QUEM TEM MEDO DO 8 DE JANEIRO?

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José Nivaldo Junior.


Uma CPI, até o gramado da esplanada conhece a frase: sabe-se como começa mas ninguém arrisca dizer aonde vai parar. Qual a diferença de uma CPI para uma CPMI, como a que começa por esses dias? O M. De mista, ou seja, é uma CPI como outra qualquer, só que conduzida em parceria  pela Câmara e pelo Senado.

A ESSÊNCIA 

A CPI  é uma medida constitucional que pode ser instalada pela minoria. Ou seja, é um instrumento de fiscalização. Embora governos sabidórios usem sua força para impor maioria nas Comissões e aí perde-se o sentido original.

COMO AGORA

O governo de Lula fugia da CPI do 8 de janeiro como o diabo da cruz. Porém, diante de fatos embaraçosas que foram sendo revelados, ficou feio ser contra. Mais que isso: levantava a pergunta sobre o que o governo queria esconder. Melhor ficar a favor e usar o poder de fogo no Congresso para ocupar cargos chaves e controlar o andamento.

TEM ALGUM BABACA AÍ? 

Ninguém, absolutamente ninguém,  bem informado, acreditou na versão oficial sobre as depredações nas sedes dos três poderes, em Brasília, no fatídico domingo 8 de janeiro. Muitos, acataram por conveniência. Calaram diante dos absurdos do STF, leia-se Alexandre de Moraes, por medo ou também conveniência. Por outro lado,  ninguém de bom senso tem dúvida: os baderneiros eram por natureza e adesão, partidários do presidente Jair Bolsonaro. Eles se deslocaram à Esplanada, invadiram prédios públicos, depredaram cometeram crimes. Estão sujeitos à punição cabível, seguindo os trâmites legais. Agora, feito patos furiosos,  vestidos com as cores nacionais, caíram na Armadilha montada para eles. 

PORÉM

Nada, absolutamente nada, a não ser interesses político ideológicos, justifica o uso das palavras GOLPE e GOLPISTAS para os manifestantes fora da lei. Badernaço. Depredações. Invasores de prédios públicos institucionalmente sagrados. Mas golpistas, não. Nunca, jamais em tempo algum, depois da Inconfidência Mineira, existiram golpistas sem  armas. Por amor ao bom senso tirem essa palavra da pauta. Ainda restam muitos artigos para enquadrR os baderneiros.

A CPMI

Vai apurar isso, se for conduzida com seriedade: alucinados bolsonaristas invadiram e depredaram sem qualquer outro objetivo a não ser depredar, sem qualquer consequência institucional articulada por eles. Fizeram isso, com a inestimável contribuição das forças de segurança que deveriam proteger os prédios invadidos, sabiam da invasão anunciada e esperaram acontecer para entrar em ação. Esta feita minha CPI. 

PERGUNTAS A MAIS

Vão surgir muitas. 

Quem introduziu no Palácio do Planalto baderneiros ligados a grupos marginais não bolsonaristas que, antes da invasão, depredaram o interior do prédio? Quem quebrou o histórico relógio, que  paralisou os ponteiros duas horas antes da multidão se aproximar?  Para onde foram esses “ “precursores”? Quem os tirou do Palácio?  E por  aí vai.  

APAGÃO

O general Gonçalves Dias, ministro chefe do Gabinete de Seguranca Institucional, amigo e da confiança de Lula desde sempre, admitiu,  à Policia Federal que a “inteligencia” militar do Planalto deu um apagão. Com todo o respeito, é mentira. Desde a sexta feira, a tal “inteligencia” sabia de preparativos para o badernaço. O próprio Dias soube no sábado que caravanas se deslocavam para Brasília. E no domingo pela manhã que oradores inflamados incitavam os manifestantes a invadir as sedes dos poderes. Que providências tomou? Nenhuma. 

CPMI

Se for séria, vai ser animada.

Para confirmar e dar detalhes ao que todo mundo, com um mínimo de senso crítico, já sabe.

Pagar para ver.


Por: José Nivaldo Junior - Publicitário. Historiador. Da Academia Pernambucana de Letras.  

Autor do best-seller internacional “Maquiavel, o Poder”. 




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