ARACAJU, TRANQUILIDADE E PAZ

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De repente nos vimos cercados por peixes nos tocando em uma comunicação inefável. Leve terapia para nossos corpos. Marcos e eu nos pusemos a colocar comida na boca para o cardume. Isso foi na Lagoa dos Tambaquis, um lugar magnífico. Conforme conta-se, o lago nasceu com a água da chuva e os moradores da redondeza se encarregaram de habitá-lo com tambaquis - peixes de água doce e cara feia. Dessa forma, conseguiram manter a lagoa limpa, sem caramujos. Há quem chame o local de Lagoa Azul. 

Mas Aracaju é, sobretudo, encantadora. A Orla do Atalaia, por exemplo, tem clima agradável e constante. Passeamos longamente pela orla. O local é de uma beleza e tranquilidade únicas. Toda a estrutura é convidativa às atividades. E assim uns praticam esportes: vôlei, futebol, basquete, skate enquanto outros caminham e se deslumbram com as maravilhas locais. 

O passeio leva, ainda, à Ilha dos Namorados, já no encontro das águas do rio com o mar, e faz uma panorâmica por pequenas ilhotas do rio que esperam a maré alta para ficarem apenas com sua vegetação em destaque. Outras atrações pertinho da capital é o ponto de partida para a visitação a vários atrativos do estado de Sergipe, como passeios a São Cristóvão, à antiga capital, a Laranjeiras, aos cânions de Canindé do São Francisco e, ainda, às trilhas da Serra de Itabaiana.

Não menos atrativo é o Cajueiro dos Papagaios. Aliás, Aracaju significa exatamente isso: “ara” é papagaio, e “acayu” é o fruto do cajueiro, na língua indígena. A cidade pode ser considerada a capital nordestina mais tranquila, quando comparada aos municípios mais bem-estruturados do interior do Brasil.

Atrativos naturais não faltam. A cidade é cortada por três grandes rios e imensos manguezais. Oferece belos parques, lindas praias, algumas quase desertas, além de inúmeras praias fluviais. O tom meio castanho das águas do mar de lá é em função da grande quantidade de água doce dos rios que desaguam em suas praias. É inigualável a experiência do passeio à beira-mar, com o vento suave nos tocando.

Aproveitamos para visitar a feirinha. Trata-se de uma casa onde se tem elementos diversos de nossa cultura, com música ao vivo. Marcos e eu visitamos, também, a casa de show Cariri. Foi uma experiência única, nossa dança no embalo desse ritmo tão nordestino. 

Por falar em forró, a Marinete do Forró é um ônibus com decoração que remete aos festejos juninos. Pega os turistas nos hotéis e os leva para fazer um tour histórico por Aracaju. O forró embala os turistas durante o trajeto, que inclui os principais pontos da cidade, como a Orla de Atalaia, a Catedral Metropolitana, o Monumento do Caju.

Por sua vez, o Museu da Gente Sergipana, inaugurado no final de 2011, conta a história do estado e de seu povo. No percurso da visita, os visitantes são convidados a conhecer a riqueza e a complexidade da cultura popular sergipana, assim como as belezas naturais do Nordeste. O Mercado Municipal Governador Albano Franco, construção de 1926, comercializa frutas, alimentos e roupas. Já o Mercado Thales Ferraz, de 1949, oferece uma infinidade de artigos. No local, também é possível encontrar camisas e vestidos de algodão, bonecas de pano, camisetas, objetos de decoração feitos de barro, palha, madeira e itens de cozinha bordados à mão em diversas técnicas. 

Em pelo menos duas das praças que visitamos, reencontramos personalidades importantes da nossa história e da nossa cultura, em forma de escultura. Tranquila, envolvente, repleta de elementos culturais, Aracaju é uma cidade ideal para relaxar e aproveitar o que ela tem de melhor. Praias, águas calmas, mornas e limpas, que transmitem assim uma verdadeira sensação de bem-estar e paz interior. E foi com essa leve sensação que nos despedimos de Aracaju: paz.




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