Escritora Maria Lúcia Lauria Chiappetta é destaque na Poesia

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 Maria Lúcia Lauria Chiappetta - Escritora.
A Escritora e poeta Maria Lúcia Chiappetta começou a escrever em 1968. No entanto, só a partir de 1970 é que passou a ser reconhecida nacionalmente. Entre os anos de 1970 e 1980, lançou o livro de poesias - Os Corcéis da Espreitada Noite e, com ele, conquistou o prêmio nacional Augusto Motta.

Em suas poesias, demonstra que o sentir é muito importante, além da percepção sobre a vida e as pessoas. Segundo a escritora, a poesia tem uma técnica muito especial, uma harmonia, não um sentido tosco, mas um sentido belo, ameno, justo, além da linguagem metafórica, que usa para dizer as verdades que não podem ser ditas diretamente. Fã de poetas como Cecília Meireles, Jorge de Lima, Joaquim Cardozo, Mauro Mota e Ferreira Gullar, sua inspiração e sensibilidade vêm da observação das relações humanas. A fidelidade de uma pessoa com outra, ou o abandono, são motivos que a levam a escrever. Mas também escreve sobre questionamentos existenciais.

Ao longo de sua carreira poética, Maria Lúcia conquistou vários prêmios, dentre eles a Menção Honrosa com o poema “Molduras em Estanho” num concurso literário promovido pelo Conselho Municipal de Cultura da cidade do Recife, no ano de 1973. Também pela mesma instituição, ficou em primeiro lugar com o livro “Destinos em Dragões”, no ano de 1987. É co-autora do livro “As Cinco Damas de Ouros”, publicado em 1994. E tem participação em diversas antologias como “Águas dos Trópicos (2000), Fauna e Flora nos Trópicos (2002), organizadas pelas poetas Beatriz Alcântara e Lourdes Sarmento, com o apoio da Secretaria de Cultura do estado do Ceará. E “ Os Rios e seus Poetas” organizadas pelas escritoras  Graça Silva, Lourdes Nicácio e  Rosa Dinelli, publicado em 2003.

Na definição da escritora, a poesia tem características específicas. “A poesia sempre foi motivo de alegria e, ao mesmo tempo, um peso. Porque exige muito não só do ritmo, da harmonia, da combinação das palavras, como também do sentido e muitas coisas a mais”, esclareceu. Atualmente publica poesias na Revista Novo Horizonte, editada pela escritora Lourdes Nicácio. E já começou a rascunhar um novo poema que retrata o tempo. “O tempo desmancha, o tempo incandesce os cabelos, faz a gente ver as coisas de outro modo. O tempo diz coisas que a mocidade não revela,” cita a escritora.

Maria Lúcia Lauria Chiappetta nasceu em 01/05/1934. De descendência italiana, é filha de Chiappetta Nicola e Nair Lauria Chiappetta. Irmãos, Maurício José e Myrthes. O pai veio aos 13 anos de idade para o Brasil. Estudou no Colégio Nossa Senhora do Carmo e no Colégio São José, em Recife. É graduada em Filosofia.


Perfil de Maria Lúcia Lauria Chiappetta



Maria Lúcia Lauria Chiappetta, de descendência italiana, nasceu no Recife. Filha de Chiappetta Nicola e Nair Lauria Chiapetta (in memoriam). Teve apenas dois irmãos Myrthes e Maurício José, este foi um grande músico, integrante de orquestras internacionais, já falecido. Estudou nos Colégios Nossa Senhora do Carmo e São José, no Recife. Formou-se em Filosofia pela Fafire e mais tarde, após concurso, foi admitida na Sudene, onde permaneceu por 27 anos e teve oportunidade de fazer vários cursos de aperfeiçoamento nos segmentos educacional e econômico, além das viagens realizadas para conhecer projetos em curso ou executados em outras regiões ou países.

Poeta, Maria Lúcia começou a compor seus versos em 1968. Para ela, a poesia sempre foi motivo de alegria e, ao mesmo tempo, de dor num sentido, digamos, figurado, porque exige do poeta não apenas muito ritmo, harmonia e criatividade, a partir da combinação das palavras, do mesmo modo que aquele sentimento do mundo, digamos assim. Entre 1970 e 1980 ela lançou o livro de poesias “Corcéis da Espreitada Noite” e, com ele, conquistou um prêmio nacional de poesia no Rio de Janeiro no  ano de 1980.

Durante um período de dez anos Lúcia Chiappetta deixou a poesia de lado para dedicar-se à profissão de decoradora de ambientes de casas e apartamentos. Mas impulsionada pela amiga, também poeta, Lourdes Sarmento, voltou a fazer versos, com mais garra ainda e, assim, viu brotar do seu talento cinco livros. Na realidade, entre as coisas que a fazem viver bem estão a poesia, bons amigos e a presença de Deus – ela é dotada de uma fé inabalável. Atualmente, publica suas poesias na Revista Novo Horizonte, editada pela escritora Lourdes Nicácio, e tem participado de várias antologias não apenas com seus poemas, mas também com seus contos. “Assinalo, ainda, que em todas as ocasiões em que escrevo há sempre o estímulo da jornalista Ariadne Quintella, amiga sempre disposta a dar a mão”, comenta a entrevistada.

Nos versos que compõe, pejados de sentimento e de suavidade, a percepção de Maria Lúcia sobre as pessoas e a vida vem à tona, num viés em que técnica e harmonia navegam de mãos dadas para revelar o real significado da poesia neste mundo cheio de contrastes e marcas de violência. Fã de poetas do gabarito de Cecília Meireles, Audálio Alves, Jorge de Lima, Joaquim Cardoso, Mauro Mota e Ferreira Gullar, ela não nega que sua inspiração vem da observação permanente das relações humanas. O carinho dispensado por uma pessoa a outra e a fidelidade que deveriam reinar entre elas servem de motivação para o dedilhar de sua harpa, sem esquecer que como poeta e/ou escritora escreve com a mesma intensidade a respeito dos questionamentos e conflitos existenciais. “O tempo desmancha, o tempo embranquece os cabelos, faz a gente ver as coisas de outro modo. O tempo diz coisas que a mocidade não revela”, completa.    

MARIA LÚCIA E SUA POESIA


Por Ariadne Quintella - Escritora e Jornalista.

Na magia de sua criação, a poeta Maria Lúcia Lauria Chiappetta trabalha com uma fórmula pouco entendida pela maioria dos mortais, seres insensíveis, preocupados apenas com as manchetes dos jornais anunciando crises de todo gênero. Assinale-se, porém, que é na Natureza com todo seu encanto e mistério que ela, a autora de versos e mais versos, encontra a fonte legítima para dar asas ao trabalho que realiza após meditação que resulta na captação de fenômenos naturais. E tudo isso na dimensão exata dos sonhos que acalenta há mais de 40 anos quando começou a traçar um novo rumo à vida que escolhera carregando simbolicamente um matulão repleto de descobertas fenomenais, algumas reveladas até mesmo em viagens de trabalho, quando conhecia novas paisagens.

Na ânsia de fazer e oferecer aos seus leitores sempre o melhor, ela elaborou uma fórmula capaz de contribuir na qualidade e dimensão daquilo que idealiza produzir, galgada no saber e nas surpresas do dia a dia. As experiências que vem repetindo, ao longo de toda uma trajetória de vida, resultaram num conteúdo sagrado, original, mágico, na medida certa, enriquecido graças à contribuição que chega por meio do conduto que regula o intelecto dessa artista primorosa cuja beleza interior é difícil definir, mensurar, pois aquele princípio de que só se ver bem com o coração nela cabe na medida certa, com tanta perfeição sem que sobre qualquer milímetro.

Como toda mulher aplicada, Lúcia Chiappetta ama aquilo que faz e por isso faz bem, com toda arte, em versos dispostos nas páginas dos livros que tem lançado, guarnecidos por metáforas e símbolos, cuja interpretação transcende os limites normais, sob a proteção dos deuses e das deusas do Olimpo.



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