Para artesãos, crise deste ano não afeta vendas na Fenearte

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Artesãos dizem que não há tempo ruim para compradores de artesanato.

Primeiro dia da feira recebeu 16 mil pessoas, segundo assessoria.

Mais de 16 mil pessoas visitaram o evento no primeiro dia; feirantes comemoram vendas (Foto: Aldo Carneiro/Pernambuco Press)
Na Alameda dos Mestres, porta de entrada da Feira Nacional de Negócios e Artesanato (Fenearte), boa parte dos lojistas acreditam que não tem tempo ruim na hora de vender artesanato e arte. Mais de 16 mil pessoas passaram pela feira durante o primeiro dia, segundo a assessoria do evento. Os 63 artesãos mestres, que ganharam uma rua a mais que no ano passado, comemoram as vendas.

“A abertura ontem, sozinha, foi melhor do que todos os anos que participei da Fenearte”, conta a artesã Cida Lima, de Belo Jardim, Agreste do estado. O carro chefe da mestra são as cabeças de barro, parecidas com bustos. Cida conta que a maior parte é para levar de decoração ou presente e as peças que mais saem são as cabeças de tamanho médio, que custam R$ 20. “Meu primeiro ano aqui foi em 2011 e daí em diante só melhorou minhas encomendas”, revela.

Primeiro dia foi melhor que as edições anteriores da Fenearte para mestra artesã de Belo Jardim, Agreste (Foto: Moema França/G1)
O artesão Mazinho Santana, conhecido pelas peças do espírito santo, não discorda. “A crise não afeta quem quer comprar arte e artesanato. Claro que muitas das pessoas que vêm para a feira passear, mas tem muita gente que vem mesmo é para comprar as peças para coleções particulares, decoração, revenda, entre outras coisas”, aponta.

No espaço do mestre Fida, de Garanhuns, no Agreste do estado, as vendas também estão aceleradas. “O primeiro dia vem gente com maior poder aquisitivo, procurando peças para decoração ou coleções. Na minha opinião estava mais vazio do que nos outros anos, mas vendemos bem melhor que no ano passado”, argumenta o artesão, que espera que o restante da feira seja tão boa quanto o começo.

Mestre Fida, de Garanhuns, acredita que o primeiro dia da feira é sempre o melhor (Foto: Moema França/G1)
As peças que o mestre Fida fabrica são todas em madeira de árvore amarela, comuns em Garanhuns. O carro chefe do artesanato dele são as peças religiosas, as quais chama de ex-voto, termo abreviado do latim que se refere às pinturas e estatuetas doadas a divindades como forma de agradecer a uma prece atendida.

Além do ex-voto, tem o homem cata-vento. “A primeira peça era reta, não tinha rosto. Depois fui fazendo o desenho e o povo gostou. Com artesanato, quem vai dizer se é bonito ou é feio é o povo”, analisa. As peças do artesão variam entre R$ 20 e R$ 2.500.

A Fenearte funciona das 14h às 22h, durante a semana, e das 10h às 22h, nos sábados e domingos. Os ingressos custam R$ 10 e R$ 5 (meia) de segunda a quinta e R$ 12 e R$ 6 nas sextas, sábados e domingos.
Por: G1.


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