VERSO E PROSA

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Ronnaldo de Andrade.


Estreio, hoje, neste periódico, com a sessão “VERSO E PROSA”. Nela postarei e falarei, exclusivamente, sobre poemas meus e alheios. Trarei, também, alguns pontos de vistas, em prosa (e o título já é autoexplicativo) a respeito de alguns livros, músicas e outras áreas, quando entender ser pertinente. Todavia, reafirmo que o trabalho estará direcionado mais ao gênero poético, principalmente à nova forma poética denominada de SPINA (ou Spina, só com o S maiúsculo), o que não irá impedir que apresente outras tenências poéticas!

Agradeço à jornalística e conterrânea, Maluma, pela oportunidade dada. Estendo essa gratidão ao amigo e colega de profissão, professor Jorge, de Santa Maria do cambucá, minha cidade (alusão à linda canção de Reginaldo Rossi, “Recife Minha Cidade”, lançada em 1984, se a memória já não estiver sendo traiçoeira) onde nasci e vivi até os meus dezessete anos e meio. Agradecemos a ele por ter me apresentado à amiga Maluma. Levando-me, assim, de volta à Pernambuco, ao menos por meio de minha poesia, minha escrita.

Peço, gentilmente, aos leitores desta página que enviem suas sugestões, observações, críticas e dúvidas, que interajam conosco (@ronnaldodeandradespina, instagram, Ronnaldo De Andrade, facebook) e compartilhem cada edição. Não tenho muito conhecimento do que de novo vem acontecendo no campo poético em Pernambuco, quais tendências têm surgido neste século XXI. No entanto, sei que “o mais importante prêmio da literatura nacional, o Jabuti, foi concedido a uma poeta pernambucana em 2020: Cida Pedrosa. A primeira mulher de Pernambuco a ser contemplada com tamanha honraria. O livro premiado é o “Solo para Vialejo”. 

Dada esta breve explicação do que pretendo realizar aqui, e como citei o poema SPINA, deixo dois para que você, leitor(a) vá se familiarizando com sua estrutura. Na próxima edição publicarei as regras básicas dessa nova forma de se fazer poema e mais alguns SPINAS. Leiamos agora:


SPINA (Nova forma poética )


CÂNTICO DE APRAZÍVEL SAUDADE 


(In Memoriam do meu avô materno Biu Cassange)


Morreste, meu avô,

há bastante tempo...

Ah, quanta saudade!


Hodiernamente ausculto tua voz acolhedora,

alegro-me prognosticando que estás comigo;

embevecido, aglutino lágrimas de felicidade.

Lembranças deleitosas invadem minha alma,

lugar onde ganhaste axiomática imortalidade!


A AGUDEZA DA DOR SÔFREGA


Despencam as águas

rasgando os âmagos

milimétricos da terra.


Soam gritos doridos, soluços estrepitosos,

das entranhas esperançosas por respostas;

singram as mazelas irreversíveis – guerra!

Novas tempestades decaem ceifando vida,

similar cataclísmica alude, ou motosserra!

Por: Ronnaldo de Andrade - Poeta e Professor, tem quatro livros publicados 
e organizou quatro antologias de poemas SPINAS.


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