Líderes de organização criminosa já estão em presídio de Pernambuco

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Dupla, presa na Bahia, era investigada pela PF na 'Operação Minotauro'.

Grupo atuava em vários estados com drogas e contrabando de armas.

PF cumpre mandados da Operação Minotauro no Recife (Foto: Marlon Costa/Pernambuco Press)
A Polícia Federal informou, na noite de domingo (4), que já estão presos no Grande Recife os suspeitos de liderar a organização criminosa desarticulada pela ‘Operação Minotauro’, realizada na quarta-feira (31). Os dois acusados, um pernambucano e um alagoano, foram detidos na Bahia e chegaram a Pernambuco no fim da tarde. O avião com a dupla partiu de Porto Seguro (BA). Eles ficarão no Centro de Observação e Triagem de Abreu e Lima (Cotel), na Região Metropolitana, à disposição da Justiça Federal.

A organização criminosa desarticulada pela ação da PF atuava em Pernambuco, no Paraná e em Mato Grosso do Sul. O grupo foi investigado por exploração de tráfico internacional de maconha e cocaína, além de contrabando de armas de uso restrito.

Um dos detidos é considerado o principal líder da organização. Morava em Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, e financiava a compra das drogas. Também atuava como o responsável pelas negociações com fornecedores de entorpecente, viajando, com frequência, para o Paraná e para o Acre.

O outro residia em Igarassu, no Grande Recife. Já aparecia como réu em processos anteriores, relacionados a roubo, ameaçava e receptação. Na organização, ajudava a coordenar as atividades.

A ação

A Operação Minotauro mobilizou 130 policiais federais. Eles cumpriram 12 mandados de prisão, sendo três em Pernambuco, cinco no Paraná, um em Mato Grosso do Sul, um na Paraíba e dois na Bahia. A PF cumpriu, ainda, 21 mandados de busca e apreensão distribuídos em cinco estados: Pernambuco, Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Santa Catarina. Todos foram expedidos pela 13ª Vara Federal em Pernambuco.

A Justiça também determinou o sequestro de bens e bloqueio de contas bancárias, além de quatro conduções coercitivas destinadas a pessoas supostamente relacionadas ao processo de lavagem de dinheiro. Entre elas estão titulares de contas bancárias de pessoas físicas e jurídicas com grande movimentação financeira.

As investigações se iniciaram em 2015, com a identificação de remessa de 1.257kg de maconha de origem paraguaia para Pernambuco. No curso dos trabalhos da polícia, foram apreendidas aproximadamente quatro toneladas de drogas das organizações criminosas investigadas.

Detalhes

O nome da operação é uma referência a um dos cabeças do esquema presos pela PF, conhecido pelo apelido de 'touro'.

A delegada de Repressão ao Crime Organizado, Adriana Vasconcelos, disse que todos os suspeitos presos eram responsáveis pela articulação do esquema e trocavam informações para garantir o transporte das drogas pelo território brasileiro.

Em setembro de 2015, polícia interceptou
carregamento da quadrilha (Foto: PF/Divulgação)
Com os suspeitos, os policiais apreenderam carros importados, de marcas como Land Rover e Hilux, motocicletas, dinheiro e armas de uso exclusivo do Exército. Ainda não há um balanço do total apreendido.

Segundo a delegada, os veículos somam, juntos, R$ 500 mil. Nenhum dos presos possui atividade lícita ou carteira de trabalho. Quando questionados, eles alegam que são vendedores autônomos de veículos. A policial estima um prejuízo de R$ 5 milhões para essas organizações. Ela revelou também que eles planejavam ações violentas contra agentes de segurança e integrantes de grupos rivais.

Vários veículos foram apreendidos pela PF durante a Operação Minotauro (Foto: PF/Divulgação)
Segundo apontam as investigações, a droga vinha de países vizinhos, como Paraguai e Peru, e seguia pelas rodovias do país até Pernambuco. Daqui, parte do entorpecente seguia para a Europa.
Por: G1.


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