Engenheiros voluntários desenvolvem protótipo de respirador em cinco dias

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Caso a pandemia do novo coronavírus avance e sobrecarregue o sistema de saúde, o aparelho poderá ser uma alternativa



Respirador
Foto: STEFAN ROUSSEAU / POOL / AFP

Engenheiros voluntários desenvolveram em apenas cinco dias um protótipo de respirador que substitui as mãos de enfermeiros no uso de respirador manual, também conhecido como ambu. O aparelho foi criado no laboratório de Núcleo de Eletrônica do curso de Engenharia Elétrica da Universidade de Passo Fundo (UFP), no Rio Grande do Sul.

Caso a pandemia do novo coronavírus avance e sobrecarregue o sistema de saúde, o aparelho poderá ser uma alternativa. O protótipo custa cerca de R$ 6 mil, pelo menos 16 vezes menos do que o modelo convencional.

Segundo o boletim mais recente do Ministério da Saúde, o Brasil tem 4.256 casos confirmados e 136 mortes pela Covid-19.."Os respiradores manuais são de fácil aquisição, mas o que desenvolvemos é a automação da mão de um enfermeiro ou profissional da saúde. Com o protótipo, basta colocar um ambu na máquina e deixar funcionando. Assim, o enfermeiro não precisa ventilar a pessoa e substitui essa tarefa por outra em um momento de crise", explica Adriano Toazza, professor de engenharia elétrica da UFP.

Já funcionando, o protótipo tem sido testado no laboratório com um calibrador que simula um pulmão. "Começamos com sucata, com o que tínhamos disponível. Fomos agregando com peças, com ajuda de outras pessoas e assim fomos levando. Na quinta-feira (26) à noite o protótipo estava funcionando", explica Toazza.

No laboratório, atua também o técnico em eletrônica Rodrigo Busato. O Ifsul (Instituto Federal Sul-rio-grandense) e o HSVP (Hospital São Vicente de Paulo), de Passo Fundo, também integram o projeto.

"Para ajudar, a gente faz o que sabe, que é produzir equipamento eletrônico. Ele será encaminhado para o HSVP para ser avaliado do ponto de vista médico", diz o professor.

São 13 profissionais envolvidos na elaboração do protótipo, incluindo o professor Oneide Paixão, que também é engenheiro do HSVP. Por isso, Paixão tem aproximado o projeto da demanda hospitalar. O HSVP é o maior hospital da região de Passo Fundo, que abrange 2 milhões de habitantes das cidades próximas.


Por: Folha de Pernambuco.


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