ecoavam pela noite. Era um coral espontâneo, um ritual de união e beleza que deixava marcas profundas no coração de cada um.

Hoje, ao cantar no Grupo Amigo de Canto Alemão, Marcos revive essas emoções com intensidade. Muitas das músicas que interpreta com o grupo são as mesmas que ouviu e cantou quando era criança, ao lado de seus pais e irmãos. Cada nota é uma viagem no tempo, uma ponte entre o passado e o presente, entre os que vieram antes e os que continuam a missão de manter viva essa tradição.

Com os olhos marejados, ele afirma: “A música é uma das maiores maravilhas que o Grande Arquiteto do Universo Deus concedeu à humanidade. Ela toca a alma, eleva o espírito e cura o coração.” Para Marcos, cantar é mais do que expressão artística é um ato de gratidão, de continuidade e de fé. É sua forma de retribuir tudo o que recebeu e de manter acesa a chama de um legado que começou há gerações e continua ecoando, nota por nota, em cada apresentação.

Por: Marcos Eugênio Welter - Vice-Presidente Nacional da Academia de Letras do Brasil, 

Membro do Conselho Superior Internacional da 

Academia de Letras do Brasil.




Nova subsede representará 19 municípios e teve inauguração no dia 7 de agosto, em evento que reuniu lideranças e especialistas da saúde de todo o estado.



O Sindicato dos Hospitais, Clínicas, Casas de Saúde e Laboratórios de Pernambuco (Sindhospe) ampliou sua presença no interior com a criação da Delegacia Regional do Agreste Setentrional, tendo Surubim como cidade-sede. Localizada a 119 km do Recife, a cidade é reconhecida como um importante polo econômico e de serviços na região. A inauguração ocorreu durante o 1º Encontro Regional do Agreste Setentrional – Subsede Surubim, realizado no dia 7 de agosto, no Hotel Reserve, reuniu gestores e profissionais de saúde.

A nova unidade funcionará na Rua Cônego Benigno Lira, nº 125, no Centro, e recebeu o nome de Dr. Alcides Ferreira Lima, em homenagem a um dos grandes nomes da medicina pernambucana. O comando ficará a cargo do médico Gildo Ferreira Lima, profissional com ampla experiência no setor hospitalar regional.

Para o Delegado Gildo Ferreira Lima, a criação da subsede representa um marco para os municípios do Agreste Setentrional:

“Surubim vive um período de crescimento e fortalecimento da rede de serviços. Esta delegacia proporcionará maior representatividade ao interior e dará suporte às instituições de saúde que enfrentam desafios específicos”, afirmou o delegado.

O presidente do Sindhospe, George Trigueiro, ressaltou a importância da iniciativa:

“A descentralização é fundamental. Estar presente fisicamente em mais regiões nos permite acompanhar de perto as demandas, atuar junto aos associados e oferecer apoio com rapidez e eficiência”, destacou Trigueiro.

Representatividade ampliada


A Delegacia Regional do Agreste Setentrional atenderá 19 municípios: Bom Jardim, Casinhas, Cumaru, Frei Miguelinho, Feira Nova, João Alfredo, Limoeiro, Machados, Orobó, Passira, Salgadinho, Santa Cruz do Capibaribe, São Vicente Ferrer, Santa Maria do Cambucá, Surubim, Taquaritinga do Norte, Toritama, Vertentes e Vertente do Lério.

A unidade se soma às cinco delegacias regionais já existentes em Pernambuco, Caruaru, Garanhuns, Goiana, Petrolina e Serra Talhada reforçando a capacidade de articulação do Sindhospe, que representa mais de 200 associados e 4 mil unidades de saúde no estado.


Encontro com temas estratégicos para o setor


A escolha de Surubim como sede da nova delegacia reflete sua posição estratégica no Agreste Setentrional. A cidade é referência em serviços de saúde, concentrando hospitais, clínicas e outras instituições que atendem pacientes de municípios vizinhos. Historicamente, Surubim se destacou como centro regional de comércio e serviços e, nas últimas décadas, também consolidou crescimento expressivo na área médica, atraindo investimentos públicos e privados.

Estudos internos do Sindhospe indicam que a Delegacia Regional deverá estimular investimentos em infraestrutura e serviços de saúde, gerar empregos e fortalecer hospitais e clínicas locais, melhorando a qualidade do atendimento à população e movimentando a economia regional.

O 1º Encontro Regional do Agreste Setentrional proporcionou integração entre empresários, gestores e profissionais de saúde, promovendo troca de experiências e atualização sobre questões estratégicas para a sustentabilidade e crescimento do setor. A realização do evento em Surubim reforça o papel da cidade como centro de referência no Agreste Setentrional e contribui para a consolidação de um polo médico cada vez mais estruturado.

O Presidente da Delegacia Regional do Agreste Setentrional reafirma o compromisso do Sindhospe com a interiorização e o suporte às instituições de saúde em Pernambuco, consolidando Surubim como polo de referência regional e promover impactos positivos duradouros na qualidade da assistência prestada à população.

À noite, às 20:00h, no Angel Recepções, aconteceu o jantar institucional e o descerramento da placa em homenagem (In Memoriam) ao Dr. Alcides Ferreira Lima, em um momento emocionante com a presença da família.

GILDO FERREIRA LIMA ASSUME DELEGACIA DO SINDHOSPE EM SURUBIM E PROMETE FORTALECER O POLO MÉDICO NO AGRESTE

Confira a entrevista com Dr. Gildo Ferreira Lima sobre os planos e desafios à frente da Delegacia do Sindhospe.



BLOG MALUMA MARQUES: Dr. Gildo, qual o significado pessoal e profissional de assumir a Delegacia Regional do Sindhospe em Surubim?

Dr. Gildo Ferreira Lima: Boa noite, Maluma, e a todos os leitores do Jornal Terra da Gente. É uma enorme satisfação trazer o trabalho do Sindhospe para Surubim. Tenho a honra de atuar como Vice-Presidente estadual em duas gestão e recebi com alegria a homenagem dos colegas ao darem o nome do meu pai à Delegacia local.

Assumir essa responsabilidade significa integrar os serviços médicos da cidade com os grandes centros e com a capital. O Sindhospe, com alcance nacional, representa desde hospitais renomados como: Sírio-Libanês e Albert Einstein até clínicas de menor porte. Essa estrutura permite que Surubim tenha acesso a intercâmbio, suporte e assessoria jurídica especializada, essencial para questões trabalhistas e tributárias.

Recentemente promovemos uma palestra sobre inteligência artificial, digitalização e proteção de dados, temas cada vez mais relevantes na saúde. Surubim já estava pronta para receber a delegacia, com um polo médico tão expressivo quanto o de cidades como Caruaru, Garanhuns e Petrolina, trabalho conduzido pelo presidente Dr. George Trigueiro, com quem compartilho a visão de interiorização da medicina, legado do meu pai.

BLOG MALUMA MARQUES: A nova delegacia atende 19 municípios do Agreste Setentrional. Quais são os principais desafios da região?

Dr. Gildo Ferreira Lima: A saúde enfrenta desafios diários, principalmente financeiros. A tecnologia exige investimentos altos e há exigências legais complexas, envolvendo vigilância sanitária, Corpo de Bombeiros, conselhos profissionais e sindicatos.

O Sindhospe atua assessorando as clínicas em todas essas áreas. Recentemente, firmamos uma parceria estratégica com o polo de confecções de Santa Cruz do Capibaribe para produção de enxoval hospitalar local, reduzindo dependência de outros estados e gerando empregos. Por exemplo, um hospital de médio porte lava cerca de 1.500 kg de roupas por dia, movimentando serviços terceirizados como lavanderia, manutenção e contabilidade. Nossa atuação fortalece toda a cadeia do polo médico.

BLOG MALUMA MARQUES:Surubim vive um momento de expansão em sua rede de serviços. O que impulsiona esse crescimento?

Dr. Gildo Ferreira Lima: O crescimento está ligado ao desenvolvimento econômico. Surubim apresenta infraestrutura moderna, planejamento urbano e setores econômicos sólidos, como saúde e confecções, que geram oportunidades para toda a população.

BLOG MALUMA MARQUES: O Como a delegacia impacta hospitais, clínicas e laboratórios da região?

Dr. Gildo Ferreira Lima: Queremos trazer a excelência de grandes centros para Surubim. Por exemplo, preparar recepcionistas e profissionais de saúde com o mesmo nível de atendimento que hospitais como o Sírio-Libanês oferecem.

A intenção é expandir treinamentos, palestras e intercâmbios para clínicas, hospitais e gestores públicos, promovendo um sindicalismo ativo e engajado, essencial para fortalecer toda a rede de saúde regional.

BLOG MALUMA MARQUES: Qual o impacto da interiorização do Sindhospe para o sistema de saúde em Pernambuco?

Dr. Gildo Ferreira Lima: Antes, os associados precisavam ir à capital para participar das atividades. Agora, com a delegacia em Surubim, capacitamos profissionais localmente, com apoio de unidades móveis do Senac, promovendo jornadas, congressos e treinamentos.
O sindicato precisa de associados engajados para crescer. A gestão é democrática, e decisões futuras serão feitas na sede estadual, garantindo participação de todos.

BLOG MALUMA MARQUES: A delegacia leva o nome do Dr. Alcides Ferreira Lima. Qual a importância dele para a medicina pernambucana e o que essa homenagem representa?

Dr. Gildo Ferreira Lima: Meu pai, Dr. Alcides, foi pneumologista e Secretário de Saúde de Pernambuco no Governo Nilo Coelho. Junto com Monsenhor Luiz Ferreira Lima, tornou realidade o Hospital São Luiz, promovendo a interiorização da medicina e levando atendimento a municípios desassistidos e deixou um legado de grande reconhecimento. 

Seu trabalho também teve repercussão nacional, com atuação no Ministério da Saúde e contou com o apoio de Dona Darcy Vargas, esposa do Presidente Getúlio Vargas. Foi uma figura fundamental para que o Hospital São Luiz se torna-se realidade, desempenhando um papel decisivo na gestão médica e em todas as etapas do processo de criação da instituição. A homenagem reforça seu legado de gestão, compromisso social e desenvolvimento da saúde no Agreste. Agradeço ao Dr. George Trigueiro e equipe por possibilitar a vinda da delegacia para Surubim.


PRESIDENTE DO SISTEMA FECOMÉRCIO – SESC/SENAC – PE, BERNARDO PEIXOTO, DESTACA PAPEL ESTRATÉGICO DO SENAC NO FORTALECIMENTO DA SAÚDE NO AGRESTE


Em entrevista ao Jornal Terra da Gente, o presidente do Sistema Fecomércio–Sesc/Senac–PE ressalta parcerias com o Sindhospe, investimentos em qualificação e o impacto da nova Delegacia Regional em Surubim.


BLOG MALUMA MARQUES -  Como o Senac enxerga a importância da inauguração da Delegacia Regional do Sindhospe em Surubim para o fortalecimento da saúde no Agreste Setentrional?

BERNARDO PEIXOTO - Muito relevante, na medida que o Sindhospe reúne e representa importantes empresas do segmento de Saúde, o que facilita a identificação e organização das demandas do setor. Para o Senac, essa iniciativa contribui para o desenvolvimento e modernização do segmento, além de potencializar parcerias estratégicas voltadas à formação e qualificação profissional.

BLOG MALUMA MARQUES - O crescimento da rede de serviços de saúde na região abre novas frentes de trabalho. Como o Senac tem se preparado para atender essa demanda por mão de obra qualificada?

BERNARDO PEIXOTO - Desenvolvendo estudos, analisando os cenários e se relacionando com as empresas do setor.

BLOG MALUMA MARQUES -  Existe alguma parceria em andamento ou em fase de articulação entre o Senac e o Sindhospe para capacitação de profissionais da área da saúde?

BERNARDO PEIXOTO - Sim, há 3 anos o Senac e o Sindhospe se uniram e desenvolveram o Qualihealth com o objetivo de qualificar os colaboradores das empresas associadas ao sindicato e novos profissionais no segmento da Saúde. Graças à visão estratégica do presidente George Trigueiro, a parceria se consolidou de forma sólida e promissora.

O programa, nas suas duas edições, já qualificou mais de 2.350 pessoas em todas as regiões de Pernambuco. Os cursos acontecem de forma presencial, através da descentralização da oferta, e construindo novos títulos demandados pelo segmento. O investimento total no desenvolvimento do programa é de mais de R$ 3 milhões, aportados pelo Sindhospe e pelo Senac. Para as empresas participarem, não há custo.

Além de qualificar profissionais de acordo com as necessidades das empresas associadas ao Sindhospe, o Qualihealth criou o Banco de Talentos, uma plataforma onde ficam disponíveis todos os currículos dos alunos formados pelo programa para pesquisa, marcação de entrevista e registro de feedbacks. Tudo de forma fácil, organizada e interativa. Atualmente, o Banco de Talentos conta com mais de 30 empresas associadas e mais de 400 profissionais qualificados. 

BLOG MALUMA MARQUES -   Quais cursos ou formações voltadas para a área da saúde estão disponíveis atualmente no Senac da região? Há previsão de novos cursos com base nessa nova realidade?

BERNARDO PEIXOTO -  Atualmente, o Senac Pernambuco oferece, na região, cursos e formações voltados para diferentes áreas da saúde como Cuidador de Idoso, Primeiros Socorros, Técnicas de Atendimento Humanizado e Qualidade no Atendimento em Serviços de Saúde. Além disso, há Habilitações Técnicas, como Técnico em Enfermagem, que têm formado profissionais aptos a atuar com competência, ética e foco no paciente. 

Com a inauguração da Delegacia Regional do Sindhospe em Surubim e o fortalecimento do polo médico local, já estamos avaliando a ampliação da nossa oferta de cursos para atender às novas demandas, incluindo formações técnicas, especializações e programas de aperfeiçoamento contínuo para profissionais que já atuam no setor. Nosso objetivo é contribuir para suprir carências específicas e apoiar o desenvolvimento de um corpo profissional qualificado, alinhado às necessidades do mercado de saúde da região.

BLOG MALUMA MARQUES -   Na visão do Senac, quais são as principais carências de capacitação profissional na área da saúde nos municípios do Agreste Setentrional?

BERNARDO PEIXOTO - As principais carências estão relacionadas à necessidade de aperfeiçoamento contínuo dos profissionais já atuantes e à formação de novos talentos para o setor. Destacam-se demandas por qualificações, habilitações e especializações que atendam às exigências do mercado, contemplando desde atualizações em procedimentos e tecnologias até o desenvolvimento de competências voltadas ao atendimento humanizado e à gestão em saúde.

BLOG MALUMA MARQUES -   Como a presença do Sindhospe em Surubim pode potencializar oportunidades de qualificação, estágios ou empregabilidade para os alunos formados pelo Senac?

BERNARDO PEIXOTO - Atualmente estamos desenvolvendo a terceira edição do Qualihealth, com previsão de início para 2026. A regional de Surubim será contemplada com cursos no segmento da Saúde, tanto para os colaboradores das empresas associadas ao Sindhospe quanto para profissionais sem experiência que querem ingressar no setor.

BLOG MALUMA MARQUES -  O senhor acredita que a integração entre o setor educacional e as instituições de saúde locais será intensificada com essa nova delegacia? Como isso pode acontecer na prática?

BERNARDO PEIXOTO - Com certeza. A inauguração da Delegacia Regional vai tornar a interlocução mais ágil e o acesso às informações e necessidades do setor muito mais objetiva. Na prática, isso significa que as demandas das instituições de saúde locais poderão ser identificadas com mais rapidez, permitindo ao setor educacional, como o Senac, desenvolver cursos, programas de capacitação e ações de qualificação alinhados às necessidades reais do mercado, fortalecendo a formação de profissionais e ampliando a empregabilidade na região.

BLOG MALUMA MARQUES -   De que forma o Senac pode contribuir para o fortalecimento do polo médico regional a partir da formação técnica, ética e humanizada dos seus alunos?

BERNARDO PEIXOTO  - Por meio de cursos que seguem um modelo pedagógico estruturado em princípios educacionais sólidos, marcas formativas e uma abordagem institucional baseada no conceito de competência. Nossos currículos e itinerários formativos são desenvolvidos para integrar teoria e prática, priorizando metodologias ativas, inovadoras e colaborativas, que colocam o aluno como protagonista do próprio aprendizado. Além de desenvolver competências técnicas essenciais para o setor de saúde, nossa formação também estimula valores éticos e práticas humanizadas, preparando profissionais capazes de atuar com excelência, sensibilidade e responsabilidade no cuidado com o paciente.

BLOG MALUMA MARQUES -  O 1° Encontro Regional promovido pelo Sindhospe em Surubim também é um espaço de aprendizado. O Senac participará do evento ou tem algum envolvimento previsto?

BERNARDO PEIXOTO - Sim, o Senac participa de todos os encontros regionais promovidos pelo Sindhospe, contribuindo com palestras que abordam temas relevantes para os empresários do setor de Saúde. Além disso, apresentamos iniciativas estratégicas como o Qualihealth e o Banco de Talentos, reforçando nosso compromisso com a qualificação profissional e o fortalecimento do segmento na região.

BLOG MALUMA MARQUES -  Como o Senac avalia o papel de Surubim como centro regional de desenvolvimento e como essa nova fase pode transformar o perfil profissional e socioeconômico da região?

BERNARDO PEIXOTO  - O Senac Pernambuco tem como missão educar para o trabalho, de forma inovadora e inclusiva, nos setores de comércio de bens, serviços e turismo. O segmento de saúde é considerado prioritário para a nossa atuação regional e, nesse contexto, a inauguração da Delegacia Regional do Sindhospe em Surubim representa um importante elo entre o Senac e as demandas do setor. Essa nova fase tende a potencializar o desenvolvimento profissional e socioeconômico da região, fortalecendo a formação técnica e especializada, ampliando oportunidades de emprego e contribuindo para a qualificação da mão de obra local, alinhada às necessidades do mercado.

ENTREVISTA COM GEORGE MEIRA TRIGUEIRO PRESIDENTE DO SINDHOSPE – SINDICATO DOS HOSPITAIS DE PERNAMBUCO

Oito anos de liderança e expansão no setor de saúde em Pernambuco.



BLOG MALUMA MARQUES - Dr. George, após oito anos à frente do Sindhospe, como o senhor avalia a evolução da entidade no fortalecimento da saúde privada em Pernambuco?

GEORGE MEIRA TRIGUEIRO – Estamos celebrando os 37 anos de fundação do Sindhospe e concluindo nossa gestão de oito anos agora em outubro. Encontramos uma instituição já consolidada no estado, reconhecida como defensora dos interesses não apenas dos hospitais privados, mas também dos filantrópicos e de todos os estabelecimentos de saúde. No entanto, identificamos a necessidade de expandir essa atuação para todo Pernambuco. Foi assim que criamos as delegacias regionais, nossas subsedes, instaladas nas principais macro-regiões do estado: começamos em Garanhuns (Agreste Meridional), seguimos para Caruaru (Agreste Central), Petrolina e Serra Talhada (Sertão), depois para Goiana (Mata Norte), e agora chegamos ao Agreste Setentrional, em Surubim. Essa nova unidade atenderá 19 cidades, alcançando mais de 625 mil habitantes. Encerramos nosso encontro aqui com várias palestras que agregaram conhecimento e qualidade às instituições de saúde da região.

BLOG MALUMA MARQUES - A criação da Delegacia Regional em Surubim faz parte de um movimento de interiorização. O que motivou essa estratégia de descentralização?

GEORGE MEIRA TRIGUEIRO – O principal objetivo foi disseminar conhecimentos e oferecer suporte às instituições sob o guarda-chuva do sindicato. Hoje, o Sindhospe realiza 14 convenções coletivas com sindicatos laborais, regulamentando as relações entre empregadores e trabalhadores. Além disso, temos iniciativas como o projeto Qualy Health, em parceria com o SENAC, que já capacitou mais de 1.200 pessoas e mantém um banco de talentos com mais de 2 mil profissionais para atender às instituições associadas. Também firmamos parcerias com empresas de tecnologia, energia solar, centrais de compras e fornecimento de medicamentos, oferecendo serviços que fortalecem e dão suporte às unidades de saúde.

BLOG MALUMA MARQUES - Como o senhor enxerga o papel do Sindhospe na articulação de políticas públicas e no apoio técnico e institucional aos associados?

GEORGE MEIRA TRIGUEIRO – Intensificamos esse relacionamento, especialmente durante a pandemia, quando os hospitais privados disponibilizaram mais de 400 leitos ao Sistema Único de Saúde (SUS), em parceria com a Secretaria Estadual de Saúde. Hoje, buscamos ampliar a aproximação por meio de parcerias público-privadas. Fui eleito Conselheiro Titular do Conselho Estadual de Saúde e também integro o Conselho Municipal de Saúde do Recife. Em nossos processos de capacitação no interior, sempre convidamos as instituições públicas a participarem. Aqui em Surubim, por exemplo, contamos com a presença da secretária de saúde da cidade, da secretária de saúde de Casinhas e até do prefeito de Vertente do Lério. Embora o Sindhospe represente o setor privado e filantrópico, mantemos um compromisso social de integrar esforços pelo fortalecimento da saúde como um todo.

BLOG MALUMA MARQUES -Quais são os maiores desafios enfrentados hoje pelas unidades de saúde do interior e como o Sindhospe pretende apoiar a superação desses obstáculos?

GEORGE MEIRA TRIGUEIRO – A maior dificuldade é que os hospitais do interior, em sua maioria de pequeno porte, atendem principalmente pelo SUS, cuja tabela está bastante defasada. Há expectativa de melhorias com o projeto recentemente lançado pelo Ministério da Saúde, que prevê ajustes mais justos para os prestadores de serviços. Já estivemos presentes em momentos decisivos, como durante a pandemia e em campanhas de vacinação, e continuamos participando das discussões de parcerias público-privadas. Nossa visão é que o sistema de saúde deve ser tratado de forma integrada, unindo esforços do setor público e privado para melhorar a assistência à população.

BLOG MALUMA MARQUES - A realização do 1º Encontro Regional em Surubim marca um novo ciclo. Quais os resultados concretos que o senhor espera desse evento?

GEORGE MEIRA TRIGUEIRO – Nosso objetivo é que os gestores compreendam o papel do sindicato como aliado no fortalecimento das instituições de saúde. O encontro oferece oportunidades de capacitação, atualização e troca de experiências, com foco em aumentar a qualidade da assistência, reduzir desperdícios, melhorar a produtividade e encontrar soluções para os desafios da saúde no interior de Pernambuco.

BLOG MALUMA MARQUES -Dr. George, de que forma o senhor e sua diretoria contribuíram para o fortalecimento e crescimento do Sindhospe?

GEORGE MEIRA TRIGUEIRO – Esse resultado é fruto de um trabalho coletivo. Nossa diretoria é formada por mais de 20 pessoas, incluindo os delegados regionais que têm desempenhado um papel fundamental. O grande marco da nossa gestão foi a descentralização e interiorização das atividades, além da constante preocupação com a qualificação dos profissionais e com a orientação dos gestores para o cumprimento das legislações. Isso evita problemas legais e, sobretudo, garante a segurança do paciente, que sempre foi nossa prioridade.

BLOG MALUMA MARQUES - O senhor gostaria de deixar uma mensagem final?

GEORGE MEIRA TRIGUEIRO – Quero expressar minha gratidão à imprensa local, que sempre nos apoiou desde a decisão de instalar a delegacia em Surubim. Agradeço também à população e ao Dr. Gildo Ferreira Lima, que nos recebeu com tanta hospitalidade. Deixo aqui meu muito obrigado a todos e a certeza de que seguiremos juntos, trabalhando pelo fortalecimento da saúde em Pernambuco.