Casos de conjuntivite em Pernambuco já ultrapassam números de 2017

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De janeiro até maio deste ano já foram constatados pela instituição 37.047 casos de conjuntivite viral, números que ultrapassam todo ano de 2017 de 17.821 pacientes contaminados pelo vírus



Exame oftalmológico
Foto: Brenda Alcântara / Folha de Pernambuco

Os casos de conjuntivite em Pernambuco já ultrapassam os números de 2017. A informação foi divulgada na tarde desta quarta (16) em coletiva de imprensa na Fundação Altino Ventura (FAV), no bairro da Boa Vista, região central do Recife.

Os números repassados pela instituição são referentes aos atendimentos na emergência até o dia 14 de maio deste ano. Desde janeiro, já foram constatados pela instituição 37.047 casos de conjuntivite viral, número que ultrapassa o total de casos de todo o ano passado, quando 17.821 pacientes foram contaminados pelo vírus. 

A oftalmologista Edilana Sá, da FAV, garante que é o maior surto dos últimos dez anos, quando, no ano de 2009, foram registrados 998 casos a cada 24 horas.

Outro dado alarmante apresentado na coletiva foi o resultado das duas primeiras semanas de maio deste ano, quando foram registrados 5.599 casos. Já no mesmo mês de maio do ano passado, os números foram 12 vezes menores.

O surto de conjuntivite em Pernambuco teve em início em novembro do ano passado segundo a FAV, mas, segundo a instituição, não há causas específicas que justifiquem os altos índices do vírus.

Buscando descentralizar o atendimento, a Fundação Altino Ventura firmou uma parceria com a Secretaria de Saúde de Pernambuco (SES) e realizou, no último mês de abril, treinamento para 120 médicos das Unidades de Pronto Atendimento (UPA) do Estado. “Nós não temos mais capacidade física nem humana para dar conta desse quantitativo tão expressivo”, afirma a oftalmologista Edilana Sá.

Em contato com o Portal FolhaPE, a SES informou que os profissionais que atuam nos postos de saúde dos municípios são capacitados para diagnosticar a doença. "Após identificar o aumento no atendimento de pacientes com conjuntivite na rede especializada, [a Secretaria Estadual de Saúde] mobilizou e realizou, no mês de abril, capacitação da rede de atenção primária e de urgência e emergência para reforçar o protocolo de atendimento para esse tipo de caso", disse em nota. 

Ainda segundo a Secretaria de Saúde apenas quando necessário, os pacientes, depois de serem atendidos nas unidades de saúde do município, são encaminhados para a FAV, que, ainda segundo a SESa, é a única instituição pública no Estado apta a tratar da saúde dos olhos.

Doença


A conjuntivite é a inflamação da membrana transparente e fina - chamada conjuntiva -, que reveste a parte da frente do globo ocular. De acordo com a SES, a doença, em geral,  acomete os dois olhos, pode durar de uma semana a 15 dias e não costuma deixar sequelas.

Causas


As principais causas de conjuntivite são: alérgenos (substâncias que provocam reação alérgica), traumas, irritação química e infecções por vírus, bactérias ou fungos. Contudo as causas mais frequentes são as alérgicas, infecções por vírus e bactérias. A doença é mais frequente no período de verão, já que a disseminação é favorecida pelo calor e umidade.

Transmissão


A transmissão, segundo a Secretaria Estadual de Saúde, ocorre pelo contato direto com secreções oculares de pessoas infectadas e também de forma indireta, na qual o contágio ocorre por meio de objetos, superfícies e instrumentos contaminados como equipamentos oftalmológicos, toalhas, travesseiros, lenços, lápis, copos, entre outros.

 Sintomas


Os principais sintomas da conjuntivite são hiperemia da conjuntiva (olhos vermelhos) e lacrimejamento; coceira, irritação e sensação de desconforto nos olhos; secreção purulenta ou esbranquiçada; pálpebras grudadas ao despertar; fotofobia e sensação de areia ou ciscos nos olhos.
 

Prevenção


Confira abaixo as medidas de prevenção e controle:

• Lavar com frequência, com água e sabão, as mãos e o rosto;

• Evitar coçar os olhos;

• Utilizar, quando possível, lenços e toalhas descartáveis e/ou individuais;

• Utilizar travesseiros individuais;

• Evitar o uso de objetos como copos, talheres e maquiagem de pessoas com conjuntivite;

• Evitar frequentar piscinas e também o uso de lentes de contato;

• Evitar frequentar locais com aglomerações, como escolas, creches e locais de trabalho ou clubes, quando acometido pela doença.

• Crianças com conjuntivite requerem cuidados especiais com higiene, principalmente das mãos. Devem ser afastadas de escolas, creches etc.

• Evitar atividades de grupo enquanto a secreção ocular estiver presente;

• Limpar as superfícies que foram tocadas por pessoas com conjuntivite com água e sabão e, posteriormente, com álcool a 70%.


Por: Folha PE.


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