Governo de PE começa a cadastrar vítimas das chuvas e enchentes para conceder auxílio financeiro

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Pessoas que ficaram sem casa e estão em abrigos públicos vão ser priorizadas pela administração estadual. Ao todo, quase 47 mil moradores seguem fora de suas residências, em 27 cidades da Zona da Mata e Agreste.


Apartir desta segunda-feira (5), o Governo de Pernambuco vai cadastrar as famílias que estão desabrigadas por causa das chuvas e enchentes para conceder ajuda financeira. Equipes contratadas pelo estado visitarão abrigos, em 15 das 27 cidades em situação de emergência por causa da chuva, para levantar os dados das pessoas que não tiveram condições de ir para casa de familiares e amigos e precisaram recorrer aos alojamentos públicos. Segundo último balanço, de domingo (4), há 46.857 mil pessoas fora das moradias, sendo 3.252 desabrigados e 43.605 desalojados. (Veja vídeo acima).

O cadastro serve, principalmente, para que o governo entenda a situação das pessoas que ficaram desabrigadas em cada município. Quem ficou desalojado, mas não precisou ir para abrigos, vai participar de outra etapa do cadastro, ainda não definida pelo governo.

O auxílio diz respeito, por exemplo, a aluguel social a até o financiamento de moradia popular para as famílias que perderam as casas por causa da enchente. Cada caso vai ser analisado em conjunto com os municípios.

Em entrevista ao Bom Dia Pernambuco desta segunda, o secretário de Planejamento e Getão de Pernambuco, Márcio Stefanni, explicou que terrenos vão ser escolhidos e passarão por terraplanagem, para a construção de moradias. "Hoje, vamos priorizar quem está nos abrigos. Vamos cruzar os dados com os cadastros dos municípios para saber quem tem direito. É preciso paciência, porque são necessários recursos", disse o secretário.

Município de Barreiros foi um dos gravemente afetados pelas enchentes de maio (Foto: Reprodução/TV Globo)
Após a cheia de 2010, milhares de pessoas também ficaram desabrigadas e perderam as casas onde moravam. Desde então, o governo entregou 12.131 moradias populares, mas muita gente ainda segue sem casa na Mata Sul do estado. "Ainda existem casas que não foram entregues, por causa da construtora. Além disso, muita gente voltou às áreas de risco", disse Stefanni.

Os coordenadores do gabinete de crise implantado pelo governo estadual se reuniram, no domingo, com o governador Paulo Câmara. Entre as medidas anunciadas para a população das cidades afetadas pelas fortes chvuas está a a antecipação de duas parcelas do programa Chapéu de Palha para os beneficiários, além de abono nas contas de água pela Compesa à população.

Entenda as chuvas

Chuvas em Pernambuco (Foto: Reprodução/TV Globo)
Desde os dias 27 e 28 de maio, chuvas fortes atingem várias regiões do estado, provocando enchentes de rios e deslizamentos de barreiras. Seis pessoas morreram, sendo duas no Recife, duas em Caruaru e duas em Lagoa dos Gatos. De acordo com dados do governo do estado, o número de desabrigados e desalojados chegou a 55,1 mil pessoas no dia 31 de maio.

No domingo (28), o presidente da República, Michel Temer, veio ao Recife e autorizou o envio de ajuda humanitária. Ele ainda se comprometeu com a liberação de uma linha de crédito de R$ 600 milhões, junto ao BNDES, para obras no estado.

Chuvas em Pernambuco - Mais de 40 mil fora de casa (Foto: Editoria de Arte/G1)
Na quarta (31), o governador Paulo Câmara visitou as cidades de Catende e Ribeirão, na Zona da Mata Sul, para acompanhar o planejamento de ajuda humanitária às famílias desalojadas e de limpeza das áreas atingidas pela água, feito por 'gabinetes de crise' instalados nos dois municípios.

No Nordeste, as chuvas ocorrem por causa de um fluxo de vento que vem do oceano carregado de ar úmido, formando nuvens carregadas na costa e na Zona da Mata. De acordo com o meteorologista Celso Oliveira, da Somar Meteorologia, trata-se de um sistema chamado onda de leste, comum nesta região no outono e inverno.

 Solidariedade


Para ajudar as famílias que perderam praticamente tudo nas enchentes, diversas instituições e entidades realizam arrecadação de alimentos não perecíveis e objetos de higiene pessoal. Há pontos de coleta no Recife, em Olinda e nos 15 campi do Instituto Federal de Pernambuco (IFPE).

Por: G1.


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