10 PROBLEMAS QUE ABALAM O MUNDO

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José Nivaldo Júnior.


Tradicionalmente, desde a sua instalação, o Brasil indica quem vai fazer o discurso de abertura da Assembleia Anual das Nações Unidas. 

Este ano, depois de uma larga ausência, o presidente Lula fez a sua fala. Nela, explicitou os grandes problemas do mundo atual. Que alcançam do morador de Nova York ao habitante de Tamboatá.

Vamos a eles.

1. CRISE CLIMÁTICA

O mundo se deu conta da gravidade da crise climática.

Hoje, ela bate às nossas portas, destroi nossas casas, nossas cidades, nossos países, mata e impõe perdas e sofrimentos a nossos irmãos, sobretudo os mais pobres.

2. FOME 

A fome atinge, hoje, 735 milhões de seres humanos, que vão dormir cada noite sem saber se terão o que comer amanhã.

3. DESIGUALDADES

O mundo está cada vez mais desigual.

Os 10 maiores bilionários possuem mais riqueza que os 40% mais pobres da humanidade.

O destino de cada criança que nasce neste planeta parece traçado ainda no ventre de sua mãe. A parte do mundo em que vivem seus pais e a classe social à qual pertence sua família irão determinar se essa criança terá ou não oportunidades ao longo da vida.

Se irá fazer todas as refeições ou se terá negado o direito de tomar café da manhã, almoçar e jantar diariamente.

Se terá acesso à saúde, ou se irá sucumbir a doenças que já poderiam ter sido erradicadas. 

4.DEMOCRACIA AMEAÇADA

A democracia garante que possamos superar  o ódio, a desinformação e a opressão. No entanto, cada vez mais ela é desafiada por pensamentos distorcidos de direita, que desumanizam as pessoas e levam a sociedade ao atoleiro da tirania.

5. MUNDO TURBULENTO

A comunidade internacional está mergulhada em um turbilhão de crises múltiplas e simultâneas: a pandemia da Covid-19; a crise climática; e a insegurança alimentar e energética ampliadas por crescentes tensões geopolíticas. O racismo, a intolerância e a xenofobia se alastraram, incentivadas por novas tecnologias criadas supostamente para nos aproximar. Se tivéssemos que resumir em uma única palavra esses desafios, ela seria desigualdade. 

6. RITMO LENTO

A mais ampla e mais ambiciosa ação coletiva da ONU voltada para o desenvolvimento – a Agenda 2030 – pode se transformar no seu maior fracasso.

Estamos na metade do período de implementação e ainda distantes das metas definidas. A maior parte dos objetivos de desenvolvimento sustentável caminha em ritmo lento. O imperativo moral e político de erradicar a pobreza e acabar com a fome parece estar anestesiado.

Nesses sete anos que nos restam, a redução das desigualdades dentro dos países e entre eles deveria se tornar o objetivo-síntese da Agenda 2030.

7. INCLUSÃO

Reduzir as desigualdades dentro dos países requer incluir os pobres nos orçamentos nacionais e fazer os ricos pagarem impostos proporcionais ao seu patrimônio.

8. IGUALDADE 

Impõe-se a igualdade salarial entre mulheres e homens no exercício da mesma função.

Combater o feminicídio e todas as formas de violência contra as mulheres.

Sermos rigorosos na defesa dos direitos de grupos LGBTQI+ e pessoas com deficiência.

Resgatarmos a participação social como ferramenta estratégica para a execução de políticas públicas.

9. PRINCÍPIOS CORROÍDOS

O princípio sobre o qual se assenta o multilateralismo – o da igualdade soberana entre as nações – vem sendo corroído.

Nas principais instâncias da governança global, negociações em que todos os países têm voz e voto perderam fôlego. Quando as instituições reproduzem as desigualdades, elas fazem parte do problema, e não da solução.

10. CONFIANÇA ABALADA

Nesse ínterim, o desemprego e a precarização do trabalho minaram a confiança das pessoas em tempos melhores, em especial os jovens.

Os governos precisam romper com a dissonância cada vez maior entre a “voz dos mercados” e a “voz das ruas”.

O neoliberalismo agravou a desigualdade econômica e política que hoje assola as democracias.

Seu legado é uma massa de deserdados e excluídos.

MORAL DA HISTÓRIA

Salvar o planeta deixou de ser discurso exótico de militantes tresloucados. Virou tarefa de todos nós.


Por: José Nivaldo Júnior - Publicitário. Historiador. Da Academia Pernambucana de Letras.  

Autor do best-seller internacional “Maquiavel, o Poder”. 




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