Brasil envia representante à França para obter informações sobre terrorismo

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O ministro da Defesa, Raul Jungmann, disse hoje (15) que o Brasil enviou um representante à França para obter mais informações sobre o atentado de ontem (14), em Nice, que deixou 84 mortos e dezenas de feridos. O interlocutor do governo brasileiro também buscará mais detalhes sobre rumores da existência de um plano para atacar a delegação francesa que virá aos Jogos Olímpicos Rio 2016. O ministro, no entanto, não deu detalhes sobre o enviado.

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, durante voo
que levou tropa das Forças Armadas para o Rio de Janeiro
Marcelo Camargo/Agência Brasil
“Sabemos que a França não pode nos dar todas as informações nesse momento, porque imaginamos o sentimento vivido lá hoje. De qualquer sorte estamos em contato com todos os serviços de segurança, de informação e inteligência do mundo e eles não identificaram até aqui nenhuma ameaça potencial de terrorismo aos Jogos”, disse o ministro, que viajou com 200 militares que vão compor as forças de segurança na Olimpíada no Rio de Janeiro.

Mais cedo, o ministro reconheceu que o atentado em Nice aumentou a preocupação do governo brasileiro com os Jogos Olímpicos do Rio.

Jungmann anunciou para a próxima semana a abertura do Centro Integrado de Contraterrorismo, que reunirá representantes de setores de inteligência de 106 países para trocar informações e auxiliar na segurança da Olimpíada. “Estamos absolutamente em dia com o que o COI [Comitê Olímpico Internacional] nos prescreveu e estamos muito, muito mais atentos a qualquer lacuna, a qualquer falha.”

Segundo o ministro da Defesa, o Estado brasileiro tem uma lista de cerca de 500 pessoas suspeitas de alguma relação com o terrorismo. O objetivo é identificá-las caso circulem por arenas, estádios ou campos de disputa da Rio 2016. “As pessoas também passarão por uma barreira onde tudo será escaneado. No que diz respeito a comportamentos [suspeitos], treinamos taxistas, metroviários e pessoal do sistema hoteleiro para reportar qualquer atitude estranha”, acrescentou.
Por: Agência Brasil.


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