Governo priorizará no Minha Casa família de criança com microcefalia

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Anúncio foi feito durante cerimônia no Planalto nesta quinta (14).

Presidente em exercício Michel Temer acompanhou evento.

Foto: Reprodução/G1.


O governo federal anunciou nesta quinta-feira (14) que vai priorizar a inclusão de famílias que tiverem crianças com microcefalia no programa habitacional Minha Casa, Minha Vida.

O anúncio foi feito pelo ministro das Cidades, Bruno de Araújo, durante cerimônia no Palácio do Planalto. O presidente da República em exercício Michel Temer participou do ato, limitado a alguns convidados e à imprensa.

“É com satisfação que, atendendo a uma orientação do presidente da República, neste momento em que o país, e de modo especial a região nordeste, sofre com a zika e com o surto epidemiológico de microcefalia, que o Ministério das Cidades, dentro das prioridades de atendimento de acesso a este programa [Minha Casa, Minha Vida], na faixa 1, passa a estabelecer dentro das prioridades já existentes a prioridade máxima às famílias que tenham tido filhos portadores de microcefalia”, informou o ministro.

Após o evento, os ministros Bruno de Araújo (Cidades), Ricardo Barros (Saúde) e Osmar Terra (Desenvolvimento Social) falaram rapidamente com a imprensa para esclarecer alguns pontos do anúncio desta sexta.

Barros explicou que as famílias que tiverem crianças com microcefalia serão dispensadas do sorteio para escolher quem será beneficiado com uma moradia. Ele disse ainda que, mesmo que a causa da microcefalia da criança não seja o vírus da zika, a família poderá ser priorizada.

Conforme o ministro das Cidades, Bruno Araújo, a medida anunciada no Palácio do Planalto valerá para as famílias que se enquadrem na chamada "Faixa 1" do programa, que atualmente prevê a renda familiar máxima de R$ 1,8 mil por mês.

Casos no Brasil

Em boletim divulgado pelo Ministério da Saúde nesta quarta-feira (13), o número de casos confirmados de microcefalia no Brasil chegou a 1.687. Ao todo, foram 8.451 notificações desde o início das investigações, em 22 de outubro de 2015, até 9 de julho deste ano, com 102 mortes.

Desde outubro, houve 351 notificações de mortes por microcefalia ou outras alterações no sistema nervoso central durante a gestação ou após o parto. Deste total, 102 óbitos foram confirmados para microcefalia e alterações do sistema nervoso central, 59 foram descartados e 190 continuam sob investigação.

Estados

O estado com maior número de casos confirmados ainda é Pernambuco, com 369 casos, seguido da Bahia, com 268, e da Paraíba, com 148.
Por: G1.


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