CPRH paralisa obra em Porto de Galinhas e cobra explicações

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'Arena Porto' é o nome do projeto de centro de convenções em Ipojuca.

Empreendimento tem cantor Wesley Safadão como um dos sócios.

CPRH determinou a paralisação da obra da Arena Porto, em Porto de Galinhas, Ipojuca (Foto: Equipe de Fiscalização da CPRH/Divulgação)
A Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) determinou, nesta segunda-feira (7), a paralisação cautelar da construção da Arena Porto, um centro de convenções que está sendo erguido em Porto de Galinhas, no município de Ipojuca, na Região Metropolitana do Recife. A empresa responsável, a Promoções e Eventos Ltda., foi intimada a apresentar ao órgão, no prazo de 48 horas, a documentação autorizatória completa.

A equipe de fiscalização da CPRH esteve na obra, que está sendo realizada na margem direita da PE-09, na manhã desta segunda-feira. De acordo com a agência, foi constatada a movimentação de mais de 20 caminhões, entre tratores, caminhão-caçamba e carros-pipa, em ações de terraplanagem e pavimentação da área.

Representantes da Promoções e Eventos apresentaram aos fiscais uma autorização para terraplanagem concedida pela Prefeitura de Ipojuca. A equipe, então, determinou, de imediato, a paralisação cautelar da obra e cobrou o fornecimento das informações, incluindo esclarecimentos sobre a área completa das intervenções, sob pena de paralisação total da construção e possível multa, de acordo com a legislação estadual de licenciamento ambiental.

Fiscais da CPRH encontraram ações de terraplanagem e pavimentação da área (Foto: Equipe de Fiscalização da CPRH/Divulgação)
Procurada pelo G1, a assessoria da Promoções e Eventos Ltda. informou que a Arena Porto será um centro de convenções para Ipojuca com 3 mil vagas para estacionamento de veículos. A assessoria confirma que o empreendimento é fruto de uma sociedade entre o cantor Wesley Safadão e os empresários pernambucanos Janguiê Diniz e Luiz Augusto Nóbrega. A empresa disse que ainda não foi informada sobre a intimação da CPRH e realizará uma coletiva de imprensa do lançamento do projeto na terça-feira (8).

Por meio de nota, a Prefeitura de Ipojuca garantiu que o empreendimento “está inteiramente dentro das normas legais, com todas as documentações e licenças que a legislação exige apresentadas e cumpridas até o momento”. A Prefeitura alega que foram realizados estudos de impacto ambiental e de vizinhança, mas pela própria empresa responsável pela Arena Porto.

A Prefeitura informou que a construção ocupa 15 hectares e que toda a área de alagados está sendo respeitada, com um afastamento de mais de 20 metros da área alagada para a aterrada. Nesse espaço de 20 metros, serão replantadas vegetação nativa ou exótica, pois serão suprimidos, a princípio, aproximadamente três hectares de vegetação.
Por: G1.


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