Mestre Luiz Antônio(Foto: Daniela Nader).

Em Caruaru, se prestarmos atenção vamos descobrir que a projeção de seus artesãos ocorre por grupos familiares. Por exemplo, a família de Luiz Antônio da Silva e sua esposa Maria do Nascimento Silva. Luiz Antônio é consagrado pelo estilo inconfundível na representação de trabalhadores em plena atividade, com toda maquinaria e aparato dessas profissões, a exemplo de eletricistas, mecânicos, fotógrafos, cinegrafistas, motoqueiros. Com orgulho ele revela o sucesso de uma de suas peças: ao assistir um eletricista trocar um poste no Alto do Moura reproduziu a cena em cerâmica. Na comemoração do novo poste, a peça reproduzida foi oferecida de presente ao povo do lugar. Outras figuras também fazem parte do seu repertório, como cenas tradicionais religiosas e banda de pífanos. Luiz Antônio era amigo do Mestre Vitalino nutria grande apreço por ter iniciado por ele na arte da cerâmica. Por sua vez Leonaldo do Nascimento e sua filha Josicleide Bezerra do Nascimento dedicam-se à produção  de cerâmica figurativa. Por sinal, ela passou a ter contato com a arte do barro ajudando seus pais na produção de porta-lápis, porta-chaves etc. Ela reproduz peças tradicionais, a exemplo dos retirantes, trios do forró e outras figuras populares da região, colocando-as em alto-relevo.  A artesã Maria Claudineide Rodrigues da Silva,  de Luiz Antônio, inicou muito cedo na profissão do barro com seu pai Manuel Antônio, contemporâneo e discípulo de Vitalino. Dedica-se à produção de peças pequenas  retratando o cotidiano, e à produção de santos. Antenada com o mercado, ela tem uma marca pessoal no atendimento à demanda. “O freguês é quem opina que trabalho ele quer que eu faça”, explica.