Deputados protestam contra corte de microfones no plenário da Câmara

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Presidente que substituiu Eduardo Cunha decidiu encerrar a sessão.
PT, PSOL e Rede continuaram realizando uma sessão informal.
Deputados protestam contra corte de microfones no plenário da Câmara (Foto: André Dusek/Estadão Conteúdo)
Deputados protestaram nesta quinta-feira (5) contra o encerramento da sessão extraordinária convocada no plenário da Câmara e continuaram discursando mesmo com o áudio dos microfones cortados por causa do fim da sessão.

Na presidência da Câmara por meio de decisão liminar (provisória) do ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF).
A sessão deliberativa havia sido convocada para as 9h por Cunha com três medidas provisórias na pauta de votação.

Diante da situação, deputados passaram a manhã se revezando no microfone com críticas a Cunha.
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A sessão era presidida pelo primeiro-secretário da Câmara, deputado Beto Mansur (PRB-SP), quando, pouco depois das 11h, o presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), assumiu a cadeira de presidente no plenário e encerrou a sessão sem maiores explicações.

Nesse momento, a TV Câmara, que exibe ao vivo todas as sessões do plenário da Casa, encerrou a transmissão e passou a veicular outra programação.

Em protesto, deputados de partidos adversários de Cunha, como o PT, PSOL e Rede, continuaram no plenário com seus discursos.

Sob gritos de “Liga o som, liga o som”, a deputada Luiza Erundina (PSOL-SP), assumiu a presidência da sessão informal. “Isso é restringir o direito parlamentar”, acusou o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ).

O líder da Rede, Alessandro Molon (Rede-RJ), também criticou a decisão de Maranhão de encerrar a sessão, que classificou de “erro gravíssimo”.

“Eu queria repudiar a decisão de encerrar a nossa sessão extraordinária que estava marcada para hoje. O deputado Waldir Maranhão cometeu um erro gravíssimo de simplesmente tentar calar a nossa voz num dia em que todos os parlamentares queriam vir para esta tribuna, com o microfone ligado, celebrar essa vitória pela qual lutamos desde o ano passado”, declarou Molon da tribuna.
“O que é grave é que desligaram o som, mas, mesmo assim, conseguimos realizar esta sessão histórica”, afirmou Erundina após encerrar a sessão informal.

Durante a reunião, Erundina chegou a colocar em votação um requerimento para abrir sessão a partir das 13h. Ao fim da sessão, ela e parlamentares adversários de Cunha foram para o gabinete da 1ª vice-presidência para entregar o requerimento a Waldir Maranhão.

Na saída, deputados informaram que ficou definido que uma nova sessão de debates seria realizada a partir das 14h.
Por: G1.


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