AS TRANSFORMAÇÕES DO MUNDO

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José Vieira Passos Filho


O mundo tem pressa. Isso é o que dizem as nossas experiências e a literatura: “A história do mundo para quem tem pressa”, “Uma breve história do mundo”, “Uma breve história do cristianismo”, “A história da mitologia para quem tem pressa”. Para perceber as transformações do mundo, o melhor parâmetro é comparar o presente com o passado. Antes do século XIX, as mudanças eram muito lentas. Hoje, não há como viver em lentidão. O progresso nos empurra para frente, logo, ligeiro, cansando os mais velhos ao mesmo tempo em que os chocam. Costumam dizer: “no meu tempo não era assim”, e bate o saudosismo. Não param para pensar nos benefícios do tempo atual, tais como a especialidade médica geriátrica, os exercícios para proteger os ossos, melhorar o equilíbrio como Pilates e hidroginástica.

Foram muitas as mudanças que aconteceram: o automóvel veio substituir os veículos sob tração animal, tendo como consequência encurtar distâncias, facilitar, dar mais conforto e assim integrar os povos. Contamos ainda com o avião, o telégrafo, o telefone, o rádio, a televisão, o fax, o celular, o computador, a internet e seus derivados como formas progressivas tecnológicas de locomoção, comunicação e informação que transformaram o mundo a partir da metade do século XX e esse início do século XXI. Quem viveu no tempo do cavalo, hoje apenas um objeto de lazer, estranha o progresso. 

Felizmente muitas pessoas e não somente os jovens aderiram plenamente as mudanças dos tempos atuais como corrida de carro (Fórmula 1) e os diversos esportes da Rio 2016.  Antigamente dançava-se juntinho ao ritmo do bolero. Hoje se dança solto ao som de músicas que nunca antes se imaginava. Temos que falar ainda nas profissões que surgiram. As Universidades oferecem uma gama de cursos: computação, gastronomia, moda, editoração, medicina com especialização em transplantes de órgãos. Também a engenharia partiu-se: não é apenas a civil, temos a ambiental, a de segurança, e muitas outras especializações. Os cursos à distância, possibilitam maior número de pessoas galgarem curso superior. Além disso, os jovens de hoje são muito mais antenados. Eles se divertem, mas batalham em busca de melhores empregos, como forma de crescimento e de seu próprio sustento. Daí eles partem para cursos mais avançados, tipo doutorado, pós-doutorado. Já não falam uma só língua. Têm muita cultura, que lhes proporcionam ver o mundo com mais clareza. Acreditam na aprendizagem permanente e no crescimento contínuo. Enfatizamos também as empresas que oferecem aos seus empregados oportunidade de realizar suas tarefas em casa, porém monitorados. Uma economia de tempo e dinheiro (no transporte, lanche, almoço) e mais conforto (trabalhar em casa).

Pergunto com entusiasmo: Que mundo é esse que facilita tanto a nossa vida? Que esqueceu a máquina de bater ponto? Que faz o idoso ter melhor qualidade de vida?

O Brasil avança.

Mas tenho outra indagação: como ser parte ativa desse desenvolvimento sem perder a plenitude do convívio familiar? Ser inteiro como filho, pai, mãe? Sem o abraço? Sem os encontros? Sem as festas de aniversários, de casamento? Sem o NATAL EM FAMÍLIA?

Por: José Vieira Passos Filho - Pres. da Academia Alagoana de Cultura, Sócio Efetivo do Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas, Sócio Efetivo da Academia Maceioense de Letras, 
Sócio Honorário do SOBRAMES (AL), Sócio Efetivo da Comissão Alagoana 
de Folclore. Presidente da ALB de Alagoas


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