Deputados saem em defesa da vaquejada

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Crédito/Divulgação

A defesa da prática da vaquejada mobilizou os parlamentares pernambucanos no Congresso Nacional. Na última terça-feira (25), milhares de vaqueiros de todo o País ocuparam a Esplanada dos Ministérios, em Brasília, para uma mobilização nacional contra a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que julgou inconstitucional uma lei do Ceará que regulamentava a vaquejada naquele estado. Com o entendimento do STF, a prática passou a ser considerada ilegal, relacionada a maus-tratos de animais.

O deputado Danilo Cabral (PSB-PE), representante de Surubim na Câmara Federal, participou da manifestação e saiu em defesa da vaquejada. “A decisão do STF foi um equívoco, reflete um pouco de desconhecimento sobre a importância da vaquejada no Brasil, especialmente para os estados do Nordeste”, afirmou. Segundo o parlamentar, além de ser uma prática de caráter esportivo, a vaquejada tem um traço cultural muito marcante e está se expandindo nas diversas regiões brasileiras.

Danilo lembrou a vaquejada de Surubim, realizada anualmente em setembro. “É um evento que tem mais de 80 anos de história e mobiliza toda a cidade, trazendo um incremento na economia local e resgatando uma tradição muito forte do nosso povo. A vaquejada é símbolo do caráter destemido, corajoso do povo do Nordeste”, destacou.

Em Brasília, segundo a organização, cerca de 700 caminhões de transporte de animais e seis mil pessoas participaram da manifestação. Foram dois mil animais, principalmente cavalos, ocupando a área em frente ao Congresso Nacional. O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), recebeu os manifestantes e confirmou a criação de comissão especial para analisar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 270/16, de autoria do deputado João Fernando Coutinho (PSB-PE), que classifica os rodeios e as vaquejadas e suas expressões artístico culturais como patrimônio cultural imaterial brasileiro.


De acordo com a Associação de Criadores de Quarto de Milha (espécie considerada ideal para o esporte), no Nordeste, as vaquejadas geram em torno de 120 mil empregos diretos e 600 mil indiretos, que vão desde os cuidadores de cavalos às pessoas que trabalham durante os eventos. A Associação Brasileira de Vaquejada (ABVAQ) informa que, entre 2014 e 2015, aconteceram cerca de quatro mil vaquejadas em todo o País, movimentando cerca de R$ 600 milhões.
Por: Assessoria de Danilo Cabral.
Foto  Geraldo Magela/ Agência Senado



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