CONSCIENTIZAÇÃO SOBRE AS MUDANÇAS CLIMÁTICAS

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Arlinda Lamêgo.


A Ecologia Histórica desloca os ecossistemas para coletivos humanos que alteram o clima pela pecuária, garimpos, mineração, extração de madeira. Em bilhões de anos do planeta, aconteceram eventos climáticos por vulcões e terremotos, secas e cheias levou à extinção de muitas espécies. 

A revolução industrial no final do século XVIII aumentou o CO2 na atmosfera. Praticamente 100% do aumento por gás carbônico são resultado da queima de combustíveis fósseis, petróleo, carvão, gás natural e desmatamento. Respondem por de 12% das emissões. A agricultura por 25%.  Sobra a produção industrial. O gás carbônico fica 150 anos na atmosfera e 15% continua por mil anos. O óxido nitroso fica por mais de 250 anos. O gás metano permanece de 9-11 anos na atmosfera e responde por 0,5ºC do aquecimento. Outros gases emitem os clorofluorcarbonos (CFCs). O agronegócio aumenta o dióxido de carbono ou CO2, metano e óxido nitroso. O gás metano na agricultura e pecuária se dá pela fermentação entérica da grama que o boi come, compõe grande parte do gás natural. 

O aquecimento global leva ao degelo, aumento do nível dos oceanos, a desertificação, a alteração do regime das chuvas, inundações, redução da biodiversidade, ondas de calor, El Niño e La Niña, que consistem no aquecimento e resfriamento, respectivamente, das águas superficiais do Oceano Pacífico próximo ao Peru. 

A catástrofe e emergência ambientais climáticas no Rio Grande do Sul em 2024, teve 1 milhão de pessoas atingidas. Em setembro e em novembro de 2023, o Rio Grande do Sul enfrentou enxurradas históricas. A vulnerabilidade é devida aquecimento global. O RS tem 313.000 pessoas que vivem em áreas de risco. A terra de Mario Quintana ficou devastada pela água, cidades inteiras submersas.  Perdas vitais, pertences e memória como fotografias, talvez a mais sagrada. O símbolo é um cavalo salvo em telhado de zinco. 

Entre 1991 e 2022, o RS enfrentou 7.565 desastres, o segundo com mais catástrofes do clima nos últimos 30 anos. Em primeiro está Minas Gerais, e em terceiro, Santa Catarina. Em relação aos prejuízos impostos, o Rio Grande do Sul é o primeiro. Os custos públicos e privados, entre 1994 e 2022, foram R$ 64,6 bilhões onde R$ 63,1 bilhões são privados, e R$ 1,4 bilhão, dinheiro público. O Ministério da Ciência e Tecnologia informa que isso acontece há seis décadas, com 142 municípios vulneráveis, inclusive Porto Alegre. 

Reverter o aquecimento global é quase impossível. Se zerar as emissões até 2050, temperaturas podem se equilibrar no próximo século.   Enfrentar a poluição ambiental e o aquecimento global são responsabilidade de governantes, empresas e de cada um de nós. Reduzir a geração de resíduo, fazer trechos menores a pé, conferir o envolvimento dos fabricantes sobre desmatamento e mineração, investir em Bancos responsáveis.   

Arlinda Lamêgo - Recifense, Médica, Escritora e Poeta.


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