Conceição das Crioulas - Salgueiro (Foto: Google).

É verdade, Salgueiro é um município sertanejo surpreende por reunir belezas naturais, resistência cultural e que se firma, a cada dia mais, como polo econômico e de turismo. Sua gastronomia, como o de toda a região, é rica e variada. Mas uma coisa é certa, a modernidade não foi capaz de apagar suas tradições seculares. Uma visita a Conceição das Crioulas é a pedida perfeita para quem deseja conhecer as raízes do lugar. No local que fica a uma hora de carro da sede vivem remanescentes quilombolas que ganharam visibilidade  nacional pelo engajamento nas causas raciais, por sua banda de pífanos, capaz de encantar gregos e troianos, seu artesanato e também pela singular Dança do Trancelim. A cultura local também conta com trabalhos em couro de Zé do Mestre e descendentes. Há festas em torno do Centro de Cultura, Lazer e Turismo por ocasião do Carnaval. Nessa épocas é impossível resistir ao frevo da agremiação da Bicharada do Mestre Jaime. Convém anotar para não esquecer o Festival da Sanfona em abril.  Outras dicas culturais importantes são a praça da Igreja Matriz, com interessante casario e a Igreja de Santo Antônio de 1835, no Centro; o museu da cidade, na rua Maria Adelaide Leitinho, 219; o Chalé Viva Maria, na Praça Benjamim Soares, 415, a Capela N.S. da Conceição, do século XIX no Distrito de Conceição das Creoulas. Sugere-se também uma visita à Associação Quilombola de Conceição das Creoulas, na Rua Padre Norberto, s/n. Não se pode esquecer que saco vazio não se põe em pé. Espaços para almoço, jantar, lanche é o que não falta, e de boa qualidade, como é o caso de Chama´s Grill e de Ferreira Espetos. Garantimos uma coisa, tem muito mais a ser visto, deglutido e/ou apreciado. Que tal o artesanato de Salgueiro? Lojinhas estão disponíveis em um único lugar, o Centro. Há peças de grupos variados, como bonequinhas e acessórios em fibra dos quilombolas de Conceição das Crioulas e também peças  em couro dos familiares de Zé do Mestre; colares, pulseiras e adereços produzidos pela aldeia indígena Atikum; bolsas, colares e pulseiras, além de fuxicos, bordados, rendas e obras em material reciclado. Funcionamento diário das 16 às 21h, Rua Presidente Getúlio Vargas. Em Salgueiro, o Memorial do Couro também não pode deixar de ser visitado. As fotos expostas no local contam a vida e o cotidiano dos vaqueiros, tendo como elemento central o couro – Rua Amaro Conserva, 95.