SAUDADE MADRUGADA

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A madrugada surpreende-me com
As gotas da chuva que
Me outonam em infláveis
Lembranças... pingando-me, em toques
Escorregadios de olhares
Trocados...
Despojada, minha pele se acalenta com o frescor que ainda resta do orvalho febril de um verão apaixonado, que armazenou-se em mim como brasa de um vulcão encarnado...
Hoje, na flor da saudade
Que deixastes nas campinas desse sertão...
Sonhando vou, a contemplar tua cantiga
Na copa da aroeira, feito
Andorinhas que quando
Chove se acampam nos ninhos de sol sombrado...
Sinto o cheiro do teu riso
No canto do rouxinol, lá  no buquê amarelo
Dos raios do amanhã
Que floreia-me no crepúsculo  vermelho das areias do meu ser... aí, espraio
Minha saudade em rosas
De borboletas que passeiam nas flores azuis de maio... oferecendo-se em néctares dos meus versos enfeitiçados pela paixão cravejada que armazenasses em mim.

Maluma Marques  - Escritora e Jornalista Presidente do Jornal TERRA DA GENTE  - Surubim, Pernambuco.



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4 comentários:

  1. Lindo seu Blog, Maluma!
    Poema lindo e de muita sensibilidade! Parabéns!!!

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  2. Sensibilidade, vocação e talento. A escritora deixa transparecer em seus versos uma saudade incontida mergulhada no âmago do próprio ser. Traduzindo toda emoção que a ajuda sobreviver.

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  3. Obrigada Unknown,decifrou direitinho bjs

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