RENUNCIAR

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Malude Maciel.

Pensei em ser advogada das crianças. Sim; o ramo do Direito da Família deveria ter uma área específica aos inocentes que pertencem à fase básica da formação de qualquer ser humano. Sei que existe a Vara da Infância e da Juventude, porém trata de situações adversas, quando as partes recorrem. Mas, falo em algo mais inerente à própria família, à falta de assistência dentro dos lares, onde ocorrem os traumas mais difíceis de superar. Acho que a Psicologia pode se aprofundar na defesa dos infantes sem voz nesse mundo, pois apenas choro não soluciona coisa nenhuma e há bastante problemas na existência infantil que serão levados para o resto da vida. No entanto, essa Ciência também fica a desejar quando se trata do cotidiano da criação com a ausência paterna e principalmente materna para solidificar a educação preliminar.

A infância é uma fase que merece toda a atenção e cuidados dos adultos, especialmente daqueles que são pais e mães. Mas, sabemos que tornou-se comum sair o casal de casa e suas preciosidades ficarem entregues às pessoas estranhas, babás, que embora possam ser qualificadas não substituirão jamais, à altura, a dedicação materna. As creches são apenas um paliativo quando não há mesmo outra solução, sabemos disso.

A mulher, por realizar tais e quais cursos superiores, dedica-se totalmente à sua profissão em detrimento de acompanhar o desenvolvimento dos seus rebentos. Talvez por necessidade financeira e também por competir com seu marido que deveria dar segurança geral pra sua companheira abraçar a missão de mãe na integridade, não apenas por algumas horas, quando já está exausta.

A inflação e demais distúrbios econômicos do país e do mundo determinam ou contribuem para a instabilidade familiar (culpa do próprio sistema malévolo objetivando diminuir a real função da FAMÍLIA); se as duas colunas mestras, o alicerce básico da sociedade, fica fragilizado quando ambos, homem e mulher, abandoam seu lar com seus filhos, em prol de outra ocupação rendável que beneficie seu orçamento, e delegam a terceiros o mais importante daquela união. Não calculam o mal que fazem à sua descendência. Podem considerar até normal, simplesmente porque outros o fazem sem constrangimento e vira costume. Há mães que vão chorando ao trabalho e sofrem com o estresse de duas jornadas. Tenho pena dessas mulheres.

A tarefa de educar dia a dia os pequenos, não é fácil, então muitos fogem à tal obrigação e responsabilidade e somente no futuro sentirão as consequências desastrosas dessa opção.

Poucos indivíduos encaram essa questão com seriedade porque não querem renunciar ao conquistado, é muito ruim renunciar, dói o sacrifício; significa uma perda, mas é preciso sempre dar prioridade ao que tem maior valor, (a felicidade dos filhos merece tal renúncia), porém os valores morais e espirituais estão em decadência, é um fato já comprovado. Cuidado jovens!

Existem infinidades de argumentos incentivando seguir caminhos de alto risco por parte da mulher, ter seu ganho, às vezes superior ao do esposo, lhe dá autonomia; numa “separação”, outro perigo que corrói a família, ela estará amparada. Falha masculina por não prestar atenção à calamidade que causa tais atitudes danosas que poderiam ser evitadas.

Torna-se quase impossível abandonar tudo. É preciso muita coragem.

Atualmente o verbo “renunciar” não está mais sendo conjugado corresponde à ação totalmente fora de uso. Ninguém quer renunciar a nada. Sinto muito!

Urge refletir sobre o assunto em pauta, antes que essa pobre geração seja de: órfãos de pais vivos.

“Família estruturada, Sociedade equilibrada”.

Por: Malude Maciel - Membro da ACACCIL – Cadeira 15 – Profa. Sinhazinha.


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