FESTIVAL DOS FOGUETEIROS

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Malude Maciel.


 A “Noite dos Fogueteiros” faz parte da programação das Festas Juninas do Maior e Melhor São João do Mundo há vinte e três anos, e apesar de que no ano passado os caruaruenses não puderam ver o belíssimo show pirotécnico, desta feita o espetáculo foi resgatado com muito brilho neste ultimo sábado para alegria da população em geral e dos turistas.

A Associação dos Fogueteiros do Nordeste, apoiada pelo governo do Estado, da Secretaria de Turismo, Fundação de Cultura da Prefeitura Municipal de Caruaru e indústrias de fogos de todo país reuniram as forças e mostraram do que são capazes, trazendo de volta ao campo do Central Esporte Clube, com entrada franca, mais uma das tradicionais atrações juninas da Capital do Agreste. Com a participação de diversas cidades, como: Caruaru, Santa Cruz do Capibaribe, Limoeiro, Chã Grande, etc. além de outras de São Paulo e Minas o público presente teve a satisfação de assistir a um dos mais belos espetáculos de luzes e cores em fogos artesanais dos últimos tempos. O Estádio “Lacerdão”estava repleto e as pessoas aplaudiam cada número que se exibia com detalhes harmoniosos e impressionantes no céu acinzentado onde até a chuva deu passagem a tão linda fantasia colorida. Ultrapassou de uma hora o tempo total da apresentação, mas, era uma pena que cada cena durasse apenas poucos minutos de euforia e se extinguisse no ar de fumaça. São aqueles momentos mágicos que, se muito, podem ser gravados nas filmadoras e nas lembranças dos adultos e crianças que ali se concentravam ávidos por mais uma demonstração, no entanto valem a pena e ficam guardados nas memórias e nos corações de quem teve o privilégio de presenciar e ser testemunha da história dos acontecimentos marcantes da cultura de um povo.

Mais uma vez o Festival dos Fogueteiros teve a coordenação do Capitão Gilvandir Luna, que iniciou tal atividade e vem sendo ao longo dos anos, seu fiel incentivador e baluarte, acompanhando o desenvolvimento da atração que sempre tem culminado com pleno sucesso.

No final, quando todos os grupos mostraram seus belos trabalhos, ainda tivemos o desfile dos “bacamarteiros”, outro símbolo tipicamente regional, pelo gramado do glorioso Central, a “Patativa do Agreste” que está completando 90 anos de existência e, do morro Bom Jesus surgiram muitas girândolas fabulosamente deslumbrantes clareando ainda mais o ambiente já tão iluminado e colorido e os olhares se direcionam para o cume do monte, logo atrás do estádio, como pano de fundo do cenário resplandecente e calorosamente aquecido pelo fogo e pelo calor humano das palmas e vivas. As faíscas reluzentes cortavam a atmosfera e a plateia vibrava envolvida pela nuvem prateada de um sonho encantador que, num piscar de olhos, já se foi num rápido e raro instante, como tudo na vida. Todavia fica a sensação de:”quero mais” e a vontade de que o tempo passe logo a fim de chegar outra vez outra noite de apoteose para delírio dos apreciadores das coisas realmente belas, embora transitórias.

Certamente cada alma privilegiada que vivenciou o Festival dos Fogueteiros saiu satisfeita e saudosa, sentindo o clarão das luzes e envolvidas pelos estouros benéficos daqueles fogos, com sua energia contagiante oriunda das também tradicionais fogueiras das festas de São João tão cantadas e decantadas em nossa terra natal.

A ansiedade guardará nas mentes as imagens das “estrelinhas” e “lágrimas” e a vontade de que estar presente de novo, no mesmo local, para mais um show no próximo ano, como se o tempo já catalogasse esse evento como algo certo no dia do amanhã. Aguardemos, pois, com esperança, agradecendo ao bom Deus esse momento especial.

Por: Malude Maciel - Membro da ACACCIL – Cadeira 15 – Profa. Sinhazinha.


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