Após, passado alguns anos da deflagração da operação Lava-Jato, que de início tinha como alvos alguns doleiros como Nelma Kodama, Alberto Youssef e Chater, a Polícia Federal chegou ao maior escândalo de corrupção política do país amealhado ao crime de lavagem de dinheiro, cujo através de suas investigações alcançou nomes de grandes empresários, empreiteiros e políticos como o Ex-Presidente Lula, José Dirceu, Antônio Palocci, Aércio Neves, Marcelo Odebrecht, entre tantos outros, o atual Presidente da República do Brasil Michel Temer também se encontra envolvido com esquemas criminosos de desvio de dinheiro público e conseqüentemente, como acima frisado, a lavagem de dinheiro prevista na Lei nº 12.683/12.

O Presidente da República foi denunciado pelo Ministério Público através de seu Procurador Geral Rodrigo Janot, perante o STF por ter foro privilegiado assegurado no art. 86 da CF/88 por estes crimes supracitados, diferentemente de Lula, Palocci, Dirceu, Renato Duque, Leo Pinheiro, Marcelo Odebrecht, entre outros, que por não ter o foro privilegiado foram processados e julgados pelo Juiz Federal Sérgio Moro e condenados a penas com aplicações rígidas, e assim sendo, o Presidente para ser julgado por aquele órgão de cúpula máxima, precisaria ter a sua denuncia uma aprovação da Câmara dos Deputados conforme reza o art. 51, I da CF/88, mas a mesma foi arquivada, isto sem levar a cabo, o julgamento a qual fora submetido o mesmo cidadão supracitado, perante o TSE e absolvido. Destarte, novamente o Senhor Presidente Michel Temer foi denunciado recentemente por práticas criminosas perante o STF em mais uma fase da operação Lava-Jato, e a rotina segue no mesmo enredo, a denuncia chegou a Câmara e numa primeira oportunidade o relator e decano daquela casa legislativa o Deputado Federal Bonifácio de Andrada do PSDB-MG, pediu o arquivamento da denuncia e detonou a acusação, mas com a confirmação deste posicionamento o Presidente escapará do tão sonhado julgamento histórico do STF a um chefe do executivo e ficará impune, será? Não ficará impune, apenas sua denuncia será arquivada devido o mesmo gozar destes privilégios garantidos pela Constituição Federal, mas o ano de 2018 está logo ali e quando ele deixar a presidência, pois possivelmente não será candidato e não ganha em nenhuma hipótese a eleição presidencial, perderá seus privilégios, e assim, lhe restará encontrar a pessoa do juiz Sergio Moro, para apreciar sua causa e quiçá lhe aplicar um julgamento conforme os casos desta operação que vem julgando, ou seja, lhe presentear com uma bela condenação.

Caso Temer não venha ser julgado pelo STF, é muito possível e provável que vá conhecer a Justiça Federal Curitibana aonde se encontra o Dr. Sérgio Fernando Moro e lá possa conhecer a punidade que muitos brasileiros galgam para ele, este é um possível futuro do atual Presidente da República.

Por - Andrey Stephano Silva de Arruda, Graduado em Direito, Pós-Graduado em Direito Público e Escritor