AUXILIAR IMPORTANTE

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Malude Maciel.


Uma data importante que não deve ser esquecida é 27 de abril, Dia da Auxiliar Doméstica. Inúmeras são as razões de parabenizarmos essas bravas auxiliadoras que, ao longo do tempo vem prestando serviços em nossos lares, mesmo quando as mulheres não se dedicavam ao profissionalismo extra domiciliar. Era de praxe as famílias terem várias serviçais, e essa categoria, não era valorizada, nem tinha remuneração. Às vezes usava-se de exploração nesse tipo de emprego e, até mesmo por “casa e comida” tinha-se criadas em regime de semi escravidão. Somente a partir de 1988, após muitas reivindicações, a Constituição Brasileira lhes garantiu Carteira assinada, férias, 13º salário, INSS e demais direitos trabalhistas. A lei dos domésticos(as) em vigor desde junho/2015 contabilizou avanços e recuos no mercado de trabalho do país, pois, ocorrem demissões por esses motivos. Para o empregador houve muitas exigências e aumentou o número de diaristas.

Essa categoria soma 107 mil trabalhadores, sendo a maioria mulher, negra, chefe de família e sem escolaridade. As conquistas foram: ganho salarial, horas extras, FGTS e o registro da jornada de trabalho, porém, os empregadores, devido à crise, preferem as diaristas.

Hoje a profissão de “doméstico” é de suma importância sendo o relacionamento entre contratante e contratada amparado pela Lei tendo aumentado a necessidade das patroas que, dependem desses profissionais a quem possam confiar filhos, lares e galgar as carreiras, para as quais batalharam nas Faculdades, do contrário, arcarão sozinhas, com obrigações diárias perfazendo dupla jornada de trabalho, fora e dentro de casa.

As conquistas dos profissionais domésticos são muitas, no entanto, o maior problema é a falta de investimento educacional no setor. Não se conta com um bom desempenho das funções, quais sejam: babá, faxineira, lavadeira, cozinheira, arrumadeira, passadeira, etc. e, havendo um contrato bilateral, as partes têm direitos e deveres, o que não são cumpridos, especialmente as obrigações. As patroas esperam que as domésticas tenham qualificação, mas como? Não se tem tempo nem paciência de “ensinar” os macetes do serviço e, não são promovidos cursos de aperfeiçoamento, dificultando a vida de tantas mulheres que deixam a profissão devido ao compromisso com a família, e, sem boas auxiliares, abdicam de seus cargos. As mulheres de baixa renda, não se conscientizaram de que podem ajudar a tantas outras, dando sua colaboração e assim garantirem seu sustento. Urge desenvolver uma conscientização através de formação profissional, com cursos profissionalizantes, amenizando as falhas existentes. A história sempre registrou tremendas dificuldades entre empregado e empregador nos vários segmentos. A relação é complicada e não dá para enumerar os problemas, especialmente os do auxiliar doméstico ligado à intimidade das pessoas, sendo necessário equilibrar as convivências pelo bem comum.

Há poucas agências de treinamento e capacitação no setor doméstico, possibilitando contratos vantajosos, normas vigentes e pessoal adequado ao perfil do cliente. Ideal seria o governo oferecer cursos, pois sempre haverá carência no mercado, sendo, uma fonte de emprego no contexto econômico-social.

Fica a homenagem àqueles trabalhadores(as)e a sugestão p/o poder público patrocinar “cursos profissionalizantes” à figura tão importante que é o(a) auxiliar doméstico(a).

Por: Malude Maciel - Membro da ACACCIL – Cadeira 15 – Profa. Sinhazinha.


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