PROPOSTA DE EMENDA CONSTITUCIONAL (PEC) 241 OU O QUE FAZER DO DINHEIRO DO CONTRIBUINTE

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No momento, esse é o assunto que vem colocando na vitrine a classe política brasileira. Primeiro pela Câmara e, depois pelo Senado. Esse será o caminho percorrido por essa proposta do Governo Temer que visa o controle dos gastos públicos no Brasil.

Nós, cidadãos comuns desse Brasil mergulhado numa corrupção nunca vista na nossa história, talvez, nem precisaríamos de uma explicação didática sobre essa tal PEC 241.

Basta tão somente sabermos que o dinheiro do povo é usado para pagar as despesas de quem não é do povo.

Tem alguém aí, ao seu lado, nesse momento que você dá uma lida nessas coisas que eu escrevi? Ah, tem!

Pergunta pra essa pessoa se ela paga aluguel de casa, compra alimento para a família com o dinheiro suado - chamado de salário, se compra roupa pra si, para os filhos e para ir trabalhar, se paga transporte – ônibus, ouviu, não é avião, e outras coisas mais?

Qual foi a resposta que você ouviu?

Ah, ouviu que essa pessoa ao seu lado, tem auxílio moradia, auxílio paletó, tem motorista, tem carro à disposição, viaja de avião sem pagar passagens e outras coisas mais?

Com certeza, é um deputado.

Sabe quanto esse cidadão custa pra ser sustentado pelo povo? Somente, R$ 6,6 milhões por ano aos cofres da nação que deveria ter cuidado com o dinheiro do povo. Sabe o que essa pessoa que está ao seu lado e que custa pra gente – povo do Brasil, R$ 6,6 milhões por ano, é um Deputado Federal.

Some-se a ele, Presidente da República, vice-presidente, senadores, deputados estaduais,  governadores, vice governadores, prefeitos, vice-prefeitos, vereadores e outros mais. Tem muito mais gente na gastança.

Lembre que temos os poderes constituídos do Estado: Poder Executivo, Poder Legislativo e Poder Judiciário. Olha aí com quem o povo gasta.

No Rio de Janeiro, são cinquenta vereadores. Sabe quanto custa cada um, por ano, ao bolso do contribuinte? A despesa com cada um deles é de R$5,9 milhões.

Não vamos pra longe, não. Fica por aqui mesmo. Você está lendo esse jornal em qual lugar do Brasil. Faz o seguinte: procura saber quantos vereadores integram a Câmara Municipal desse município. Faz um levantamento de quanto cada um ganha por mês. Procura perceber quanto ele custa para o povo, por ano. Não se esqueça de somar todos.

Assisti no dia 25/10/16, o tempo que pude aguentar, à sessão da Câmara dos Deputados que votava a PEC 241, em segundo turno.

No plenário, deputados com cartazes com palavras de ordem e nas galerias da Câmara um grupo de pessoas contestando o que não fizeram nos últimos doze anos. Deputados que nesse período bradavam que tudo estava certo, em menos de seis meses já gritam que está tudo errado. Ora, está tudo do mesmo jeito.

Estão falando que vai faltar verba para educação e saúde, sempre esteve faltando ou roubaram tanto e ninguém sabia.

As escolas? Não estou falando sobre o vidro da janela que está quebrado. Falo no conjunto da obra. Está tudo de mal a pior. A começar pelos salários dos professores e pessoal administrativo. Você conhece algum professor? Pergunta pra ele se o dito cujo recebe auxílio calça, blusa, camisa, moradia... Pergunta quantos “Diários de Classe” ele tem que dá conta?

O prejuízo da saúde e da educação é o excesso que se gasta com o Executivo, Legislativo e Judiciário. Se resolverem controlar os gastos desses poderes, as escolas e os hospitais terão melhorias.

Nós, cidadãos comuns, perguntamos para onde vão os milhões de reais que o governo arrecada do contribuinte? Trabalhamos para sustentar uma burocracia onerosa ao bolso do povo.

Daqui a pouco teremos novas eleições. Desta feita, para Presidente da República, governadores, senadores e deputados federais. E, o povo? Aliás, o povo, não!

Parte do povo voltará às ruas na mesma baboseira de sempre, deixando-se levar por discursos enganadores de políticos com uma personalidade abaixo da média desqualificada, ao som de músicas de duplo sentido, de muita cachaça e folia.

O que estamos tirando do que produzimos (PIB – Produto Interno Bruto) para a dívida pública do país é algo estarrecedor. Então a PEC 241 é necessária para que o governo e a classe política entendam de uma vez por toda que se não forem responsáveis no uso do dinheiro do contribuinte, esse país jamais sairá da lama na qual se encontra.


As notícias estão amedrontando o funcionalismo público estadual e municipal, quando tratam de impossibilidade de se pagar o 13º Salário dos servidores. E os senadores, deputados e vereadores, vão ficar sem receber seus salários, também?

Por: Luiz Antônio Medeiros - Professor e Escritor.


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