Começa no Recife segunda fase de testes de vacina contra a dengue

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Essa etapa de aplicação de imunização ocorrerá no bairro da Várzea, na Zona Oeste do Recife. Prioridade será dada a pacientes entre 2 e 17 anos.


Começa nesta quarta-feira (5), no bairro da Várzea, na Zona Oeste do Recife, a segunda etapa de testes da vacina contra a dengue. A Fundação Oswaldo Cruz em Pernambuco (Fiocruz-PE) vai convocar voluntários que morem na localidade para receberem a imunização. O trabalho será focado, principalmente, nas crianças e adolescentes com idade entre 2 e 17 anos. (Veja vídeo acima)

A vacina foi desenvolvida em parceria com o Instituto Butantan, de São Paulo. Podem participar pessoas saudáveis, que tiveram ou não dengue. O objetivo dessa etapa é comprovar a eficácia do produto. Ela envolverá o total de 17 mil voluntários, recrutados por 14 instituições de pesquisa nas cinco regiões do Brasil.

Segundo a pesquisadora Cynthia Braga, o recrutamento foi iniciado desde o começo do ano passado e a prioridade, agora, é para os menores de idade. “Essa é a faixa etária em que o número de pessoas recrutadas não foi suficiente. Inicialmente, a vacina demonstrou ser segura. Vamos ver agora o grau de proteção contra os quatro sorotipos dos vírus dengue. É preciso que os voluntários não tenham problemas de saúde que comprometam a imunidade”, disse.

Vacina ainda não está disponível na rede pública (Foto: Reprodução/TV TEM)
A primeira ação na Várzea vai ocorrer no salão paroquial da Igreja Nossa Senhora do Rosário, na rua Francisco Lacerda, 430, a partir das 14h. Lá, pessoas atendidas na Unidade de Saúde da Família Campo do Banco serão as primeiras a receber informações sobre o teste.

Uma equipe de enfermeiras fará visitas, de casa em casa, para passar informações sobre o teste e convidar as famílias a participar. Serão agendados exame físico e entrevista com o candidato na Fiocruz-PE.

Do total de participantes, dois terços receberão a vacina e um terço, placebo, uma substância com as mesmas características da vacina, mas sem efeito. A finalidade é descobrir, a partir de exames, se quem tomou o imunizante ficou protegido e quem tomou o placebo contraiu ou não a doença.

 Vigilância Ambiental


Mesmo com a possível eficácia da vacina contra a dengue, é preciso reforçar o combate à proliferação do mosquito aedes aegypti, responsável pela transmissão do vírus e da chikungunya e zika, para as quais ainda não há previsão de imunização. Segundo o gerente da Vigilância Ambiental do Recife, Jurandir Almeida, é possível denunciar à prefeitura possíveis focos de proliferação, pelo telefone 0800.081.1520.

“Vamos ao local fazer as abordagens, nem sempre num tom de denúncia, mas sim de verificação e ajuda. Os principais criatórios de mosquitos no Recife são os reservatórios para o armazenamento da água. Nesse período do ano, se somam à chuva e ao lixo nas ruas, aumentando a possibilidade de proliferação”, disse Jurandir.

Por: G1.


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