VAMOS ESPERAR ÁGUA DO GOVERNO OU DAS CHUVAS?

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Crédito/Divulgação.
Um assunto muito série vem inquietando a população de diversas áreas do país. Já estamos enfrentando problemas seriíssimos por conta da falta d’água. Nas grandes cidades, a automatização é sustentada pela energia oriunda da hidroeletricidade.

Essa automatização tem gerado o desemprego estrutural. Pois é. O homem é substituído pela tecnologia que dispensa a força humana que trabalha, principalmente no Setor de Serviços.

Estão desaparecendo nos majestosos edifícios construídos para abrigar atividades comerciais e de serviços. Muitas pessoas estão sendo substituídas em funções que a automatização controla catracas e elevadores.

Era comum, chegarmos a determinados locais e encontrarmos pessoas com jaquetas com a frase atenciosa: Precisa de ajuda? Essas pessoas estão desaparecendo do serviço que a máquina vem desempenhando em seu lugar.

Acho que alguém já lhe aconselhou a conversar com o computador para dirimir dúvidas sobre a execução de alguma tarefa que parece complicada aos analfabetos da informática.

Toda essa automatização se sustenta na energia produzida pelo homem que se utiliza da água, dos ventos e do sol.

A escassez do precioso líquido usado pelo homem, não está caindo do céu com a mesma frequência do desperdício.

Um clamor, já se faz sentir. Sem chuvas, ficamos à mercê de oportunidades que nem sempre são iguais para toda população.

Quanto custa um caminhão pipa que pode amenizar a penúria de muitas famílias que precisam da água.

Estamos num período de estiagem que não consegue ser enfrentado por reservatórios que não receberam águas da chuva no período chuvoso.

As lavouras sucumbiram por falta de chuvas regulares.

Tempos idos, chegávamos à residência de pessoas da zona rural e víamos dentro de casa aqueles toneis de estanho utilizados para armazenar grãos colhidos nos roçados: feijões, milho, favas. O período de estiagem era amenizado por tudo que se guardava naqueles verdadeiros troféus, carinhosamente protegidos e mostrados com carinho por aquelas pessoas que se orgulhavam do trabalho duro na agricultura.

Às vezes,  pagava-se uma consulta médica,  comprava-se o remédio, obtendo dinheiro com a venda de sacos de feijão nas feiras públicas da cidade.

Surubim era um grande produtor de algodão. Seis usinas de beneficiamento do algodão se espelhavam pela cidade e produziam a lã que era, até, exportada para a Europa, o continente da Revolução Industrial, iniciada em 1776, na Inglaterra, que tinha como principal atividade, a indústria têxtil.

O lucro obtido pelos agricultores com a produção do algodão que era colhido no roçado, a partir de setembro, recheava o caixa da família que tinha dinheiro no final do ano para comprar tecidos pra costurar roupas para a família. O lucro com o algodão também era utilizado para comprar calçados.

Existiam alguns períodos de seca e o flagelo atingia a população do campo que acabava se deslocando para a cidade em busca de alimentos.

Hoje, o mundo está pequeno. O simples manejar de pequenas máquinas acessa os pedidos de compras para abastecer a população.

Quem sabe, talvez, já tenhamos vivido, no agora, tempos de seca braba como vivenciamos na década de cinquenta.

Mas, como tudo pode vir de fora, a gente se abastece com que o transporte rodoviário nos traz de outras plagas, do ovo ao filé de bois criados em regiões com pastagens ricas para abastecer o gado.

Precisamos nos cuidar. A água é fundamental para o ser vivo.

Quando chove, muitas águas correm para o mar e nós ficamos a ver navios”.

Sem chuva, não adiantam soluções paliativas. É melhor prevenir do que remediar”.

A escassez de água está atormentando esse nosso país que tem 56% do seu território banhado pelas águas da Bacia Amazônica. Isso, sem falar no Rio São Francisco que está mais perto da gente nordestina.

Infelizmente, rios de dinheiro correm para os bolsos de pessoas que se apossam do dinheiro público, numa roubalheira desenfreada, deixando, no meio do caminho, obras inacabadas.

Sem chuvas, a população sofre. Pagamos o consumo d’água à COMPESA que não compra chuvas à natureza.


Vamos esperar água do governo ou das chuvas?

Por: Luiz Antônio Medeiros-Professor e Escritor.


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