O ESPÍRITO DO NATAL

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Fernando Manuel Madeira.


Realidade ou fantasia…

Nascemos com o conceito de.. “Nascer, Crescer, Viver e Morrer”, Conceito que vamos perdendo, ainda na infância, quando começamos a sentir que ficam apenas vincados o “Nascer e Morrer”.

O resto vem acompanhado com muitas coisas más, boas e falta de fé durante o crescer e viver.

A isso esta ligada a experiência e aprendizagem.

O tempo moderno é rico nessa área e à medida que a evolução cresce, vem o medo do dia seguinte. Ao desenvolvimento seguem-se as novas leis e com elas se vai perdendo o sentimento da justiça que nos devia proteger mas que se torna numa arma perigosa, de medos e incertezas. A ingenuidade linda das crianças é ameaçada todos os dias.

É a guerra, o crime, a fome e marginalidade e outros males que vão destruindo a ilusão dos meninos que em pouco tempo se fazem homem e tendem a tornar-se no ser que não o deixou crescer feliz as fantasias lindas, que nós adultos vivemos em crianças, como a fada dos dentes e o Pai Natal, parte do passado irreversível.

Lembro de me vestir de Pai Natal com uma almofada na barriga para parecer barrigudo, enquanto me escondia.

Voltava com o saquinho das prendas e emocionava-me ao entregar as prendas ao meus filhos, partilhando com eles a alegria, a fantasia e o espírito de natal.

Hoje testemunho alguns casais mais jovens não dando o sentido de valor ao ato e à fé.

Os hábitos e costumes vão se perdendo. O simples ato de comunicar quer a mesa de refeições e fora dela vai se perdendo. Na maior parte das vezes nem comem juntos.

Sei que os meus filhos não podem contornar a evolução dos tempos, para o bem e para o mal, mas podemos tentar que deem valor ao passado e à história, não deixando morrer as velhas tradições. Que aprendam e não percam a fantasia da vida, que por vezes pode ser mágica.

O sentido Deus, Pátria, Família pode fazer parte disso. Não podemos ser tão céticos que não acreditemos nisso.

Diz o povo na sua sabedoria… “só se lembram de Santa Bárbara, quando faz trovoada”. Pois é até os ateus e mais céticos oram nas horas de aflição.

Acho que vale a pena acreditar no Pai Natal, qualquer que seja o conceito que tenhamos dele porque o mais importante é o espírito.

Não deixem morrer o Natal!...

Por: Fernando Manuel Madeira - Escritor, Jornalista e Cientista da Computação.
Correspondente de Portugal.


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