Mário Carabajal.

Como não utilizar um espaço nobre - uma verdadeira vitrine - como o Jornal Terra da Gente! 

Só mesmo em momentos como este,
em que encontro-me, em viagem, de carro, visitando centenas de Seccionais da ALB em todo o Brasil - com tempo exíguo para descanso. 

Contudo, no final de semana certamente reservarei um tempo para otimizar esta rara oportunidade. 

Quantos milhares de escritores sonham com um espaço para oferecerem liberdade e asas as suas impressões de Mundo, descobertas e pesquisas, as quais julgue de relevância em contribuição à evolução em seus amplos seguimentos.

Se rebuscar-me em busca de um tema prioritário sobre o qual desenvolver um artigo, conhecendo-me, se faria recorrente o resultado, como o fiz em teses de doutorado, congressos, palestras e oportunidades de me fazer ouvir, sendo, a Fome no Mundo, o que merece todas as nossas atenções - não obviamente sob o absurdo título Projeto do Milênio como trata a ONU. Mas, isto sim, como a Prioridade no Presente. 

A Fome não trata-se de um tema que pode esperar pela boa vontade de políticos. A fome exige iniciativa reativa de reversão. Não é um tema - aponta para a realidade de mais de 1 Bilhão de pessoas no Mundo.

O Continente Africano, por exemplo, pode vir a se tornar o maior produtor e exportador de grãos do Mundo, desde que seus governantes se proponham a esta virada, a partir da união de interesses.

Insumos, terras, pessoal, maquinárias, transporte, recursos, sementes, armazenamento, podem ser assumidos pelos países em divisão de tarefas e atribuições, minimizando custos em otimização aos potenciais individuais nas Nações Membros. Basta a tomada de decisão, sobre a qual as populações, famintas e pobres, se regozijarão ao alimentarem-se, além de representar progresso e desenvolvimento, saudável e conjunto.

Mas sabemos não ser fácil a evolução, sobretudo das Nações, exigindo-se esforços organizacionais. O próprio Brasil conta com grandes potenciais regionais, sem contudo, serem otimizados pela falta de um Plano Nacional de Desenvolvimento Agrícola. Ainda que a Embrapa encontre-se com pesquisas em todas as Regiões e próximo encontre-se os próximos passos a um efetivo Plano Nacional de Desenvolvimento Agrícola.

Entre 20 e 25 Mil somam-se as mortes diárias em decorrência da fome no Mundo. Sem que a Organização Mundial da Saúde se mobilize diariamente como o fez com a Covid 19. Ou, contém os famintos com os espaços diários na grande mídia mundial. A resposta é simples - exatamente por encontrar-se em meios pontuais da população, sem o risco, ou muito longe das classes mais abastadas. No entanto a Covid, pode escalar quaisquer classes sociais e econômicas. Logo, as soluções urgem, retirando a todos de suas zonas de conforto.

O Brasil, em nossos ver poderia contar com uma grande Lavoura Nacional. Toda a força e dispendios penitenciários poderias ser canalizados para a produção alimentar. Desta forma, mais coerentemente, otimizaríamos os múltiplos custos sem quaisquer efetivos sinais de reabilitação.

Aos detentos, após as suas penas, poder-se-ía oferecer-lhes áreas para o desenvolvimento de suas lavouras familiares. Isto, uma vez de já haver-lhes apresentado as técnicas de manejo de solo e plantio, no decurso de suas penas. Como incentivos, além da redução da pena, a perspectiva de virem a se tornar prósperos produtores rurais, com incentivos fiscais e financiamentos públicos.

A intenção inicial de escrever no final de semana, acabamos, pela natural motivação de chamado intrínseco sob o tema Fome, o fazendo de forma prioritária, como entendemos exigir esta desumana problematização de ordem global, resultante das guerras, economias, incompetências e irresponsabilidades dos governos mundiais.

Passivo de evolução.

A ALB, através de sua diretoria Humanitária, na pessoa da Bacharel Dinalva Carabajal, mesmo com todos os esforços dispendidos, curva-se para pedir providências pontuais aos governos locais, Nacional e internacionais, detentores dos meios ao desenvolvimento de estratégias de reversibilidade da fome no Mundo. O simples plantio de mudas de árvores frutíferas em logradouros públicos, praças, ruas, avenidas e estradas, podem auxiliar decisivamente à minimização da fome àqueles que dependem de iniciativas de mobilização da opinião pública - o que, em muito, o Jornal Terra da Gente soma em contribuições.

Falar-se em progresso sem antes atender a necessidade básica alimentar humana, soa-nos como leviano.

Por: Mário Carabajal - Jornalista, psicanalista e professor universitário; Especialista em Pesquisa Científica, Mestre em Relações Internacionais e Doutor em Ciências Educacionais; Pós-Doctor em Filosofia;  vinte e quatro livros publicados. Presidente fundador da ALB - Academia de Letras do Brasil; Presidente executivo do Grupo MarDin Copacabana.