Confirmada 1ª morte por dengue este ano em Pernambuco

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Caso registrado em Caruaru se soma às duas mortes associadas à chikungunya confirmadas em 2016
Foto: James Gathany.

Depois de registrar dois casos de óbito por chikungunya, Pernambuco tem a primeira morte por dengue de 2016 confirmada. O caso aconteceu em Caruaru e foi apresentado no boletim da Secretaria Estadual de Saúde (SES) divulgado ontem. Até o momento, são 133 óbitos por arboviroses notificados, dos quais além dos três divulgados quatro estão descartados e os outros permanecem em investigação. Os casos preocupam a SES, e ontem uma equipe do Ministério da Saúde chegou ao estado para investigar as circunstâncias de cada falecimento. As equipes começam a trabalhar hoje.

Serão analisadas amostras das mortes confirmadas, para tentar achar características semelhantes entre os casos, e também amostras coletadas em todos os casos de óbitos suspeitos. O trabalho começará com a análise dos casos computados na primeira regional de saúde, que compreende a Região Metropolitana do Recife (RMR) e tem 87 de todos os óbitos suspeitos, ou seja, 65% deles.

“Vamos fazer um estudo minucioso do que levou à morte esses pacientes. O objetivo é ver de que forma podemos intervir para minimizar as ocorrências. Há um manejo clínico para dengue pronto, mas zika e chikugunya são situações novas. Precisamos entender o que acontece para capacitar os profissionais”, explicou a coordenadora do Programa de Controle de Dengue, Chikungunya e Zika de Pernambuco, Claudenice Pontes.

Pernambuco tem mais de 66 mil casos de arboviroses neste ano. Os casos notificados de dengue aumentaram 8% em uma semana, os de zika 5% e os de chikungunya 13%. Os casos de agravamento notificados subiram 13%. As estatísticas permanecem crescendo, apesar dos esforços e campanhas. O segundo Levantamento Rápido do Índice de Infestação Predial (LIRAa) mostrou poucas alterações em relação ao levantamento feito em janeiro. Há 84 municípios com risco de surto e 69 em situação de alerta. O primerio LIRAa tinha 84 cidades com risco de surto e 63 em situação de alerta.

“Esperávamos que houvesse uma redução. Isso mostra que as ações nos municípios precisam ser intensificadas. O momento ainda é crítico. É preciso que os município se apropriem dos fatores que contribuem localmente e busquem ações direcionadas”, afirmou Claudenice Pontes.
Por: Diario de Pernambuco.


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