VELHAS AMIZADES

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José Vieira Passos Filho.


Eles são amigos de longas datas – velhos amigos. Evidente que já passaram da meia-idade. Encontram-se há mais de 15 anos. Todas as tardes estão lá, na entrada da Galeria 20, orla de Ponta Verde. São, em sua maioria, viçosenses da “velha guarda”. 

Suas conversas abordam todos os assuntos. Mas não deixam de comentar sobre os viçosenses; o que fazem na atualidade e aqueles do passado, amigos de quando residiam na querida Viçosa.

Os amigos de quem estou falando são: Arany Costa, Carlos Wellington Vilela, Dênis Portela de Melo, Jader Tenório, José Alfredo Rodrigue, José Edson Castro Reis (Coruripe), José Eutímio Brandão, José Maria Barros (Capela), José Maria de Melo da Costa (Palmeira dos Índios), José Maria Mota, Marcelo Loureiro, Moacir Tenório de Albuquerque, Robson Soares de Araújo, Sergio de Almeida Nobre e Severo. Do grupo, Dêvis Portela de Melo e Herbert Leite Vilela (Bety), participam lá do Céu. 

Outro dia estive com essa turma dos velhos amigos da Viçosa; também meus conhecidos. Fui levar o jornalzinho que um grupo de intelectuais viçosenses estão editando: VIÇOSA LITERÁRIA. O periódico está procurando noticiar, aos viçosenses e alagoanos, quem são os novos eruditos da terra de Manuel Francisco - o precursor das famílias viçosenses; traz também poemas e artigos dos literatos de antigamente, de uma fase áurea que a Viçosa viveu, quando passou a ser chamada Atenas Alagoana. 

Fiquei envaidecido com os elogios e incentivo que recebi, em nome do grupo que estava representando, para dar continuidade as nossas atividades literárias. Nos poucos momentos que estive com os conterrâneos, (só nos encontramos em ocasiões especiais: 13 de Outubro – Emancipação de Viçosa; eleições, visto que muitos deles ainda votam na cidade), presenciei o clima de cumplicidade e alegria que existe entre eles. Vaticinei para o grupo: até o final deste ano de 2018 passarei a frequentar aquelas prazerosas tardes; creio que serei bem recebido. 

Sempre procuro conservar minhas antigas amizades. São nossos melhores amigos, os velhos amigos. Às vezes passamos anos sem ver os companheiros da infância, da faculdade, da rua onde já moramos por longos anos; mas, quando nós encontramos, é aquele abraço!  São assuntos que não acabam mais. Descobrimos que, mesmo não nós encontrando regularmente, sabemos muitas coisas do período que estivemos ausentes, porque sempre preguntamos por eles, por intermédio de outros amigos. Que saudade quando nós despedimos! O João, o José, o Antônio, a Maria, será que iremos nos ver novamente? Seus cabelos brancos, o rosto enrugado, o caminhar trôpego, as lentes dos meus óculos não os enxergam assim. 

Velhos amigos, grandes amizades.   

Por: José Vieira Passos Filho - Pres. da Academia Alagoana de Cultura, Sócio Efetivo do Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas, Sócio Efetivo da Academia Maceioense de Letras, 
Sócio Honorário do SOBRAMES (AL), Sócio Efetivo da Comissão Alagoana 
de Folclore. Presidente da ALB de Alagoas


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