LINGUAGEM NEUTRA, NÃO-BINÁRIA

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Mário Carabajal.


Homens e mulheres se definem no nascimento (ou por exames prévios), diante a anatomia - pelo pênis Homens; ou vagina, Mulheres, independentemente da vontade humana.

Delibera-se sobre o corte de cabelo, cor das roupas, alimentação...’. Pode contudo, por influências, identificações, rejeições ao comportamento de um dos pais, abusos sexuais na infância e adolescência, má formação da personalidade, induções e culturas, os seres virem a crer pertencerem ao sexo oposto as suas formações anatômicas, com premissas em suas realidades observacionais e experimentais, firmando-se comportamentalmente como consequência das causas humanas e emocionais que os conduz.

Observa-se, no entanto, tais opções sexuais, estarem ocorrendo em percentuais muito acima das exceções constatadas resultantes de influências hormonais. Embora as experiências e distorções equivocadas culturais, com consequentes elaborações mentais firmem-se em psiquismos reacionais, resultando em imposições comportamentais involuntárias. Logo, legais, honestas, puras e de sagrados direitos aceitativos.

No tocante a linguagem, com fins inclusivos, às observamos em todas as frentes de segmentos sociais. Da matemática às artes plásticas, dinâmicas mentais, as mais diversas, são acomodadas com as graças da inclusão de exceção, como também índios e ciganos. Todos buscando manter identidades. Sem que os outro grupos assumam suas personalidades culturais e práxis.

Linguagem de sinais, libras, braille, também cumprem finalidades de inclusão social, assegurando dignidade, comunicação e direito de existência aos seres.

Uma cadeira de rodas, óculos, aparelho auditivo e mesmo o marca-passo, próteses gerais, fazem-se em instrumentos e símbolos inclusivos. 

Tais culturas e conhecimentos, utilizam-os, contudo, àqueles que as dominam, necessitam ou busquem se expressar sob dadas abrangência.

Não pode a linguagem escrita e falada assumir papel de antagonismo,  obstacularização e exclusão em um Mundo de necessidade inclusivas. Aidéticos, cardiopatas, diabéticos entre tantas outras patologias exigem medicamentos e instrumentos de comunhão de seus portadores com a sociedade. Aceitar-se seres em cadeiras de rodas e vias próprias para seu deslocamento, não torna os demais seres cadeirantes. 

Não pode a linguagem falada e escrita ignorar a realidade de milhões de pessoas que não querem tratamentos tradicionais de sexualidade.

A língua e sua dinâmica de perspectivas, sobretudo, destina-se a comunhão integrativa de ‘todes’. Sua expansão não pode ser contida. Os paradigmas são sempre ultrapassados e absolutamente nada detém, sem jamais os encerrar ou aprisionar. Escrever ou se dirigir a ele, ela ou ‘elu’, em nosso ver, deve se fazer opcional, segundo a cultura, necessidade e propósitos de comunicação, sem perda à língua portuguesa ou identidade de ser e Nações. 

Não podemos, no entanto, dispor-se de seis ou mais banheiros com distintas denominações para acomodar as duas raízes sexuais, homens e mulheres. 

O celular e internet compõem a realidade de nosso tempo. 

Os vários segmentos da sexualidade existes são concretos e irrefutáveis. Não tem como negá-los ou baní-los da sociedade. 

Busca de raças puras e culturas extremas de conservadorismos, acabam por resultar em soberbas egocêntricas com consequentes comportamentos extremistas, acentuados pelo negacionismo de pensamentos e comportamentos de aceitação, ponderação e comunhão existencial.

Uma efetiva mudança, para ocorrer, faz-se dependente de profundas evoluções humanas, com psicomaturação paradigmaximizacional de conceitos, hoje, ainda arraigados no âmago coletivo. 

Certamente apenas 1 ou 2 por cento da Humanidade estaria hoje sobre a Terra não fosse às ciências. Contudo, estariam sobre a Terra somente os mais aptos e sadios, por exigente e implacável seleção natural. Todavia, pelas ciências, todos vivem, com possibilidades de grandes evoluções e integrações desse todo complexo em uma célula única, com objetivos Humanos e Sociais, com metas à sincronicidade conjunta evolucional.

Por: Mário Carabajal - Presidente/Academia de Letras do Brasil’. Professor Universitário, Jornalista e Psicanalista. Especialista em Pesquisa Científica, Mestre em Relações Internacionais, Doutor em Ciências Educacionais, Pós-Doutor em Filosofia, 24 livros publicados.



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