MUSEU DA CACHAÇA REÚNE OITO MIL GARRAFAS DA BRANQUINHA

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Um dos produtos nacionais mais famosos e requisitados, apreciado por brasileiros e estrangeiros principalmente por alemães, a cachaça faz parte de uma das maiores  coleções que se conhece num museu que chama a atenção do turista para um pequeno município perdido no mapa de Pernambuco -Lagoa do Carro, desmembrado de outro município, Carpina em 1982 e a 60 km da Capital, com  uma população de aproximadamente 20 mil  habitantes. O Museu da Cachaça de Lagoa do Carro, fundado a 10 de dezembro de 1998, pelo empresário e colecionador José Moisés de Moura, para mostrar a história do desenvolvimento do País graças a um dos grandes produtos agrícolas, a cana de açúcar, é constituído por oito mil garrafas de cachaça, grande parte da região nordestina, com destaque para Pernambuco, algumas do Centro-Sul. Há também na coleção aguardente do Paraguai, Uruguai, Venezuela, Colômbia, Grécia e Japão.

Moura conhece a diferença entre cachaça e aguardente. “Aguardente, produzida lá fora, pode ser de milho, arroz, amido, anis ou outro produto, enquanto a nossa cachaça é exclusivamente de cana de açúcar, pura, transparente, apreciada lá fora”, conta.

Segundo ele, Pitú, que é uma das marcas mais famosas, é uma das grandes exportadoras da cachaça para a Europa. Os rótulos que compõem a coleção de cachaça do Museu têm, em sua maioria, nomes interessantes, alguns revelando um pouco de nossa história e de nossos costumes, e outras chegam a ser hilárias: Salinas, Chico Mineiro, Rainha, Tambaba, Amansa Corno, Amansa Sogra, Nas Coxinhas, Engenho Águas Doces. Como acontece com qualquer produto, a cachaça também tem seu preço ou preços. Em Lagoa do Carro seis marcas artesanais, processadas em alambique, dentre elas a São Saruê, de Igarassu; a Cachaça da Serra de Passira, a Cachaça Serrote de Salgueiro. Uma garrafa de cachaça chega a custar até mais de trinta reais, mas a consumida pelo povão é “bem baratinha mesmo”.

Moura cita a Carvalheira como boa fabricante desse produto envelhecido em barris de carvalho, manipulada com certos requintes, adicionada a outros produtos, na hora de servi-la, tornando-a muito atrativa.

O Museu de Lagoa do carro não mostra aos visitantes apenas garrafas e rótulos, mas também livros, poesias, piadas, loas, figuras em miniatura e em tamanho natural, reproduzindo escravos, enfim, um vasto material relacionado ao tema cachaça.



O Bar do Papudinho é o ambiente final do museu, onde os visitantes podem degustar excelentes marcas de cachaça, saborear tira-gostos regionais, adquirir souvenires, garrafas de cachaça, mel de engenho e rapadura. Como atração final, é possível tirar fotos ao lado do Ébrio do Papudinho e na Barraca da Cabocla.

Por Ariadne Quintella.


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