PROBLEMATIZAÇÕES HUMANAS, SUAS ORIGENS E PLAUSÍVEIS SOLUÇÕES

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Dinalva Carabajal.


 A Questão da Escravidão – Antiguidade até o Século XIX

A escravidão remonta à Antiguidade, sendo uma prática comum em civilizações como Egito, Roma e Grécia. Sua perpetuação no tempo, especialmente no contexto colonial europeu, teve como base a exploração econômica e a construção de sociedades hierárquicas, onde os escravizados eram tratados como mercadoria.

O movimento abolicionista, que ganhou força nos séculos XVIII e XIX, destacou-se como solução para essa problemática, culminando na assinatura de leis abolicionistas, como a Lei Áurea no Brasil (1888).

Visão da ALB/ Humanitária: A escravidão mantém-se dissimulada no Mundo Moderno. A solução mais eficaz, por um lado, ainda está no combate à discriminação racial e o trabalho escravo. Por outro, deve-se promover a valorização da liberdade e igualdade para a consolidação de uma sociedade efetivamente plural.

A Peste Negra – Século XIV

A Peste Negra, que devastou a Europa no século XIV, teve origem na Ásia, sendo transmitida através de pulgas de ratos. Sua disseminação foi acelerada por rotas comerciais, agravada pela falta de higiene e pela ausência de conhecimentos sobre doenças infecciosas.

Embora a ciência moderna não tivesse ferramentas adequadas na época, a quarentena e o isolamento de doentes foram algumas das primeiras formas de controle. 

O grande salto: a solução definitiva surgiu com o avanço da microbiologia, como o desenvolvimento de vacinas, antibióticos e, mais recentemente, a erradicação de doenças por meio da colaboração internacional.

A Revolução Industrial – Século XVIII e XIX

O nascimento da Revolução Industrial teve início na Inglaterra, motivado pela busca por aumento de produtividade, novas tecnologias e mudanças na estrutura social. No entanto, a industrialização trouxe consigo condições desumanas de trabalho, poluição ambiental e exploração de mão de obra.

A resposta a essas problemáticas veio com o surgimento dos direitos trabalhistas e das leis de proteção ao meio ambiente. 

O grande avanço: a regulamentação do trabalho infantil, jornada de trabalho e condições de segurança, além da criação de políticas públicas de controle da poluição, são exemplos de soluções que buscam equilibrar os avanços tecnológicos com o bem-estar social.

A Questão Ambiental – Século XX e XXI

Desde a Revolução Industrial, o ser humano tem explorado os recursos naturais de forma cada vez mais intensiva. A extração de recursos, a poluição e a destruição de ecossistemas originaram uma crise ambiental global.

A conscientização sobre o impacto humano no meio ambiente trouxe à tona discussões sobre o desenvolvimento sustentável, a preservação da biodiversidade e o combate às mudanças climáticas. 

Evolução contínua: a criação de acordos internacionais como o Protocolo de Kyoto (1997) e o Acordo de Paris (2015), além de inovações tecnológicas como energias renováveis e economias circulares, são passos importantes para mitigar esses danos.

A Questão das Guerras Mundiais – Séculos XIX e XX

As duas Guerras Mundiais, especialmente as duas grandes conflagrações do século XX, tiveram suas raízes em disputas imperialistas, nacionalismo exacerbado e a corrida por poder econômico e territorial.

O fim da Segunda Guerra Mundial deu origem à criação da Organização das Nações Unidas (ONU), com a intenção de promover a paz e evitar a eclosão de novos conflitos. 

Novas conquistas: o conceito de diplomacia preventiva, a cooperação internacional e a desmilitarização de várias regiões têm contribuído para a redução da violência global, embora conflitos regionais ainda existam.

A Desigualdade Social – Século XIX até o presente

A desigualdade social é um fenômeno presente em todas as sociedades humanas, originada pela distribuição desigual de recursos, educação e poder. As revoluções industriais e as transformações políticas do século XIX exacerbaram essa desigualdade.

Soluções para reduzir a desigualdade social incluem a implementação de políticas públicas voltadas à educação, saúde, emprego e redistribuição de renda, além da criação de sistemas de seguridade social que garantam o acesso básico à população. 

Aspirações que não cessam: movimentos sociais e o fortalecimento de direitos humanos são elementos fundamentais na luta pela redução das disparidades supra.

7. O Problema da Fome e da Pobreza – Séculos XIX e XX

A fome e a pobreza resultam, entre outros fatores, pela falta de acesso a recursos, distribuição desigual de alimentos, e crises econômicas. A revolução agrária e a modernização industrial, por exemplo, não foram acompanhadas de uma distribuição equitativa dos frutos dessa riqueza.

Organizações internacionais, como a FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura), promovem programas de segurança alimentar e agricultura sustentável. 

União Global: políticas de erradicação da pobreza, como os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), visam garantir uma abordagem global e integrada para combater essas problemáticas.

A Inteligência Artificial e a Automação – Século XXI

A revolução tecnológica do século XXI, impulsionada pelo avanço da inteligência artificial, tem provocado mudanças profundas nos mercados de trabalho e nas relações sociais. A automação de processos ameaça substituir postos de trabalho humanos e intensificar desigualdades no acesso à tecnologia.

Visão da ALB/ Humanitária: a solução passa pela criação de políticas públicas que regulamentem a implementação da IA de forma ética e justa, além de programas de requalificação profissional para a adaptação da força de trabalho. A cooperação internacional no desenvolvimento de uma IA acessível e inclusiva também é crucial para garantir que os benefícios dessa tecnologia sejam distribuídos equitativamente.

Cada uma dessas problemáticas abordadas de forma estratifica neste artigo, produzido com exclusividade para o Jornal Terra da Gente, apesar de originadas em diferentes tempos históricos, compartilha de um ponto comum: a necessidade de adaptação e a busca incessante por soluções que tragam mais justiça, equidade e harmonia à sociedade humana. 

Segundo a visão institucional da ALB, como parte de suas máxima, conhecermos a origem desses problemas e as respectivas soluções em suas épocas, bem como o que vêm sendo proposto, faz-se fundamental para um avançar humano contínuo como civilização, de forma a minimizar os impactos negativos das problematizações conjuntas, promovendo-se, pelo amor, ciências e vontade irrefutável de conquista de um futuro mais equilibrado e justo, com suor e persistência, firme determinação e sobretudo união, para nos fazermos mais fortes e consistentes. 

Por: Dinalva Carabajal - Bacharel em Teologia (Faceten); Jornalista e empresária; Juíza Arbitral (8ª Câmara Arbitral/RJ); Comendadora e Doutora h/c em Direitos Humanos (OMMDH); Embaixadora Cultural para o Brasil (Divine Académie Française des Arts Lettree et Culture); Diretora Global (ALB/ Humanitária).


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