Pernambuco tem 69 municípios em risco de surto de doenças transmitidas pelo Aedes aegypti

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Índice de infestação predial aponta para alerta em outras 63 cidades. Foram notificadas 2.502 pessoas com suspeita de arboviroses no estado, número é 98% menor que em 2016.



Notificação de arboviroses diminui 98% no início de 2017 (Foto: Paulo Whitaker/Reuters)
Após a drástica diminuição nos casos de arboviroses registrada durante janeiro deste ano, que provocou suspeita de subnotificação por causa da mudança nas gestões municipais, o Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti divulgado pela Secretaria de Saúde mostra que ao menos 69 dos 184 municípios de Pernambuco estão em risco de surto.

O índice de infestação predial aponta para alerta em outras 63 cidades, segundo o boletim epidimiológico que inclui dados de 1º de janeiro a 11 de março deste ano. Nesse período, foram 2.502 notificações de dengue, zika e chikungunya.

Segundo a secretaria, houve diminuição de 98% no número de casos de arboviroses no estado, em comparação com os números de 2016. No mesmo período, foram registrados 128.886 casos suspeitos das três doenças, com 41.287 confirmações. Os casos foram registrados em 102 dos 184 municípios de Pernambuco.

Apenas de dengue, foram notificados 1.802 casos. Destes, 392 foram confirmados e outros 309 foram descartados. Nas ocorrências de chikungunya, a diminuição foi de 37.252 para 606 notificações, e de 16.762 para 123 confirmações, com 115 descartes, neste ano. Do vítus da zika, a baixa foi de 7.948 para 94, com, até o momento, nenhuma confirmação, e 22 descartes. No ano passado, foram 129 confirmações.

Houve uma diminuição drástica nos números de mortes por suspeita de arboviroses em Pernambuco, entre 1º de janeiro e 11 de março. Até o momento, foram notificados oito casos, 95% a menos que no mesmo período de 2016, quando houve 163 mortes suspeitas em todo o estado. Até o momento, não houve confirmações ou descartes dos óbitos em 2017. No ano passado, foram 89 resultados laboratoriais positivos, sendo 29 para dengue, 31 para chikungunya e 27 para dengue e chikungunya ao mesmo tempo, um para zika e outro para o conjunto de zika e chikungunya.

Notificações por cidade



Entre as cidades com o maior índice de infestação de dengue, estão duas cidades do Agreste: Limoeiro, com 124, e São João, com 128. Já com relação ao número de casos da doença, o Recife lidera, com 255 notificações, 115 confirmações e 24 descartes. Logo em seguida, vem Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana, com 201 suspeitas, cinco confirmações e 33 casos descartados. Caruaru, no Agreste, vem em terceiro, com 98 casos notificados, seis confirmados e outros cinco descartados.

Nos casos do vírus da zika, houve a notificação de ao menos 58 pessoas no Recife, com seis descartes. Em Jaboatão, foram nove casos e um descarte. Olinda vem em terceiro, com seis casos e nenhum descarte. Nas três cidades, ainda não houve confirmação da doença.

Quanto aos casos de febre chikungunya, Caruaru tira do Recife o adjetivo de cidade com o maior número de notificações, com 148 suspeitas, sete confirmações e quatro casos descartados. A capital vem em segundo lugar, com 90 suspeitas, 58 resultados positivos e um negativo. Goiana, na Zona da Mata, teve 71 casos de suspeita de chikungunya, com uma confirmação e 17 negativas.

Febre amarela


Com o recente surto de febre amarela registrado na região Centro-Oeste do Brasil, aumentou o número de pessoas que procuraram as unidades de referência em imunização do Recife, em busca da vacina que previne contra a doença. Na Policlínica Lessa de Andrade, bairro da Madalena, Zona Oeste da cidade, o balanço divulgado em janeiro registrou que o índice triplicou, saindo de uma média de 300 aplicações mensais a 1.015, até o dia 25 do mês. Médicos e autoridades em Saúde dizem que não há motivo para pânico em Pernambuco.

Autoridades em Saúde de Pernambuco alertam para os riscos que podem ser ocasionados pela aplicação indiscriminada das vacinas, já que o risco de transmissão em Pernambuco são mínimos. Especialistas dizem que as pessoas só precisam se imunizar caso estejam com viagens programadas para os locais onde há risco de transmissão.
Por: G1.


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