Recife registra primeiras mortes de feto e recém-nascido por chikungunya

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Feto morreu após mãe apresentar sintomas no último trimestre da gestação.

Já o recém-nascido era um menino e tinha apenas 15 dias de vida.

Aedes aegypti, transmissor do vírus da zika, da dengue e da chikungunya (Foto: AP Photo/Andre Penner, File)
A capital pernambucana registrou a primeira morte intrauterina por chikungunya. O feto, um menino, tinha 38 semanas quando foi a óbito em fevereiro. A secretária-executiva de Vigilância em saúde do Recife, Christiane Penaforte, ainda confirmou a primeira morte de um recém-nascido pela arbovirose em março deste ano. A informação foi divulgada na manhã desta quinta-feira (28), após confirmação laboratorial dos casos.

O feto não tinha sinais de algum tipo de malformação, ainda segundo Penaforte. A mãe, de 30 anos, é moradora do bairro da Arruda, Zona Norte, e apresentou os sintomas da arbovirose no último trimestre da gestação. Ela reclamava de dores articulares e manchas na pele. O bebê em formação morreu três dias após o surgimento dos sintomas.

Com a novidade, a secretária-executiva adianta que o município terá que reforçar sua política de combate e prevenção as arboviroses. “Tudo isso é novo e faz com que a gente precise redobrar a atenção com as gestantes, reforçar a necessidade do pré-natal. A orientação é a mesma, mas o cuidado é redobrado”, esboça preocupação.

Já o recém-nascido morto em março era um menino e tinha apenas 15 dias de vida. Ele era morador do bairro da Estância, Zona Oeste. A Secretaria de Saúde do Recife ainda investiga a morte de um menino de um mês e oito dias na Campina do Barreto, Zona Norte.

“É uma doença nova para todo mundo e a gente sabe que a chikungunya traz muitas dores, incapacidade e pode levar ao óbito. Então, como tudo é muito novo, estamos em alerta enquanto estudamos a doença. Por isso, é preciso que as gestantes e a população em geral continuem com o repelente, usem roupas que cubram mais o corpo e evitem locais com muito mosquito”, orientou Penaforte.

Boletim

Até então, 52 pessoas morreram em Pernambuco devido às arborviroses. De acordo com o boletim divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde (SES) na terça-feira (26), foram confirmadas mais 14 mortes por dengue e cinco por chikungunya. Os novos dados são referentes ao período compreendido entre 3 de janeiro e 23 de julho.

A chikungunya ocasionou a morte de 31 pessoas em Pernambuco, sendo 14 que residiam na capital Recife, cinco em Jaboatão dos Guararapes; duas em Paulista e em Timbaúba; além de um óbito em Arcoverde, Bom Conselho, Camaragibe, Igarassu, João Alfredo, Nazaré da Mata, Toritama e Vitória.

Já a dengue foi responsável por 21 mortes no estado: seis moradores de Jaboatão dos Guararapes, cinco do Recife, dois de Caruaru. além de um óbito em cada um dos seguintes munícipios: Olinda, Goiana, João Alfredo, Paulista, São Lourenço, Timbaúba, Venturosa e Vitória.

Em apenas sete dias, 3.156 casos de arboviroses foram confirmados em Pernambuco, 4.297 suspeitas foram notificadas e 2.184 foram descartadas. Foram 1.579 novas confirmações de dengue e 1.577 de chikungunya e nenhuma de zika. Com relação às notificações, foram 2.288 suspeitas a mais de dengue, 1.956 de chikungunya e 53 de zika. Quanto às novas suspeitas descartadas, 1.239 são de dengue e 945 de chikungunya.

Acumulado no ano

Neste ano, até o dia 23 de julho, 22.762 pessoas receberam o diagnóstico de dengue em Pernambuco. O estado conta ainda com 90.635 suspeitas notificadas e 26.869 casos descartados para essa doença. No mesmo período, a chikungunya foi responsável por 17.893 confirmações, mas essa arbovirose foi notificada em 46.210 pessoas e descartada em 9.994 pacientes. Com relação à zika, são 10.709 casos notificados, 433 descartados e 147 confirmados.
Por G1.


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