João Galdino Neto.


O coração do Agreste pernambucano já pulsa mais forte com a proximidade de setembro, mês em que a cidade de Surubim se transforma na capital da cultura nordestina com a realização da tradicional Vaquejada do Parque J. Galdino. Em 2025, o evento celebra 88 anos de história, reafirmando-se como a vaquejada mais antiga do Brasil e um dos maiores espetáculos culturais do país. À frente dessa grandiosa festa está João Galdino Neto, neto do lendário Dão Galdino (In memoriam), fundador do parque em 1972, e atual responsável por manter viva a chama de uma tradição que atravessa gerações.

Dão Galdino (In memoriam), fundador do Parque J. Galdino, a maior e mais antiga vaquejada do Brasil.


Assumindo oficialmente a organização em 2005, João carrega consigo a responsabilidade de preservar o legado de sua família, mas também a missão de modernizar e expandir a vaquejada sem que ela perca sua essência. Desde então, ele tem trabalhado para transformar o evento em um verdadeiro marco cultural e econômico, reunindo esporte, música e turismo em uma celebração que movimenta toda a região. Seu empenho vai além da arena: João também atua nas redes sociais, onde divulga a programação, interage com o público e aproxima ainda mais a vaquejada de seus admiradores.

Este ano, a festa promete um momento histórico: a gravação do DVD “Muído de Vaquejada”, com Wesley Safadão, um dos maiores nomes da música brasileira, que escolheu Surubim como palco para esse espetáculo. Mais do que um show, a noite será um tributo à força do Nordeste, embalado pelo ritmo contagiante do forró e pela energia inconfundível da vaquejada. Ao lado de Safadão, nomes como Natazinho Lima, Fernandinha e Eric Land completam a programação, levando ao público uma experiência única, com estrutura de ponta, iluminação de última geração e cenários que prometem emocionar.

A importância da Vaquejada de Surubim vai muito além do entretenimento. Durante os dias de festa, a cidade recebe milhares de visitantes e se transforma em um grande polo de desenvolvimento. Hotéis, restaurantes, lojas e serviços em geral registram movimento intenso, aquecendo a economia e fortalecendo o turismo regional. É uma engrenagem que beneficia diretamente a população e reafirma o impacto social do evento.

Mas manter uma festa desse porte não é tarefa simples. Os desafios da organização são muitos: logística, segurança, infraestrutura, planejamento de premiações e shows, tudo precisa ser cuidadosamente articulado para que o resultado seja impecável. Ainda assim, João Galdino Neto se mostra incansável, sempre buscando inovações que ampliem a experiência do público e valorizem ainda mais a tradição. Entre os projetos em andamento, destaca-se a construção de um memorial dedicado à história da família e do parque, assinado pelo arquiteto Elton Galdino, primo de João, que alia modernidade a elementos culturais nordestinos, além de novos espaços cobertos para maior conforto dos visitantes.

Mais de oito décadas após sua primeira edição, a Vaquejada de Surubim segue firme como símbolo de identidade, resistência e orgulho para o povo nordestino. É a prova viva de que tradição e modernidade podem caminhar juntas, mantendo raízes profundas e, ao mesmo tempo, projetando-se para o futuro. Sob a liderança de João Galdino Neto, a festa cresce a cada ano, reafirmando seu lugar no calendário cultural do Brasil e garantindo que a essência da vaquejada continue ecoando nas arenas, nas canções e nos corações de quem faz parte dessa história.

Em setembro, quando os bois correrem na pista e o público vibrar nas arquibancadas do Parque J. Galdino, Surubim não será apenas palco de um espetáculo: será testemunha de mais um capítulo de uma tradição que se renova a cada geração, conduzida com amor, dedicação e o olhar visionário de um verdadeiro guardião da vaquejada.

Dão Galdino (In memoriam) e sua esposa Severina Ribeiro conhecida carinhosamente como Dona Tila (In memoriam)

João Galdino Neto e seu avô Dão Galdino (In memoriam), fundador do Parque J. Galdino.


ENTREVISTA EXCLUSIVA COM JOÃO GALDINO NETO: A ALMA DA VAQUEJADA DE SURUBIM

João Galdino Neto.


BLOG MALUMA MARQUES: O Parque J. Galdino completa 88 anos de história em 2025, sendo considerado a maior e mais antiga vaquejada do Brasil. Como é para você carregar essa responsabilidade e manter viva essa tradição?

João Galdino Neto: É uma honra indescritível dar continuidade ao legado do meu avô e de toda a minha família. Com muito esforço, dedicação e amor, conseguimos manter viva uma festa que hoje é referência nacional, reconhecida não apenas como a mais antiga, mas também como a mais tradicional e respeitada vaquejada do Brasil.

BMM: O parque leva o nome do seu avô, João Galdino. O que você acredita que ele sentiria ao ver a dimensão que a vaquejada alcançou atualmente?

João Galdino Neto: Tenho certeza de que ele estaria profundamente orgulhoso. Veria com emoção o quanto a semente que plantou floresceu e se transformou em um espetáculo que atravessa gerações.

BMM: A Vaquejada de Surubim é considerada um marco nacional. O que a torna tão especial e diferente das demais espalhadas pelo Nordeste?

João Galdino Neto: Além de ser a pioneira e jamais ter interrompido sua realização, a Vaquejada de Surubim carrega consigo o calor humano da nossa cidade. O povo de Surubim recebe os visitantes de braços abertos, transformando a festa em um encontro familiar, onde tradição e hospitalidade se entrelaçam de forma única.

BMM: Este ano, serão distribuídos mais de 320 prêmios. Como essa premiação influencia o cenário da vaquejada e atrai competidores de todas as partes do país?

João Galdino Neto: Trata-se de uma premiação robusta, que se mantém em patamares elevados para valorizar o esporte e atrair os melhores competidores do Brasil. Nosso objetivo é oferecer sempre o melhor, sem onerar os competidores, mantendo o equilíbrio entre tradição e incentivo.

BMM: Além das disputas, a vaquejada também é conhecida por sua programação musical. Como foi reunir artistas de renome como Eric Land, Wesley Safadão, Nattan e Fernandinha?

João Galdino Neto: Fizemos uma parceria muito especial com Wesley Safadão, que escolheu a Vaquejada de Surubim para a gravação de seu DVD. Juntos, planejamos uma programação que certamente ficará marcada na história da festa e da própria cidade.

BMM: Wesley Safadão gravará aqui o DVD “Modo Vaquejada”. Qual a importância dessa escolha para o evento e para Surubim?

João Galdino Neto: É um reconhecimento da relevância cultural e musical da nossa vaquejada. Essa escolha projeta ainda mais Surubim no cenário nacional, reforçando a força e a grandiosidade da festa.

BMM: A vaquejada movimenta milhares de pessoas. Quais os principais impactos econômicos e turísticos para Surubim e região?

João Galdino Neto: O impacto é enorme. Durante os dias da festa, o comércio local é intensamente aquecido: hotéis, restaurantes, lojas de roupas, farmácias e até mesmo materiais de construção sentem o reflexo positivo desse movimento. É uma engrenagem que impulsiona toda a economia da região.

BMM: Um evento dessa magnitude exige grande planejamento. Quais são os maiores desafios enfrentados na organização?

João Galdino Neto: O maior desafio é buscar a excelência em cada detalhe, fazendo com que tudo aconteça da forma mais próxima possível do perfeito. Trabalhamos para que o público e os competidores tenham uma experiência inesquecível.

BMM: Na sua visão, qual o papel da vaquejada na preservação da identidade cultural do Nordeste?

João Galdino Neto: A vaquejada é, sem dúvida, a essência cultural do Nordeste. Uma tradição que, mesmo diante de obstáculos, resistiu e se fortaleceu graças à união e à paixão do povo. Ela representa a bravura, a história e o espírito do nordestino.

BMM: Com quase nove décadas de história, quais são os projetos e perspectivas para o futuro do Parque J. Galdino?

João Galdino Neto: Temos muitos planos para os próximos anos, sempre mirando no nosso centenário. Estamos preparando novidades, como a ampliação da área coberta e a construção de um memorial que contará a trajetória da família Galdino. Esse espaço, assinado pelo arquiteto Elton Galdino, será um verdadeiro tributo à cultura e à tradição da vaquejada, valorizando ainda mais o nosso patrimônio. 

Por: Ronnaldo de Andrade - Poeta e Professor, tem quatro livros publicados e organizou quatro antologias de poemas SPINAS.

 Aconteceu em dezenove de julho de 2025, o primeiro lançamento nacional de uma antologia de poemas SPINA, forma poética brasileira, criada por mim, um pouco antes da Covid-19, precisamente em dezembro de 2019, em São Paulo: Sementes na Ribalta (Editora Anita Garibaldi, SP). Essa é uma antologia comemorativa dos cinco anos do SPINA.

O imponente e confortável auditório da Biblioteca Mário de Andrade, a primeira e maior biblioteca de São Paulo, foi o palco desse evento que durou três dias: de 18 a 20 de julho de 2025, e contou com a organização, além deste que escreve estas linhas, dos poetas Antônio Queiroz, cearense radicado em São Paulo há mais de quarenta anos, e da Coordenadora Pedagógica aposentada, paulista de Santana, zona norte, Andréa Sganzerla.

No dia do lançamento, tivemos um bate-papo com quatro convidados. A professora Dra. da Universidade do Acre, Cláudia Vanessa Bergamini, falou sobre “Experimentação e Inovação: o Spina na poesia contemporânea.” A professora doutoranda Cleusa Piovesan, Capanema, PR, autora do primeiro livro de Spinas eróticos, palestrou sobre “Erotismo na literatura feminina: um diálogo com o livro de Cleusa Piovesan.” Tivemos a professora Mestranda Maura Luza Frazão, Maranhão, autora do primeiro livro físico de Spina, Nuances de uma Essência, falando sobre esse livro seu e Spina no espaço acadêmico. O professor Me e pesquisador da tradição oral, Marco Haurélio, SP, discorreu a respeito de “Gil Vicente, Leandro Gomes de Barros e Ariano Suassuna: diálogos atemporais.” A mediação ficou por conta do já citado poeta Antônio Queiroz, autor do livro de Spina Procissão de Palavras (2ª Edição) e minha.

Poetas e poetisas de Alagoas, do Paraná, do Rio Grande do Sul e São Paulo compareceram ao evento e levaram convidados, além do casal de editores da Baixada Santista: Cláudia Bino e Vieira Vivi, responsável pela @Costelas Felinas Editora. O número musical ficou com os poetas cordelistas e cantores, o pernambucano Cacá Lopes, e o cearense Costa Senna, que recitou um belo cordel, animando ainda mais a celebração dos cinco anos de criação da forma poética SPINA.

O evento contou com outros convidados que não são poetas, mas que embelezaram o auditório da biblioteca com suas sempre bem-vindas e calorosas presenças. No dia 18, sexta-feira, Andrea Sganzerla, Antônio Queiroz e eu, organizador da antologia, nos reunimos com os convidados que vieram de fora de São Paulo e alguns representantes do SPINA locais, no Restaurante de um dos mais importantes e simbólicos edifícios de São Paulo, o Varanda Copan, localizado na Avenida Ipiranga, 200. Esse edifício foi concebido pelo arquiteto Oscar Niemeyer e inaugurado em 1966.

Após o lançamento, dia 19, fomos ao show: Bruna Lucchesi cantando Paulo Leminski, na Vila Itororó. Essa vila é um centro cultural localizado no bairro da Bela Vista. Esse local é composto por um palacete e 37 casas. Já era noite e estava bastante frio, por isso não nos demoramos. Deixamos a Vila Itororó e seguimos para um restaurante que fica localizado na Rua Augusta, próximo à Biblioteca Mário de Andrade, onde jantamos, conversamos e declamamos muita poesia.

Alguns participantes foram para o hotel e o restante do grupo foi caminhar na Praça Franklin Roosevelt, localizada entre as ruas da Consolação e Augusta, fazendo uma parada no Bar do Zé para uma saideira e um caldinho verde e de feijão. Estávamos em seis pessoas. Sentamo-nos à mesa, e, para nossa surpresa, poucos minutos depois, um jovem rapaz (que nos disse ser de Pernambuco) compareceu e nos presenteou com uma arte sua: havia desenhado a, em uma folha qualquer, nosso grupo. De costas, da direita para a esquerda, estão: Andréa Sganzerla, Ronnaldo de Andrade e Angela Dias. De frente, da esquerda para a direita: Maura Luza Frazão, sua amiga Joizacawpy e Antônio Queiroz. Pedi-lhe que nos desenhasse de outro ângulo, e sem hesitação ele aceitou o pedido. Nesse segundo desenho, podemos ver de costas, da esquerda para a direita: Antônio Queiroz e Joizacawpy. Seguindo da direita para a esquerda, temos Maura Luza Frazão, Angela Dias, Andréa Sganzerla e Ronnaldo de Andrade, conforme os desenhos abaixo. 






No domingo, a programação teve início com um ótimo almoço no restaurante Choperia Opção, ao lado do MASP (Museu de Arte Moderna – Av. Paulista). Após o almoço, a poeta Angela Dias nos deixou e voltou para Erechim (RS), e nós seguimos para a peça de teatro “Poesia das Cores”, na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP). Quando terminou a peça, fizemos um passeio pela Av. Paulista e visitamos a Casa das Rosas, outro ponto turístico importante de São Paulo, onde tomamos um maravilhoso café na cafeteria do jardim ornado de rosas e pessoas elegantes e cultas. Fomos atendidos por dois jovens (uma moça e um rapaz) atenciosos e sorridentes.

Para fecharmos o dia e finalizarmos o lançamento da antologia de poemas Spina “Semente na Ribalta” (Editora Anita Garibaldi, SP), fomos a uma pizzaria no tradicional bairro do Bixiga. Esse bairro é formado em sua maioria por imigrantes italianos; nele, durante algum tempo, esteve situada a escola de samba VAI-VAI. Na pizzaria, nos despedimos de algumas pessoas; todavia, na segunda-feira, ainda foi possível almoçar com outras que iriam viajar à tarde e à noite.

Parece que tudo foi um maravilhoso sonho e que ainda estou sonhando. Confesso que o lançamento superou minhas expectativas. Foi um final de semana bastante agitado, mas prazeroso. Esse evento fez surgir novas ideias: a professora e poeta Angela Dias sugeriu que fizéssemos um encontro de spinaístas no próximo ano (2026) em Erechim, Rio Grande do Sul, e a professora Dra. Cláudia Vanessa Bergamini (que nos deixou no sábado, logo após o fim do lançamento, devido a um compromisso em Londrina, PR) cogitou que fizéssemos no Acre, em 2027. Será que esses projetos irão se tornar realidade? Se depender de mim e dos poetas comprometidos com o Spina, isso é certo! 

Se você ainda não conhece ou tem a curiosidade de conhecer mais profundamente o SPINA, entre no grupo da Associação Brasileira de Poetas Spinaístas, procure por SPINA Nova Forma Poética.

Seguem algumas fotos do evento.









 108 ANOS




Em  19 de julho de 2025, a Academia Fluminense de Letras,  realizou a seção  solene,  comemorativa  aos 108 anos de fundação da Academia. O evento  aconteceu na sede da Academia, situada  na Praça da República, nº 7, Centro de Niterói. Na ocasião a presidente, professora  Márcia Pessanha apresentou,  em data show, um resumo da trajetória da Academia fundada em  22 de julho de 1917,  época que Niterói era a capital do Estado do Rio de Janeiro. Na sequência, o professor Ricardo Cavalieri, acadêmico da Academia Brasileira de Letras-ABL, proferiu a palestra,  “Às línguas do Brasil e seus falantes”. Lúcia Romeu apresentou um poema autoral,  em homenagem à Academia, e Célio Erthal  Rocha homenageou Castro Alves, em “O navio negreiro”, o poema mais  conhecido da literatura brasileira. Lícia Lucas apresentou, ao piano, obras de  Villa-Lobos. Muitos  Registros fotográficos, cumprimentos e degustação do delicioso coquetel.






CELEBRAÇÃO 




Em 21 de julho  de 2025, Academia Nacional de Letras e Artes-ANLA, realizou mais uma  reunião comemorativa  aos 50 anos da Academia. Lúcia Regina de Lucena, presidente  da academia, apresentou,  com breves palavras, Miriam Halfim, dramaturga, e Samuel Abrantes(Samile Cunha) que apresentaram “A Tempestade: A presença Mágica de Próspero”, tramatização baseada na peça de Shakespeare, que encantou a todos. Daura Ramos, apresentou Luiz Poeta,  e algumas de suas telas, obras realizadas com esmalte de unhas sobre acrílico, sendo Luiz Poeta pioneiro na realização da nova técnica. Na Hora de Arte, Angela Guerra e Antônio Moreira - voz e violão, um show à parte. Valentim Fernandes, Daura Ramos e Edna Itaipava reclamaram poesias. Entrega de certificados e  singelas lembranças foram oferecidas aos artistas.






POSSE ACADEMICA




Em 22 de julho de 2025, aconteceu a solenidade de posse da Filósofa, Mestre em Educação, professora Tânia Zagury, na  Academia Luso-Brasileira de Letras, presidida pela  professora, Maria Amélia do Amaral Palladino. Evento realizado na sede da Academia Carioca de Letras.  Presentes a cerimônia presidentes, de várias Academias, familiares, amigos,  e admiradores da ilustre professora. Muitos cumprimentos,  registros fotográficos,  e coquetel de confraternização.






CONDECORAÇÕES 





Em 24 de julho, no Centro  Cultural da Justiça Federal, foi realizada  cerimônia de homenagem ao ex-combatente, Capitão de Longo Curso, José  Moreira Pequeno, herói  da Marinha Mercante. Foram homenageadas autoridades militares e civis. Ane Janin, cantora lírica, abrilhantou a cerimônia  com sua belíssima voz. O grupo Brasíllian Pepers,  e suas gaitas de fole,  fecharam com maestria a cerimônia.

Parabéns ao CLC Francisco César Monteiro Gondar, ao mestre de cerimonias, Davi Antunes, aos homenageados, e a todos que contribuíram para a realização do excelente evento.







Por: Nina Fernandes - Jornalista e Escritora.




Nilma Boechat, professora e graduada em Comunicação social. Autora do livro Coração verde (2023) e do livro infantil Xandinho, o menino que planta (2025).


1- O QUE A MOTIVOU NO UNIVERSO DAS LETRAS? 

Nilma Boechat: A primeira motivação veio da própria leitura. A leitura tem esse poder de motivar, instigar, impulsionar a criatividade, o imaginário, os sonhos e de concretizar em palavras, textos, letras, ilustrações, aquilo que em nossa mente nasceu. Depois desse contato especial com os livros, em 2015, quando li o capítulo Assassinato da Infância, no livro Ansiedade, o Mal do Século, de Augusto Cury, surgiu uma enorme preocupação com a geração do meu filho à época com 11 anos. Então resolvi escrever a primeira obra Entre Telas e Corações, sobre o uso excessivo das redes sociais que por demandar muitas pesquisas tornou-se a terceira obra que estarei lançando no próximo semestre de 2025. 

2- COMO CHEGOU AO XANDINHO E QUAL A IMPORTÂNCIA DELE? 

Nilma Boechat:  Navegando pelo INSTAGRAM me deparei com um vídeo do Xandinho plantando árvores, enviei uma mensagem parabenizando-o pelo Projeto Menino que Planta e mais tarde recebi uma ligação do seu pai Alex me perguntando se eu não poderia escrever a sua história infantil, para inspirar outras crianças. O Xandinho é uma criança que começou a plantar com 04 anos de idade e hoje com 11 anos, já plantou mais de 4.600 árvores. Ele já apareceu no Globo Repórter, RJ TVS, uma TV francesa fez uma reportagem com ele, está na Unesco com um vídeo, e sua história infantil virará peça teatral, ou seja, é uma criança importante no cenário carioca e que tem influenciado muitas crianças e adultos por todo o Brasil. 

3- ENTRE AS DIVERSAS FUNÇÕES DA LITERATURA, A DE SOCIAL, SUAS OBRAS SE INSEREM NESTA. DISCORRA UM POUCO O PORQUÊ DO SEU ENGAJAMENTO; 

Nilma Boechat: Como escritora, tenho uma preocupação ao escrever um texto. O desejo de que o leitor seja impactado e reflita o que tem feito como sociedade, e como cidadão. Quero levá-lo a entender que somos um todo, e que ele pode ser um agente de transformação social. A leitura tem o poder de fazer isso e quando usada para o bem, ela influencia, motiva, inspira, e faz o leitor viajar e renovar a esperança em uma sociedade melhor. 

4- MENSAGEM AOS JOVENS: 

Nilma Boechat: Leiam mais, substituam o tempo nas redes sociais por livros, jogos de tabuleiros, passeios, cursos, estudos e mais interações com amigos e a família. O tempo excessivo que muitas vezes usamos com tecnologia, tem nos robotizado, gerado ansiedade, depressão, comparações, cansaço mental, doenças físicas e muitas outras coisas que esse uso excessivo ainda poderá nos trazer.

Por: Renata Barcellos (BarcellArtes) - Professora, Poetisa, Escritora e Membro Correspondente do Instituto Geográfico de Maranhão, Apresentadora do programa Pauta Nossa da Mundial News RJ.
DRª Virginia Pignot.


Apocalipse nos Trópicos, o documentário

Petra Costa, cineasta brasileira, teve um documentário seu Democracia em Vertigem, indicado para o Oscar, sobre o período e a crise politica que levaram ao afastamento de Dilma e à prisão de Lula. Agora, ela volta às telas com um documentário que acompanha a influência de lideres religiosos, de pastores protestantes, na escolha de candidatos a cargos importantes, como a presidência da República, ministro do STF, parlamentares. A cineasta aprofundou a pesquisa do que levou cristãos convertidos ao protestantismo, a recusarem o resultado das últimas eleições argumentando: “Está tudo errado, as eleições foram fraudadas, o STF é cúmplice, vamos destruir tudo, para recomeçar tudo de novo”. Deixaram realmente em frangalhos a Praça dos Três Poderes, e ao novo governo o trabalho de reconstrução.

O livro do Apocalipse

No livro do apocalipse o diabo, símbolo da natureza humana que se corrompe e pratica o mal, age como um falso profeta, doutrinando as pessoas e recrutando fiéis para o seu campo. Ele provoca a ira do Senhor, que envia anjos guerreiros fazer uma espécie de guerra santa destruidora, para vencer o diabo, para que das cinzas renasça uma sociedade purificada do mal.

A batalha 

O livro do Apocalipse é usado como referência pelos evangélicos mais radicais que apoiam ou apoiaram Trump e Bolsonaro defendendo a dissolução das instituições democráticas, e a instalação de “um governo de Deus”, disse o deputado Cabo Daciolo. Mas se for para ser governado pelos fundamentalistas religiosos como no Iran e Afeganistão, não dá vontade. 

O documentário Apocalipse nos Trópicos acompanha um pedaço dos bastidores e da grande cena politica brasileira. A Lava Jato e seus delatores que só saiam da prisão se delatassem Lula e seus próximos criou a cena perfeita para a diabolização da esquerda. O deputado antes considerado do baixo clero Bolsonaro, foi batizado em culto protestante usando seu segundo nome, Messias, e ascendeu ao poder, com o apoio massivo de igrejas protestantes, e mais especialmente do pastor Silas Malafaia, chegando a ter 70% de votos desta parcela da população. Esta “batalha” foi ganha, mas com a atuação desrespeitosa do presidente com as vítimas do COVID, o aumento do desemprego, a volta do Brasil ao Mapa da Fome, o “messias” não conquistou eleitores suficientes para se reeleger.  

Estado laico ou teocracia

Entrevistada no Metropolis, e no Falando de Nada Petra Costa explica que começou a filmar em 2020, até 2024. Filmou no Congresso porque queria entender a influência da religião na politica, que vem acelerando muito no Brasil. Ela ganhou então uma bíblia do Cabo Daciolo. O deputado lhe falou para aceitar Jesus, e que Deus colocaria um governo divino. Ela ficou impressionada com esta contradição de ter uma experiência de evangelização e de defesa da teocracia no centro da democracia brasileira, de um estado laico. 

Apocalipse, negacionismo, heroísmo das comunidades na luta pela vida

Petra Costa encontrou, nas suas pesquisas e filmagens, evangélicos fundamentalistas que acreditam que criar o caos, o ‘fim do mundo’, vai acelerar a volta de Jesus. Nesta visão ou crença, seria um Jesus general, bélico que viria à Terra, e não aquele misericordioso, que oferece a outra face.

A cineasta filmou a sensação de apocalipse, e também a presença evangélica maciça permitindo a chegada de ambulância, de cuidados sanitários para as pessoas durante a pandemia em Paraisópolis, onde eles filmaram muito. Viram também pastores negacionistas, que falavam para as pessoas não usar máscaras, dizendo que Jesus curava COVID.

Pontos em comum com o outro lado

No contato que teve com as comunidades evangélicas, Petra Costa achou uma compreensão dos pontos de divergência que tornaram este país tão polarizado: “a câmera ajuda a escutar, diminui a distância, a gente descobre pontos em comum com o outro lado,” diz ela.

O excesso de politização da religião foi uma das razoes evocadas pelas pessoas que se afastaram da igreja. Pastores apreciados dos fiéis foram banidos porque tinham declarado o voto em Lula. Esta é uma das razoes que justifica a separação da igreja e do estado: impedir a perseguição de pessoas em função de sua crença ou ideologia.

Por: DRª Virginia Pignot - Cronista e Psiquiatra.
É Pedopsiquiatra em Toulouse, França.
Se apaixonou por política e pelo jornalismo nos últimos anos. 
Natural de Surubim-PE


O renomado fotógrafo Lindemberg embarcou em uma viagem memorável por Portugal acompanhado de sua filha, Maria Valentina, e voltou encantado com as paisagens, a cultura e a história do país europeu. Entre cidades históricas, arquitetura deslumbrante e experiências únicas, cada momento tornou-se fonte de inspiração e recordações inesquecíveis.

Durante a viagem, Lindemberg conheceu cidades emblemáticas como Braga e Porto, além de explorar outros destinos repletos de charme, tradição e beleza natural. Uma das experiências mais marcantes foi viajar de comboio pelo país, conhecido como “Porto de Comboio”, e se hospedar em locais icônicos como o Hotel Barcelo, apreciando de perto a hospitalidade portuguesa.

Em seu relato, Lindemberg destacou a diversidade de Portugal: “Lisboa, a capital, impressiona com sua história rica e vida noturna vibrante. O Porto é famoso pelo vinho e pela arquitetura singular. Coimbra, com sua universidade histórica, e Braga, com forte influência cristã e paisagens naturais deslumbrantes, também me conquistaram. Faro, no Algarve, é uma porta de entrada para praias paradisíacas. E cidades como Aveiro, Guimarães, Funchal, Viseu, Ponta Delgada, Almada, Matosinhos, Setúbal, Vila Nova de Gaia, Sintra, Cascais e Oeiras completam o roteiro perfeito para quem quer explorar Portugal a fundo.”

Entre todas as cidades visitadas, Lindemberg confessou ter se encantado especialmente pelo Porto. “A cidade possui uma história rica e milenar, com origens que remontam a um povoado pré-romano chamado Cale ou Portus Cale, sendo este último a origem do nome do país. Também conhecida como a ‘Cidade Invicta’, o Porto teve papel crucial na história de Portugal, especialmente durante a era dos descobrimentos e na exportação do renomado vinho do Porto”, destacou.

Para o fotógrafo, cada clique e cada passeio foram momentos de pura inspiração. A viagem não só permitiu apreciar a beleza arquitetônica e natural do país, mas também fortalecer os laços afetivos com Maria Valentina, tornando a experiência ainda mais especial e memorável.

Entre monumentos históricos, ruas estreitas de paralelepípedo e miradouros de tirar o fôlego, a viagem de Lindemberg mostra como Portugal combina tradição e modernidade, oferecendo experiências únicas para quem deseja se encantar com sua cultura, gastronomia e paisagens inesquecíveis.










 


A Seccional Paraná da Academia de Letras do Brasil realizou a Reunião Acadêmica em Sessão Solene com a Posse de 14 Novos Acadêmicos e a Outorga de Pelerines a 50 Acadêmicos Imortais, em 07 de agosto de 2025, no Auditório da Fundação de Estudos Sociais do Paraná, FESP. 

A noite de brilho especial e de grandiosidade literária e artística foi marcada pelo sentimento de pertencimento, de compromisso e de entrosamento entre os Acadêmicos Imortais! 

O Auditório repleto levantou-se para ouvir o Hino Nacional executado maravilhosamente pelo Acadêmico Imortal Natanael Filipi de Melo, aplaudido entusiasticamente!

Os discursos, de boas-vindas aos novos Acadêmicos Imortais pelo Confrade Daniel Maurício; de entrada na ALB-PR pelo Confrade Juarez Poleto e de recebimento das Pelerines pela Confreira Edelar Prohmann, foram perfeitos e emocionantes! 

A noite realmente teve um brilho diferenciado, mas não pelas luzes dos holofotes, mas pelo bordô e dourado que coloriu o recinto no vislumbre da literatura e da arte! 

Bem-vindos Acadêmicos Imortais!

Parabéns a todos os Acadêmicos Imortais! 

Por: Maria Teresa Freire - (Fotos adquiridas da Fotógrafa Renata L. Câmara).